Lembranças do Coração de Rubi -1

Atualmente, estou mestrando a campanha Coração de Rubi, para Tormenta20, com uma turma bem animada e podem ficar tranquilos que vou falar sobre cada personagem. Já estamos na sessão 48, com jogos online via Roll 20 + Discord toda semana. Logicamente, a minha versão de Coração de Rubi está fugindo do conteúdo oficial do livro:

  • Forja de Heróis ocorreu como descrito em Coração de Rubi, apesar da skin Xypsian;
  • O Segredo das Minas assumiu totalmente a cultura Xypsian como padrão, Tallaka se tornou uma alquimista da pior espécie, que almeja finalizar a Grande Obra, e a aventura terminou com uma luta entre o grupo de aventureiros a bordo do Gog’magogue “Farpado” contra um Troll Rubi Kaiju;
  • Abortamos Blefe Fatal, que se tornou Viagem a Tamu-ra, com os nossos aventureiros buscando obter o Parvathar, o artefato capaz de forjar o aço-rubi, e resgatar a infante Kayla das presas de Tallaka, a filha de Wessjith.

Dito isso, resolvi escrever esta série de artigos sobre Coração de Rubi, trazendo às minhas experiências como mestre, relatos de acontecimentos e principalmente o material adicional que fomos criando.

Coração de Rubi

Sessão Zero – Coração de Rubi

Para começar, fizemos uma sessão zero, onde apresentei o gancho principal de Coração de Rubi, construímos os personagens e perguntei aos jogadores o que eles queriam ver na campanha e o que era para ficar de fora.

Coração de Rubi - Capa

Gancho de Campanha – Coração de Rubi

Coração de Rubi é a história de como um grupo de heróis ajuda um rico e ambicioso inventor, Ezequias Heldret, a realizar um plano mirabolante para destruir a área de Tormenta ao norte de Zakharov.

O que começa com um simples sonho de se tornar um aventureiro profissional logo se transforma em uma busca fantástica pelos segredos do aço-rubi, disputado por bandidos, guildas corruptas e até mesmo o exército purista. Afinal, este material é um dos poucos eficazes contra o grande inimigo de Arton: a Tormenta. Será que os heróis conseguirão se preparar para enfrentar a tempestade rubra de frente?

Comentário: Texto tirado diretamente de Coração de Rubi, achei bem explicativo para os jogadores e ajuda a dar uma noção de como devem ser construídos os personagens.

Personagens de Coração de Rubi

Yuvalin - Coração de Rubi

  • Akai Hone (Osteon, Paladino de Lin-Wu, Amnésico) – Um paladino sem memória, que tem como única ligação com o seu passado um par de katanas, uma delas quebrada. Ele veio a Yuvalin em busca de Hatori Muramune, um renomado ferreiro tamuraniano;

Jogador – Jorge

Comentário: Segundo o Jorge, personagens que têm arte própria não podem morrer, por segurança, ele acrescentou ao Akai, o fato de ser um osteon. O fato de ser amnésico foi um deleite para o mestre, muitas ideias e revelações ao longo das sessões.

  • Kassamar (Humano, Paladino de Valkaria, Fazendeiro) – O avô de Spitz, que após a morte da sua esposa decidiu se tornar aventureiro. Desde então, acompanha o seu neto em suas aventuras;

Jogador – Marlon Teske

Comentário: O nobre Kassamar usa as regras para personagens de idade avançada apresentadas na Dragão Brasil 154 e se vocês procurarem, vão achar algumas participações dele na Gazeta do Reinado. Uma outra coisa legal, a relação familiar dele com Spitz, meu avô, um aventureiro.

  • Ethel (Golem, Clériga de Tanna-toh, Sem Origem) – Ethel é uma soldada purista, que após a sua morte em um ataque a um templo de Tanna-toh, renasceu como uma golem em busca de redenção. Para tal, ela busca restaurar os conhecimentos cartográficos que estavam no templo.

Jogador – Tiago Oriebir

Comentário: A Ethel tinha toda a aparência de uma osteon, mas na verdade era um golem, segredo que foi guardado pelo mestre e o jogador por algumas sessões. Colocamos também um link, Ethel estava envolvida com o desaparecimento do pai de Rubi.

  • Rubi (Hynne, Barda, Artista) – Uma jovem barda de Yuvalin, marcada pelo desaparecimento do seu pai tempos atrás. Agora, ela busca descobrir o que aconteceu com ele, seguindo os seus passos como aventureira.

Jogadora – Ana Carolina

Comentário: Rubi e a busca pelo que aconteceu com o seu pai, Rubão do Pandeiro, movimentou toda a primeira aventura e por ela ser nativa de Yuvalin, serviu como guia da cidade para os demais personagens.

  • Sir Gryph (Golem, Cavaleiro, Sem Origem) – Uma armadura de cavaleiro encontrado nos campos de batalha das Guerras Artonianas em Deheon. Ele ainda detém as habilidades do seu antigo portador, com Sir Gryph almejando descobrir quem seria este cavaleiro;

Jogador – Bruno Burp

Comentário: Aqui temos um personagem que ganhou um traço amnésico por conta do Sem Origem do golem, posteriormente desenvolvemos o passado de Sir Gryph, o ligando a Bielefeld e a uma extinta família de cavaleiros da luz.

  • Spitz (Humano, Ladino, Guarda) – Um detetive que almeja entrar no Protetorado do Reino, para tanto busca se provar como aventureiro. Para tanto, conta com a ajuda de seu avô Kassamar, que decidiu por uma vida de aventura após se tornar viúvo;

Jogador – Leishmaniose

Comentário: O jovem Spitz, que almeja se tornar membro do Protetorado do Reino e conta com o seu avô, Kassamar, como seu companheiro de aventuras. 

  • Zaratoth (Lefou, Arcanista, Assistente de Laboratório) – Arcanista e arqueólogo, Zaratoth se tornou aventureiro para angariar recursos para as suas pesquisas sobre o império Xypsian. Caso sobrem alguns tibares, ele também almeja fornecer conforto para os seus pais.

Jogador – Mago D’Zilla

Comentário: D’Zilla e seus backgrounds, a singela questão do Império Xypsian acabou por tomar a nossa versão de Coração de Rubi, afetando também o passado de outros personagens.

Fechando esta parte, foi pedido para cada jogador criar ligações do seu personagem com outros dois, o que gerou elos entre o grupo e que facilitou bem o desenrolar das aventuras.

Coração de Rubi

O que os jogadores querem ver na campanha?

  • Desafios variados e Enigmas intrigantes;
  • Império Xypsian, uma cultura similar a egípcia, que existiu no passado distante de Arton, que tem ligações com os finntrolls;

Comentário: Bem, aqui foi colocado para o mestre variar os desafios das sessões, teríamos combates sim, mas os jogadores queriam interações sociais e enigmas para serem resolvidos. 

Outro pedido, o Império Xypsian foi o ponto principal que levei em conta para as aventuras, fazendo adaptações e trocando a roupagem de Coração de Rubi, vendo 48 sessões depois, certeza que foi a decisão acertada.

O que os jogadores querem fora da campanha?

  • Temas pesados (gore, incesto, intolerância, pedofilia, sadismo, violência contra crianças e animais); 

Comentário: Bem, aqui temos uma colocação justificada do grupo. Infelizmente, tive um deslize em uma sessão bem mais a frente, o que me levou a ter uma conversa aberta com os jogadores, um pedido de desculpas e deixei claro que ficaria mais atento ao assunto.

 

Bem, por enquanto é isso caros leitores e queria deixar o espaço aberto para conversarmos sobre como está indo o jogo de vocês em Coração de Rubi e tirar dúvidas da minha versão.

Cavaleiro Morto

Mestre de RPG eclético, fã de fantasia medieval e RPGs Eletrônicos das antigas. Conhecido pelo hábito de fazer TPK em suas mesas de jogo.

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3 Resultados

  1. edvandofilho disse:

    Eu nunca ouvi falar do Império Xypsian, quais livros ele aparece no material de Tormenta?

  2. Jorge disse:

    AHAM.
    Akai Hone era pra ser um paladino, mas foi mudado para clérigo , isso na terceira sessão!
    Corrige aí mestre!

  3. Douglas "Mago D'Zilla" Reis disse:

    O Domínio Xypsian, que floresceu às margens do Rio do Tempo (“Xypsus”) 6000 anos antes da Grande Migração, é mencionado de passagem no conto Intervenção Profunda, de minha autoria, no livro Crônicas da Tormenta 2.
    Era para ser um detalhe de background de meu personagem para este jogo, mas o mestre resolveu incorporar o Domínio e tudo o que veio dele. Zaratoth até mesmo sofreu uma transformação em uma “versão moreau” de Nubsys (“Anúbis”, posteriormentw cultuado como “Lin-Wu”).

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