Tormenta: história militar de Arton, Guerras de Lomatubar

Guerras de Lomatubar
1085 c.e. ? 1312 c.e.
As Guerras de Lomatubar são o segundo mais longo conflito da história registrada, com duzentos e vinte e sete anos de duração. Assim que fundaram a primeira vila do que viria a se tornar o reino de Lomatubar os humanos foram atacados pelos orcs que habitavam o norte gelado das montanhas Gull-Kor. Os colonos receberam ajuda de outros reinos, mas parecia impossível vencer, pois os orcs tinham a vantagem do terreno nas montanhas, onde suas cidades subterrâneas podiam resistir para sempre contra investidas até do mais poderoso exército.
A solução só viria séculos mais tarde quando, em 1312, o mago Thursten Covariel anunciou ao Conselho Regente ter encontrado uma maneira de dizimar todos os orcs do reino. Através de experimentos em outros planos ele havia descoberto uma doença mágica mortal que afetava orcs, mas era inofensiva para humanos e outras criaturas.
A Praga Coral então foi derramada como uma chuva mágica em quase toda a extensão do reino. Com exceção daqueles que habitavam as cavernas mais profundas, quase todos os orcs de Lomatubar morreram meses mais tarde. Embora não tivessem sido extintos, seu número era reduzido demais para que pudessem continuar a guerra. Os humanos venceram.
Beligerantes: Lomatubar vs Orcs de Gull-Kor.
Alianças de Destaque: Lomatubar e Reinado.
Rolando uma campanha durante o conflito
Curiosamente, o ato mais heróico que um grupo de aventureiros pode fazer durante este conflito é evitar que os humanos vençam. Ou, pelo menos, que vençam com o uso da Praga Coral. Como, quase um século depois, ela irá sofrer uma mutação e passará a afetar humanos e outras raças, enquanto os orcs desenvolvem imunidade a doença, a verdade é que a Praga é um tiro pela culatra para Lomatubar.
Por isto, uma boa opção de campanha durante o conflito pode ser uma grande investigação planar sobre a Praga Coral, com os heróis viajando pelos Reinos dos Deuses em busca de informações a serviço do Conselho Regente de Lomatubar. Obviamente, esta é uma campanha para personagem relativamente poderosos, viagens planares costumam ser mais adequadas para heróis a partir do 10º nível de personagem.
Mas isto apenas para o final do conflito, em 1312, sendo que ele se arrasta desde 1085. Os conflitos aconteceram em ondas, com grandes ataques orcs sendo respondidos por represálias humanas e, após anos de pequenas escaramuças, outros grandes ataques vindos de um dos lados.
Por isto é possível criar uma grande campanha compreendendo apenas uma ou duas destas ondas de conflito, onde os heróis devem evitar que Lomatubar caia. As missões mais comuns seriam a defesa de comunidades de fronteira, ataques aos orcs e operações de infiltração nas montanhas Gull-Kor em busca de informação e talvez um caminho para vencer a guerra.
Muito provavelmente estes heróis estariam a serviço do Reinado, e não Lomatubar, no entanto. Existe muito apoio por parte do Reinado a Lomatubar, não apenas por ser um de seus membros, mas por ser uma importante rota entre o centro da coalização e os reinos do oeste. Se Lomatubar cair, rotas de comércio seriam seriamente prejudicadas, pois as outras rotas possíveis são o Mar Negro infestado de piratas e através das árticas  Montanhas Uivantes. Isto ou esperar um ano pela passagem de Vectora para escoar a produção, o que seria totalmente inviável.

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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