Tocados pelos Planos: a vez do Terceiro

Continuemos com os aggelus e sulfure planoespecíficos para Tormenta — dessa vez, com os descendentes dos  extraplanares do (teoriapresumível — e tomem mais novilíngua!) extinto Plano de Kallyadranoch, o deus não-mais esquecido dos dragões. Ele pode ter sido esquecido, mas a linhagem continuou.
Chega até a dar um pouco de nojo, já que, convenhamos, estamos falando, bem francamente, de algo nas linhas “meio-demônio-meio-dragão” — pela galáxia, vocês conseguem pensar em coisa mais trevosinha-666-dumau-jogador-de-MMORPG? Eu não.
Mas é justificável:
1. O Terceiro tá em alta (que nem a Tati Quebra-Barraco, “sou feia, mas tô na moda”);
2. Serve também como um meio-dragão sem ajuste de nível ou poderes über-apelativos;
3. Por último e não menos importante, porque eu fiz um desenho desse conceito, logo, escrever algum material sobre isso significa que a matéria já está automaticamente ilustrada.

Tyregis (Sulfure, Plano de Kallyadranoch [presume-se extinto])
A morte do pai não implica a morte dos filhos: a semente é passada através das gerações, independentemente do conhecimento do fato. O nome tyregis provém da combinação das palavras “tirano” e “rei” no idioma Lalkar, em referência à conduta dos enviados de Kallyadranoch ao Plano Material, no período anterior ao seu banimento, época em que especula-se que tais “príncipes infernais” tiranizavam comunidades sob leis cruéis e egoístas. Possuem morfologia de traços inconfundivelmente dracônicos, tais como chifres, olhos predatórios, garras e, mais incomum, uma cauda reptiliana — o que por vezes os leva a ser confundidos com herdeiros de Megalokk. O padrão ordeiro que seguem as faixas de escamas que lhes serpeiteiam pelo corpo, contudo, aliado a um porte orgulhoso, sugere algo de nobreza, dissonante da barbárie do deus dos monstros. Nos tempos em que a mortalha do esquecimento velava a existência de Kallyadranoch, esses filhos dos deuses possuíam apenas uma consciência vaga e fugidia de sua real identidade: algo inquieto havia dentro deles, sussurros da porção reptiliana do cérebro que bombardeavam o inconsciente com memórias de glória ancestral e o anseio por reaver tal supremacia.  Atualmente, com o retorno do deus-dragão, estes herdeiros planares estão com presteza deixando o covil sombrio da marginalidade, ávidos por retomar a posição de príncipes infernais que pensam lhes ser de direito.
Traços Raciais Específicos
Idiomas adicionais: adicione Dracônico.
Aspecto de Kallyadranoch: escolha uma cor de dragão com a qual o personagem possui maior afinidade; o personagem recebe Resistência a Energia 5 ao tipo de energia correspondente (Ácido para Negro e Verde; Eletricidade para Azul; Fogo para Vermelho; Frio para Branco).
Aprimoramento: o personagem passa a ser capaz de expelir uma baforada de energia do tipo correspondente à sua resistência. Fazê-lo requer uma ação padrão e um ataque de toque à distância, causando 1d6 + modificador de Constituição pontos de dano por energia caso acerte o oponente. Esta característica pode ser aprimorada uma segunda vez, aumentado o dano da baforada para 2d6 + modificador de Constituição.
Escolha um dentre os seguintes:
Armadura de Escamas: os padrões de escamas que serpenteiam pelo corpo do tyregis são mais amplos e resistentes. O personagem recebe um bônus de +2 na CA por armadura natural.
Arsenal Dracônico: as presas e garras do tyregis são afiadas e ameaçadoras, podendo ser usadas para desferir ataques desarmados, causando dano de 1d6 + metade do modificador de Força (mordida) ou 1d4 + modificador de Força (garras).
Magia Dracônica: o Carisma do tyregis é considerado como sendo 2 pontos maior para fins de determinar magias adicionais e o nível máximo das magias que podem conjurar.
Presença Aterradora: o tyregis pode rolar novamente qualquer teste de Intimidação, mas deve ficar com o segundo resultado, mesmo que seja pior que o primeio.
Classe Favorecida: Guerreiro ou Feiticeiro.

Você pode gostar...

11 Resultados

  1. “1. O Terceiro tá em alta (que nem a Tati Quebra-Barraco, “sou feia, mas tô na moda”);”
    Hehehehehehe

  2. valberto disse:

    Nunac tinha percebido como tati quebra–barraco e Arton eram tão parecidas.

  3. “Nunca tinha percebido como tati quebra–barraco e Arton eram tão parecidas.”
    É feio subverter o que os outros escrevem. Estava falando especificamente do deus-trevoso dos dragões.

  4. Gruingas disse:

    … bem eu achei o início do texto meio miguxo… com toda essa história de “trevosinha 666″…
    Mas de resto gostei do texto… bom histórico e boas regras.
    Só espero que você não desista antes de completas os 20 (ou mais) deuses Shido.

  5. valberto disse:

    Relaxa que foi só uma piada.

  6. Tek disse:

    Nem todos os jogadores de MMORPG são babões, mas aparentemente uma grande maioria o é.
    Vemos esse problema também no RPG, com os wannabe-vampiros e afins, so… No big deal.

  7. Gruingas, era pra ser miguxo mesmo. Como o Tek disse, nem todo jogador de MMO é babão, mas muitos o são. O WoW, por exemplo, é cheio de opções “trevosinhas-666” pra eles, como “blood elves”, paladinos demoníacos, sem falar em elementos cenográficos “irados do mal!” como ovos de dragão cheios de SPIKES (nem quero pensar na cloaca das dragões que os põem…).
    Quanto a esses tocados, pelo menos, uns quantos já tão prontos, mas precisam “fermentar” mais um pouco, e ganhar uma revisão pra serem devidamente engarrafados.

  8. valberto disse:

    O problema do MMO é que ele tem uma linguagem própria e objetivos proprios que diferem do rpg comum. Eu joguei ragnarok por mai de 4 anos e nunca encontrei um único site que falasse da história por trás dos jogos. Sabe por que? Porque ninguém se interessa por isso. Só querem saber de “upar”, de matar “monstros novos”, e de serem “buffados”.

  9. Aiken Frost disse:

    “O problema do MMO é que ele tem uma linguagem própria e objetivos proprios que diferem do rpg comum.”
    Exato. Linguagem e objetivos vazios e sem propósitos, como você mesmo complementou. 90% pra gente trevosinha-dumal-666-14-anos-de-idade-mental. Tipo gente que gosta de jogar com Tieflings ignorando a existência dos Aasimar. (acho que fica bem claro onde quero chegar)

  10. Ivan disse:

    Bom… O desenho ta muito bom… Só acho q por serem seres criados pelo Deus tirano dos dragões eles poderiam ser mais imponentes né. Esse ta muito magrinho e meio q “Yori com chifres meio miguxo”. Mas d resto ta bom.

Deixe uma resposta