Concurso Alphaversos 2018 #7º – Na Sombra de Babel
Avaliação Completa – Na Sombra de Babel
Presença dos Temas: 9,0
Lancaster: Os temas são Distopia, Construtos, Traição, e tudo está muito bem amarrado como uma virtual homenagem aos animes cyberpunk dos anos 90, muitos com robôs gigantes — que lidaram muito bem com esses temas. É complicado avaliar item a item por uma razão positiva: todos estão muito bem entrelaçados. Só perdeu pontos por não ter deixado muito claro o papel e importância dos construtos no conjunto.
BURP: Os temas estão bem aproveitados e entrelaçados, embora ache que faltou explicitar mais algumas partes. O tema de distopia, por exemplo, fica mais evidente pelas referências que o cenário evoca do que pelo que é apresentado – imagino que é algo que apareceria mais no decorrer de uma campanha. Mas está tudo muito bem concebido.
Oriebir: Os temas Distopia, Construtos e Traição foram usados de maneira a conversar bem entre si. Construtos e Traição ficam mais pelo contexto do que apresentados de forma mais explícita, mas imagino que seja por conta da limitação de tamanho do texto. O autor soube passar as ideias que gostaria, dentro do espaço que tinha.
Armageddon: Gostei muito da forma como os construtos foram usados, e o futuro distópico imaginado é bem interessante. Eu senti um pouco de falta de um lugar mais claro para os personagens se aventurarem. A riqueza do universo o torna tão amplo que os jogadores podem perder o protagonismo e se sentirem perdidos em aventuras menores.
Uso das Regras: 8,5
Lancaster: Aqui ele poderia ter sido mais claro. Temos ideias de como poderiam ser os personagens e suas pontuações, mas não há menção clara aos construtos — presentes no tema — e como eles se encaixam, se são pilotáveis, etc. Por outro lado os oponentes são ao mesmo tempo genéricos mas ótimos.
BURP: Não vejo problemas, mas talvez pudesse ter explicado melhor como funcionam personagens de cada pontuação.
Oriebir: São sugeridas regras para personagens jogadores de pontuações variadas, mas nada é sugerido sobre como pode funcionar a interação entre eles. Ainda assim, as fichas apresentadas estão bem organizadas.
Armageddon: Simples e direto.
Aspectos Gerais: 9,25
Lancaster: Apesar das observações acima, o cenário é muito bem escrito e repleto de ótimas ideias, com uma virtual amplitude de personagens possíveis. A Trindade funciona de forma ao mesmo tempo protetora e ameaçadora, os Nefallen tem grande potencial e eu vejo no material o potencial para ir muito longe. Tem arestas pra aparar, mas de modo geral só tenho elogios.
BURP: Um cenário criativo e bem escrito, que dá vontade de jogar. O aspecto político geral que talvez não tenha ficado tão bem explicado. Mas está ótimo.
Oriebir: O cenário tem potencial principalmente se focar no clima de traição e espionagem tecnológica, em minha opinião. Talvez seja interessante trazer uma regra como a de Escalas Virtuais (Manual do Defensor, pág. 66). Apesar do texto estar bem estruturado e claro, ainda ocorrem alguns erros facilmente corrigíveis, o que me passa a impressão de ter sido escrito à pressas. Não sei quanto tempo disponível o autor tinha para se dedicar à escrita deste material, mas uma boa sugestão é “engavetar” o texto por um dia e depois revisá-lo para encontrar esses pequenos erros. Um ponto que me chamou a atenção é a “não apresentação” das siglas (e elas são muitas). É possível depreender de que elas se tratam, mas poderia haver uma menção, na primeira vez que são citadas.
Armageddon: Todo o cenário me chamou muito a atenção e jogaria nele com certeza. A Trindade e os Nefallen são muito legais e as referências bíblicas misturadas a alta tecnologia sempre dão aspectos bacanas. Novamente, o único ponto negativo pra mim foi a falta de uma definição maior da ameaça. É um cenário que tem muito pra crescer.
Um mini cenário realmente empolgante de ficção cientifica Hard com todos os elementos mais emblemáticos que poderiam ser encontrados numa ” Eutopia ” . A cidade de Babel realmente parece-me um lugar fascinante para aventuras em mundos de campanha hiper tecnológicos que apresentam lugares deslumbrantes que reluzem na superfície porem que nas sombras longe das vistas curiosas ou do olhar de seus habitantes possuem problemas , intrigas politicas , tramas envolvendo traição , manipulação e jogos pelo poder etc . Gostei muito do uso da máxima de Arthur C. Clarke de que ” Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia ” eu penso que um elemento que poderia dar um ar de novidade seria a presença de ” Tecnomagos ” semelhantes aos de ” Babylon 5 ” que seriam uma sociedade secreta em Babel que visaria seus próprios interesses particulares repleta de intrigas internas que lembrariam muito a ” Ordem de Hermes ” e que dominariam uma forma de tecnologia tão avançada que aos olhos de leigos pareceria ” magica verdadeira ” . Também seria fascinante o uso de elementos trans humanistas como Robôs , Androides , Cyborges e Indivíduos Geneticamente Alterados e o questionamento sobre ” o que significaria ‘ ser humano e ter uma alma ‘ ” . Gostaria muito de ver uma descrição melhor dos Nefallen e de seus poderes e habilidades bem como das formas de vida criadas pelas alterações da realidade promovidas pelas três cyberdivindades . Seria interessante também explorar como seriam hackers capazes de penetrar no cyberespaço atravessando para os planos maiores de realidade digital e descobrindo possuírem poderes iguais os dos ” Libertos ” de Matrix ou mesmo de Neo enfrentando entidades onipotentes da realidade virtual . Por outro lado os personagens poderiam se ver envolvidos nas intrigas politicas inter corporativas entre as personalidades de Babel e se ver como reles peões num imensurável jogo de xadrez disputado entre os grandes poderes da ” Eutopia ” futurística lutando para sobreviver . Enfim ” Na Sombra de Babel ” me agradou positivamente e eu penso que seria um mini cenário de campanha excelente para se jogar . Espero que seu autor o desenvolva pois sem duvidas é um mundo fascinante para os jogadores viverem aventuras .
CITOU WILLIAM BLAKE!!!!!!!
Que cenário sensa. Eu ainda tô de boca aberta com o detalhamento e qualidade. Só senti um pouco de dificuldade em imaginar o jogo em si, muito como acaba acontecendo com muitos cenários cyberpunk… mesmo as sugestões de personagens não apontam fácil para um ‘grupo de aventureiros’ ou similar shite.
Mas de um jeito ou de outro, tá de parabéns. (citou William Blake! Ainda tô emocionado…)
Concordo com o Jamil aí em cima.
Quanto a jogabilidade, consigo imaginar um modelo semelhante a uma série policial, onde os jogadores são membros da SDU (alguns deles nefaleen) e tem que investigar misteriosos incidentes na cidade, começando com o enfrentamente terrorista e culminando com conspirações anti-IA.