Concurso Alphaversos 2018 #9º – Planeta Desmonte
Avaliação Completa – Planeta Desmonte
Presença dos Temas: 8,0
Lancaster: Os temas são Distopia, Construtos e Sobrevivência. Como este é um cyberpunk clássico, é de se esperar que de alguma forma ou de outra tais temas estejam presentes. Infelizmente, os Construtos (no caso os andróides) são meramente um item e não tem um fator definidor no cenário, mas por outro lado o resto é trabalhado com muita excelência — o bastante para suplantar isso.
BURP: O tema de distopia e construtos se sobressaem. A sobrevivência parece pouco explícita, usada como premissa, mas sem ser explorada realmente como um elemento de jogo.
Oriebir: Distopia e Construtos estão presentes e bem trabalhados. O aspecto da Sobrevivência aparece em segundo plano; acho que poderia ter mais presença. Uma sugestão seria adotar o tema Traição e adicionar com mais ênfase um fator de espionagem industrial ao cenário.
Armageddon: Os temas estão todos ali de uma forma ou de outra, ainda que não tenham o mesmo peso. Eu definitivamente não sobreviveria numa cidade com dois bilhões de habitantes, mas não sei se isso conta nesse caso.
Uso das Regras: 9,5
Lancaster: Poucas, mas muito bem escolhidas e muito bem usadas, tudo em função ao cenário. A adição do vírus Ergo foi um plus muito bem aplicado.
BURP: Simples, bem utilizadas e aproveitando bem o sistema.
Oriebir: Bom uso das regras, referenciando todos os conteúdos extras adotados, embora haja alguns erros de contagem de pontos e a vantagem única Humano não seja mencionada nas fichas.
Armageddon: Legal como as regras já existentes casam com uma nova regra específica do cenário. As fichas estão legais também.
Aspectos Gerais: 8.5
Lancaster: Um mini-cenário cyberpunk tradicional mas eficiente, com potencial de riqueza e detalhamento a partir destes elementos iniciais, com muito o que se fazer, colocando os personagens jogadores em problemas e trabalhando muito bem a questão das próteses.
BURP: Gostei da premissa geral, mas achei que poderia se focar mais em um tema (como o da humanidade “robotizada”). Coisas como o vírus Ergo parecem jogadas a esmo e teriam possibilidade de ser melhor exploradas.
Oriebir: É um cenário bem embasado, mas nenhum aspecto em específico me chamou a atenção a ponto de identificar esta ambientação como algo diferente de algumas das obras citadas nas referências, por exemplo. Isso não é necessariamente ruim, mas também não traz muita originalidade ao cenário.
Armageddon: Gostei do cenário como um todo, a similaridade com as referências não chega a ser um demérito. Fiquei um tanto quanto em dúvida em relação a alguns aspectos em conflito com o tema sobrevivência, mas nada que afete demais o todo.
Também achei o mini cenário de ” Planeta Desmonte ” bastante interessante . O legal é que o autor se baseou em conceitos verídicos inspirados nos prognósticos verdadeiros sobre o futuro da Terra para compor um mundo distópico de fantasia bastante crível e verossímil para os jogadores . Eu realmente gostei da maneira como todos os elementos foram muito bem colocados e encaixados apresentando um mundo cyberpunk criativo e interessante com elementos trans humanistas . Penso que poderia ser ainda mais fascinante caso o autor incluísse elementos iguais ” realidade virtual ” , ” cyberespaço ” e ” digitalização de seres humanos para emergirem fisicamente na rede ” igual ” TRON ” . Outro elemento seria o uso de compostos mutagênicos que confeririam aos seus usuários poderes e habilidades super humanos como poderes psíquicos , transmorfismo , habilidades equivalentes a de animais como garras e presas hiper afiadas , agilidade , velocidade , equilíbrio , reflexos e coordenação motora super humanos , sentidos animais hiper aprimorados como visão , audição , olfato , tato , poder de regeneração mesmo de membros perdidos do corpo , força física sobre humana hiper aprimorada ou a forma de uma criatura feral mutada super poderosa igual na série de desenhos animados ” Tartarugas Mutantes Ninjas Adolescentes ” de 2003 ou a serie CG do Nickelodeon de mesmo nome de 2012 etc mas ao custo de dependência química . Ou a engenharia genética que teria progredido ao ponto de ser capaz de recriar o ser humano mesclando seu DNA com o de outras criaturas criando raças ” Neo Humanas ” . Também seria interessante o uso de nanotecnologia em corpos humanos para a criação de ” Meio-Nanomorfos ” como Warblade dos Wild.C.A.T.S. e Ripclaw da Cyberforce ou de prodígios hiper tecnológicos iguais a Armadura do Homem de Ferro nos quadrinhos . Sobre os construtos penso que poderiam ser interessantes sintozóides como o Visão dos Vingadores ou Zeta de ” Projeto Zeta ” . Enfim são bastante plenas e variadas as possibilidades deste cenário que sem duvidas agradou-me imensamente e espero que o autor possa desenvolver e aprimorar ainda mais no futuro . Sorte com o mundo de ” Planeta Desmonte ” . Abraços .