Concurso Alphaversos 2018 #8º – Sertão Nuclear
Avaliação Completa – Sertão Nuclear
Presença dos Temas: 8,5
Lancaster: Os temas são Distopia, Construtos e Sobrevivência — e eu senti que se não fossem os construtos, infelizmente mal desenvolvidos e apenas perifericamente integrados no conceito, este poderia ter pontuado mais alto.
BURP: Estão todos lá, embora a parte de construtos pareça mais um adendo do que parte central do cenário.
Oriebir: Distopia e Sobrevivência estão bem representados, Os construtos poderiam ter um papel mais relevante no lore do cenário que os justificasse como tema central (e se os coronéis fossem híbridos de construtos, como uma sub-raça? Ou, e se os jagunços fossem todos construtos irredutíveis, criados com o objetivo de manter a disciplina? Algo nesse sentido, talvez).
Armageddon: Distopia e Sobrevivência estão bem claros. Construtos estão presentes, mas ficaram meio de lado. Talvez outro tema (como disputa de território) deveria ter sido escolhido em vez deste, com os coronéis lutando por recursos e os sobreviventes precisando encontrar e manter os esconderijos.
Uso das Regras: 9,0
Lancaster: As regras estão corretas, baseando-se no livro básico do sistema e sem incorreções — mas “Deve-se acrescentar uma regra para medir a radiação com base em pontos de resistência e outros fatores (Não há muito espaço para explicá-la).” pega muito mal. O leitor não tem poderes mediúnicos para imaginar qual vai ser essa regra.
BURP: Simples e eficientes, focando-se no que vale ou não para os personagens.
Oriebir: As exigências de regras estão claras e as fichas bem construídas, em pontuações proporcionais ao nível proposto para o cenário. Não era necessário mencionar a intenção de criar uma regra para radiação.
Armageddon: O bonito do 3D&T é que você, de fato, não precisa de muito espaço pra explicar nada. Uma regra simples (talvez uma desvantagem) já comportaria o aspecto de como a radiação interfere no jogo. Porém, não é nada que atrapalhe o todo.
Aspectos Gerais: 9.0
Lancaster: O cenário em si é muito bom — um Nordeste pós-apocalíptico que remete aos piores momentos da região nos anos 30. Mas poderia ter mais desenvolvimento, mesmo como mini-cenário. Embora precise de um pouco mais de trabalho, tem potencial.
BURP: Gostei bastante do tema, mas talvez tenha faltado definir uma linha narrativa mais clara e colocar mais variedade de NPCs e locais a se explorar.
Oriebir: Gostei da ambientação, me deu vontade de jogar e acho que tem potencial. Como sugestão, pode ser interessante explorar possíveis plots exclusivos do cenário, que o diferenciam mais das referências em que foi baseado.
Armageddon: Como já devo ter mencionado em outros cenários do concurso, eu gosto muito de adaptações regionais, e ter a possibilidade de se jogar em um terreno assim mais próximo da gente é sempre muito legal para os jogadores e para o mestre. E esse Brasil tem bastante potencial para crescer muito mais. Fiquei pirando com as possibilidades de como o Sertão lidaria com a migração oriunda de outras regiões, por exemplo.
Agradeço pelo oportunidade que o concursos alphaversos me disponibilizou. Realmente não ponderei muito sobre a inserção de construtos e deveria de fato ter colocado uma regra sobre radiação.
Espero que tenha curtido Artur. Não sei se você percebeu, mas Natal/Parnamirin tiveram 5 concorrentes neste concurso, todos no Top10! Espero que vocês se esbarrem por aí e continuem criando. Abraço.
Achei bastante interessante e deveras criativa a proposta de um cenário de RPG com uma distopia futurista passada no Sertão Nordestino Brasileiro . Isso é realmente algo inusitado pois quando se pensa em mundos futuristas cyberpunks decadentes se pensa geralmente em outros locais igual ” Neo Tókio ” de ” Akira ” ou no mundo futurista de ” Cyberpunk 2030 ” ou ” Shadowrun” ou ainda no ” Universo Marvel 2099 ” ou a Neo-Gotham de ” Batman do Futuro ” / ” Batman Beyond ” . Considerei os elementos do cenário primorosamente bem colocados dosando na medida certa temas comuns das Obras de Literatura Brasileira como a Dominação do Nordeste por parte dos Coronéis exercida por intermédio dos Jagunços sobre o povo dos sobreviventes do Holocausto Nuclear na região da Caatinga e Sertão Nordestino aliado a temas de ficção cientifica como mutações genéticas que geram aberrações monstruosas , luta pela sobrevivência num ambiente em que tudo conspira para a morte dos pobres Sertanejos , exércitos de autômatos donos de Inteligencia Artificial Rebeldes que desejam destruir os poucos humanos que restam , uns poucos raros visionários idealistas combatendo a dominação tirânica dos Senhores de Terras etc . Acredito que muitas coisas mais poderiam ser acrescentadas no futuro como por exemplo ” Bestas Folclóricas Mutadas ” que assumiram a forma de criaturas do folclore brasileiro iguais o : Boitatá , a Caipora , o Curupira , o Saci , o Capelobo , o Lobisomem Brasileiro , a Cobra Grande ou Boiúna , a Mula sem Cabeça , o Anhangá , o Mapinguari , o Chupa-cabra , o Kanaima e outras inumeráveis criaturas da mitologia brasileira que poderiam ser ” reinterpretadas livremente ” pelo autor ganhando novas formas e poderes e apresentadas como algumas das ” Monstruosidades Mutantes ” geradas pela radiação atômica que agora ameaçariam os humanos e seriam os adversários dos personagens aventureiros nas áreas sobre o controle dos Coronéis . Com muito cuidado talvez fosse possível incluir elementos como ” magia ” através de indivíduos especiais que no ” Sertão Nuclear ” seriam veículos mortais para as forças divinas que ainda restassem como ” Caboclos ” , ” Mãos Santas ” , ” Benzedeiras ” e que permitissem coisas como ” Corpo Fechado ” , ” Bençãos ” , ” Mal Olhado ” , ” Pragas ” e ” Maldições ” nas aventuras além de personagens ” Meio-Aberrantes ” que seriam frutos das uniões ( quase sempre forçadas ) entre Sertanejos Humanos com alguma das raças de ” Bestas Míticas Mutantes ” que possuiriam poderes especiais e aparência permeada de traços monstruosos que os fariam estigmatizados entre o povo da Caatinga Atômica ou então Autômatos donos de Inteligencia Artificial que serviam como Jagunços para os Coronéis ou que faziam parte dos exércitos de Autômatos descontrolados que perseguiam e matavam os humanos mas que ganharam razão e identidade e se aliaram a estes ou ainda Cyborges com o corpo tecnologicamente aprimorado para resistir a radiação e as pragas da região nordeste do futuro distópico do ” Sertão Nordestino nuclear ” , ou indo ainda mais além ” Paranormais Mutantes ” filhos de nordestinos com a estrutura genética alterada pela radiação que ganhariam poderes mutagênicos no estilo dos personagens da velha serie de quadrinhos do ” Novo Universo Marvel ” que formavam o grupo ” P.N.7 ” / ” D.P.7 ” ( ” Displaced Paranormals 7 ” ou algo como ” Paranormais Deslocados 7 ” em português que permitiriam uma ampla gama de poderes que trariam tanto vantagens quanto desvantagens aos seus portadores ) . Enfim realmente fiquei tremendamente fascinado com as possibilidades deste mini cenário de campanha espero sinceramente que ele seja desenvolvido como merece . Abraços .