Tormenta: história militar de Arton, Guerra Anã-Guillanin

Guerra Anã-Guillanin
809 c.e. ? 819 c.e.
Em 809, o ancestral reino anão de Doherimm foi atacado por trolls subterrâneos conhecidos pelos anões como Guillanin. Apesar da incapacidade de determinar o ponto de origem da ameaça, Doherimm permaneceu em vantagem durante boa parte do conflito, até que os Guillanin encontraram uma brecha nas defesas e invadiram o interior do reino, destroçando cidades e causando a morte de milhares de civis. Nesta situação desesperadora, num evento sem paralelos, Doherimm convocou todos os anões espalhados por Arton a retornarem ao reino subterrâneo e lutarem por sua terra natal. Este evento ficou conhecido como o Chamado às Armas. A estratégia desesperada foi bem sucedida em repelir a ameaça, ainda que a custos irreparáveis para a raça.
Os anões nunca descobriram, mas os Guillanin eram soldados de Trollkyrka, o império dos finntroll, que fica em uma camada subterrânea imediatamente abaixo de Doherimm. Escravagistas, os finntroll abandonaram a invasão ao perceberem que os anões eram teimosos demais para se tornarem bons escravos.
Após a guerra, os anões desenvolveram uma extrema preocupação com a segurança do reino, e responsabilizaram membros de outras raças pelo vazamento de detalhes das defesas anãs para os Guillanin. Para evitar que uma tragédia como aquela ocorresse novamente foi instituído o segredo do caminho para Doherimm, proibindo a entrada de outras raças, e criada a Guarda de Elite, uma força especial dentro do exército dos anões encarregada de defender pontos críticos do reino.
Beligentes: Doherimm vs Trollkyrka.
Alianças de Destaque: nenhuma.
Rolando uma campanha durante o conflito
Durante esta época, os anões eram mais abertos as outras raças, e seria possível grupos multiraciais em uma campanha focada na Guerra Anã-Guillanin. Uma campanha seguindo a linha do tempo tradicional se focaria em missões de natureza defensiva, o objetivo é proteger as comunidades anãs das investidas dos trolls subterrâneos, seja através da busca de um artefato ou magia especial, resgate de civis capturados ou o puro combate campal.
Um detalhe importante deste conflito é que ele resultou em enorme xenofobia dos anões para com membros de outras raças. Nada é oficialmente descrito sobre isto, mas há a impressão que os anões acreditam que as demais raças podem ter sido responsáveis por vazarem os detalhes das defesas que causaram a invasão do interior do reino, e por isto instituíram um banimento de todas as raças do reino, instituindo o segredo do caminho para Doherimm. Em uma campanha com grupos multiraciais, o desenvolvimento da xenofobia anã pode ser um ponto muito importante a se trabalhar durante as aventuras.
Outra opção é assumir uma postura mais ofensiva, tentando encontrar a razão por trás dos ataques dos guillanin, encontrando os finntroll e atuando ativamente contra Trollkyrka. Isto escalaria o conflito, no entanto, pois o orgulho finntroll seria ferido. Uma guerra total entre Doherimm e Trollkyrka destruiria ambas as nações, não importando qual saísse vitoriosa.

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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4 Resultados

  1. Bruno (DM) disse:

    Essa guerra é realmente muito interessante e acho que é o principal pilar da história dos anões em Arton.

  2. Fernando disse:

    Mto legal a série. Estou curtindo mto. Porém até agora não vi nenhum tipo de regra nova ou mesmo detalhes que poderiam ser interessantes em se usar em uma campanha ja em andamento.
    Mas vcs estão de parabéns!

    • Fernando, dá uma olhada na tag história militar desse post que os posts com regras e detalhes aparecem, eles eram publicados nas terças e quintas entre os posts da série principal!

  3. Arthur disse:

    Ghilannin não se escreve assim?

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