1d6 motivos para se aventurar na "Terra de Urag"
Você corajosamente adentra uma livraria (física ou na internet) procurando um bom livro de “fantasia medieval” para ler. Por quê? Porque está lendo esse post num blog chamado RPGista e existe uma possibilidade significativa que seja um fã do gênero.
As opções são inúmeras. Seus olhos pousam-se sobre o clássico “O Hobitt” de J.R.R Tolkien, que talvez fosse legal (re)ler por causa do filme homônimo do Peter Jackson que vem aí. Há por outro lado as “Crônicas de Fogo e Gelo” do escritor G.R.R Martin, algo mais visceral e uma boa pedida para antecipar o início da segunda temporada de Game of Thrones, série de TV da HBO baseada nos livros e que também se aproxima cada vez mais da estréia.
Talvez tenha se cansado um pouco do elemento fantástico, mesmo em doses mínimas, e procure pelo realismo histórico e cru dos livros de Bernard Cornwell. Talvez seja um ser humano que deseja escapar em suas leituras das amarras do mundo real, mas sem tempo e paciência para “grandes sagas”, fica profundamente tentado a ler os contos de espada e feitiçaria de Robert E. Howard.
A jornada em busca de uma leitura ideal poderia se estender indefinidamente por um vasto labirinto cheio de preciosos tesouros, e também algumas armadilhas. Note que citei apenas alguns grandes nomes e clássicos. O número de bons autores e obras do gênero (e afiliados) não chega exatamente ao infinito, mas a possibilidade de escolha é realmente vastíssima. (E ainda temos C.S. Lewis, Terry Pratchett, Margaret Weis, Michael Moorcock, Glen Cook, Patrick Rothfuss e… OK chega!)
Por que então diante de tantos caminhos possíveis você deveria considerar seriamente se embrenhar no universo de O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina, romances do escritor brasileiro Leonel Caldela?
Role 1d6:
As opções são inúmeras. Seus olhos pousam-se sobre o clássico “O Hobitt” de J.R.R Tolkien, que talvez fosse legal (re)ler por causa do filme homônimo do Peter Jackson que vem aí. Há por outro lado as “Crônicas de Fogo e Gelo” do escritor G.R.R Martin, algo mais visceral e uma boa pedida para antecipar o início da segunda temporada de Game of Thrones, série de TV da HBO baseada nos livros e que também se aproxima cada vez mais da estréia.
Talvez tenha se cansado um pouco do elemento fantástico, mesmo em doses mínimas, e procure pelo realismo histórico e cru dos livros de Bernard Cornwell. Talvez seja um ser humano que deseja escapar em suas leituras das amarras do mundo real, mas sem tempo e paciência para “grandes sagas”, fica profundamente tentado a ler os contos de espada e feitiçaria de Robert E. Howard.
A jornada em busca de uma leitura ideal poderia se estender indefinidamente por um vasto labirinto cheio de preciosos tesouros, e também algumas armadilhas. Note que citei apenas alguns grandes nomes e clássicos. O número de bons autores e obras do gênero (e afiliados) não chega exatamente ao infinito, mas a possibilidade de escolha é realmente vastíssima. (E ainda temos C.S. Lewis, Terry Pratchett, Margaret Weis, Michael Moorcock, Glen Cook, Patrick Rothfuss e… OK chega!)
Por que então diante de tantos caminhos possíveis você deveria considerar seriamente se embrenhar no universo de O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina, romances do escritor brasileiro Leonel Caldela?
Role 1d6:
1- Praticidade: São apenas dois livros. Não três, não seis. Dois. Uma história fechada. Ideal pra quem está sem tempo ou paciência para narrativas muito longas (que correm o risco de acabarem incompletas caso o autor morra antes de finalizá-las…), mas que também não deseja algo que acabe rápido demais.
2- Ambientação: A “Terra de Urag”, o mundo fictício onde se passam os romances, apesar de abrigar as ruínas de um império que no passado detinha alta tecnologia e poder mágico, é legitimamente MEDIEVAL. Há uma Igreja monoteísta que governa a todos e uma sociedade feudal e aristocrática na qual a maior parte da população vive na miséria. Se você procurava algo mais fiel ao feeling de Idade Média que estudou no colégio, esses são os romances que deve ler.
3- Economia (de palavras): Os romances são escritos na primeira pessoa. No entanto se pensou que essa é uma desculpa para que o narrador descambe para o estilo erudito e tedioso de um monge medieval (ou de um linguista britânico) está enganado. A escrita é fluida, dinâmica, agressiva e é impressionante a riqueza de sensações e imagens que conseguem ser transmitidas pelo autor com poucas palavras, em sentenças curtas. Há também descrições riquíssimas, principalmente dos ambientes e das cenas de combate, mas essas entram nos momentos certos, sem “travar” a narrativa.
4- Provocação: Não se iluda. Apesar dessa ser uma história de aventura escatológica, sangrenta e repleta de combates e ação, também há conteúdo aqui. Um tremendo e puta debate sobre religião. Ela é realmente uma doença incurável que aflige o homem, como parece concluir o protagonista Atreu? Um mal que não pode ser vencido, apenas controlado?
Não deixa de ser tentador de ver OCdA e DeusM como um hadouken punk na cara daqueles que se valem da religiosidade para manobrar a massa em direção aos interesses de suas próprias agendas políticas. Impossível não comparar algumas cenas do livro ao que vemos no nosso cotidiano.
Só que a crítica não é direcionada para a Igreja A ou a Igreja B. As ações e esquemas da fictícia Igreja de Urag poderiam ser as de QUALQUER Igreja. Ao mesmo tempo não se trata de criticar em absoluto a fé ou os princípios individuais. O arqueiro devoto Ganimedes (arrisco dizer um dos meus personagens favoritos) parece estar lá justamente para enfatizar isso pelo menos.
No fundo acredito que OCdA/ DeusM sejam para a religião que os filmes Tropa de Elite 1 & 2 foram na abordagem da questão da corrupção policial no Brasil. Falam do tema de forma contundente, “pé na porta e tapa na cara”. Convidam a reflexão, sem resumir a narrativa a isso.
5- Metalinguística! (?): Bom, a sempre há a chance que você seja um estudante de Letras ou pertença àquela raça vil denominada “acadêmico”. Acalme-se. Há espaço no reino de Urag para você também! O narrador Iago é um dos melhores usos de metaficção que já vi para falar a respeito da própria narrativa e do próprio ofício do escritor. Desmistifica e profana toda uma série de clichês e lugares-comuns que cercam como uma aura sagrada essa profissão.
A narrativa de Iago, um dramaturgo e, portanto um ficcionista, também é útil para dar validade a toda uma série de eventos ou personagens que nos pareceriam improváveis, mas que tem o álibi de estarem protagonizando a história de um declarado mentiroso. Caldela dá indícios de ser um revoltado com a noção de “profundidade” em literatura e não espere isso dele em momento algum, e sim personagens que mesmo não sendo “esféricos” são “dinâmicos”, evoluem, se transformam, se movem no mundo. (Que o diga a personagem Jocasta!)
Traduzindo – nisso não estão tão longe daqueles que você provavelmente está acostumado, e adora ver, no Cinema, nos Games e nas HQs.
6- Nostalgia: Se você é das antigas deve lembrar de um jogo de estratégia e RPG da era do Playstation 1 , chamado Final Fantasy Tatics. Sim, aquele mesmo que possuía um enredo recheado de intriga política maquiavélica e narrava a saga de um herói esquecido, convenientemente apagada pela história oficial de uma Igreja onipotente. Coincidência ou não OCdA e DeusM recriam fielmente o mesmo clima e ambientação desse clássico. São praticamente os “sucessores espirituais” que a empresa SquareEnix falhou em produzir para esse game. Não conhece? Pare de ler AGORA e vá jogar um dos remakes pras plataformas mais atuais. Vale a pena.
E se esses 6 motivos ( você pode rolar o dado várias vezes) não bastaram, acrescento um sétimo. O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina são literatura fantástica nacional.
Sim, eu sei o que dirá “Davide Di Benedetto, mas isso é um absurdo! Isso é ufanismo! Seu porco chauvinista! Eu gosto de literatura estrangeira”
Sim, eu também gosto. Aliás gosto mais do que boa parte da nacional. Sou contra comprar algo que julgo ruim por puro nacionalismo, bairrismo ou um sentimento de “amizade” que nutrimos por autores que de certa forma estão mais próximos de nós.
Mas entre comprar um ótimo romance gringo e um ótimo romance brazuca, não há razão para não escolher o segundo. (há menos que você seja muito fã do autor gringo em questão, ou que tenha grana pra levar os dois!)
Afinal lembre-se que o nicho de fantasy (principalmente o estadunidense) é bem consolidado, não precisa de você. Mas uma única centena de livros a mais conta muito, e pode fazer toda a diferença, para um autor brasileiro. Além disso estimula a entidade invisível e misteriosa denominada mercado a investir em mais autores nacionais.
E não deixaria de ser agradável ver alguns nomes nossos somados a todas aquelas opções de leitura que falei no começo.
E entre elas, quem sabe, obras tão boas como O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina.
O Caçador de Apóstolos. Leonel Caldela. 416 páginas. R$ 55,00.
Deus Máquina. Leonel Caldela. 480 páginas. R$ 55,00.
2- Ambientação: A “Terra de Urag”, o mundo fictício onde se passam os romances, apesar de abrigar as ruínas de um império que no passado detinha alta tecnologia e poder mágico, é legitimamente MEDIEVAL. Há uma Igreja monoteísta que governa a todos e uma sociedade feudal e aristocrática na qual a maior parte da população vive na miséria. Se você procurava algo mais fiel ao feeling de Idade Média que estudou no colégio, esses são os romances que deve ler.
3- Economia (de palavras): Os romances são escritos na primeira pessoa. No entanto se pensou que essa é uma desculpa para que o narrador descambe para o estilo erudito e tedioso de um monge medieval (ou de um linguista britânico) está enganado. A escrita é fluida, dinâmica, agressiva e é impressionante a riqueza de sensações e imagens que conseguem ser transmitidas pelo autor com poucas palavras, em sentenças curtas. Há também descrições riquíssimas, principalmente dos ambientes e das cenas de combate, mas essas entram nos momentos certos, sem “travar” a narrativa.
4- Provocação: Não se iluda. Apesar dessa ser uma história de aventura escatológica, sangrenta e repleta de combates e ação, também há conteúdo aqui. Um tremendo e puta debate sobre religião. Ela é realmente uma doença incurável que aflige o homem, como parece concluir o protagonista Atreu? Um mal que não pode ser vencido, apenas controlado?
Não deixa de ser tentador de ver OCdA e DeusM como um hadouken punk na cara daqueles que se valem da religiosidade para manobrar a massa em direção aos interesses de suas próprias agendas políticas. Impossível não comparar algumas cenas do livro ao que vemos no nosso cotidiano.
Só que a crítica não é direcionada para a Igreja A ou a Igreja B. As ações e esquemas da fictícia Igreja de Urag poderiam ser as de QUALQUER Igreja. Ao mesmo tempo não se trata de criticar em absoluto a fé ou os princípios individuais. O arqueiro devoto Ganimedes (arrisco dizer um dos meus personagens favoritos) parece estar lá justamente para enfatizar isso pelo menos.
No fundo acredito que OCdA/ DeusM sejam para a religião que os filmes Tropa de Elite 1 & 2 foram na abordagem da questão da corrupção policial no Brasil. Falam do tema de forma contundente, “pé na porta e tapa na cara”. Convidam a reflexão, sem resumir a narrativa a isso.
5- Metalinguística! (?): Bom, a sempre há a chance que você seja um estudante de Letras ou pertença àquela raça vil denominada “acadêmico”. Acalme-se. Há espaço no reino de Urag para você também! O narrador Iago é um dos melhores usos de metaficção que já vi para falar a respeito da própria narrativa e do próprio ofício do escritor. Desmistifica e profana toda uma série de clichês e lugares-comuns que cercam como uma aura sagrada essa profissão.
A narrativa de Iago, um dramaturgo e, portanto um ficcionista, também é útil para dar validade a toda uma série de eventos ou personagens que nos pareceriam improváveis, mas que tem o álibi de estarem protagonizando a história de um declarado mentiroso. Caldela dá indícios de ser um revoltado com a noção de “profundidade” em literatura e não espere isso dele em momento algum, e sim personagens que mesmo não sendo “esféricos” são “dinâmicos”, evoluem, se transformam, se movem no mundo. (Que o diga a personagem Jocasta!)
Traduzindo – nisso não estão tão longe daqueles que você provavelmente está acostumado, e adora ver, no Cinema, nos Games e nas HQs.
6- Nostalgia: Se você é das antigas deve lembrar de um jogo de estratégia e RPG da era do Playstation 1 , chamado Final Fantasy Tatics. Sim, aquele mesmo que possuía um enredo recheado de intriga política maquiavélica e narrava a saga de um herói esquecido, convenientemente apagada pela história oficial de uma Igreja onipotente. Coincidência ou não OCdA e DeusM recriam fielmente o mesmo clima e ambientação desse clássico. São praticamente os “sucessores espirituais” que a empresa SquareEnix falhou em produzir para esse game. Não conhece? Pare de ler AGORA e vá jogar um dos remakes pras plataformas mais atuais. Vale a pena.
E se esses 6 motivos ( você pode rolar o dado várias vezes) não bastaram, acrescento um sétimo. O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina são literatura fantástica nacional.
Sim, eu sei o que dirá “Davide Di Benedetto, mas isso é um absurdo! Isso é ufanismo! Seu porco chauvinista! Eu gosto de literatura estrangeira”
Sim, eu também gosto. Aliás gosto mais do que boa parte da nacional. Sou contra comprar algo que julgo ruim por puro nacionalismo, bairrismo ou um sentimento de “amizade” que nutrimos por autores que de certa forma estão mais próximos de nós.
Mas entre comprar um ótimo romance gringo e um ótimo romance brazuca, não há razão para não escolher o segundo. (há menos que você seja muito fã do autor gringo em questão, ou que tenha grana pra levar os dois!)
Afinal lembre-se que o nicho de fantasy (principalmente o estadunidense) é bem consolidado, não precisa de você. Mas uma única centena de livros a mais conta muito, e pode fazer toda a diferença, para um autor brasileiro. Além disso estimula a entidade invisível e misteriosa denominada mercado a investir em mais autores nacionais.
E não deixaria de ser agradável ver alguns nomes nossos somados a todas aquelas opções de leitura que falei no começo.
E entre elas, quem sabe, obras tão boas como O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina.
O Caçador de Apóstolos. Leonel Caldela. 416 páginas. R$ 55,00.
Deus Máquina. Leonel Caldela. 480 páginas. R$ 55,00.
Final Fantasy Tatics?! Lembro muito disso XD
Parece legal, quando tiver um tempo vou dar uma olhada 😀
Me interessei, mas o preço está muito salgado…
Pegue emprestado com algum amigo e leia então.
Ok sir você me convenceu, a série acabou de passar da posição de “quero” da minha lista para “PUTA QUE PARIU EU PRECISO”. Ótima resenha, adorei a analogia à Final Fantasy Tatics xD
Verdade o preço é absurdo, levando em conta que a submarino tem a promoção dos 4 primeiros volumes do Game of Thrones por módicos 130 reais, é quase o triplo de páginas destes dois!
E o preço normal deles, quanto é? Comparar bananas com maçãs é fácil.
O lance é que você compra 4 livros por 130 reais no Submarino e eles te mandam só a caixa. Acredite, já aconteceu comigo.
Eu adorei o que você falou, de fato a qualidade do que o Leonel Caldela produziu não o deixa atrás de outros nomes da literatura estrangeira. Ele tem muito potencial. Não li ainda os romances por falta de grana, mas pode ter certeza que estão na minha lista.
Preço é sempre uma questão complicada.
Vários outros romances ficam nessa faixa. No caso desses dois o frete já é GRÁTIS(incluído) no preço que coloquei aí.
Como são apenas 2 livros, comprando um de cada vez acaba que não fica pesado na economia de ninguém. Pra mim não ficou pelo menos. E olha que ganho mínimo!
Não que eu ficaria infinitamente triste se a Jambô fizessem uma promoção para o pessoal, mas comparar com livrarias grandes como a Submarino ou Saraiva é sacanagem. Elas tem uma facilidade muito maior pra fazer descontos, em livros que vendem muito mais como GofT!
“Mas mais pessoas não leriam se fosse mais barato?”
Não necessariamente. Eu sei que parece estranho, mas se o autor coloca um preço baixo no livro, além de receber menos por cada exemplar, também de certa forma ele está diminuindo a obra ao invés de agregar valor a ela. Marketing puro.
Questão de preço de lado, acho que a qualidade realmente compensa e não deixa nada a desejar pra nenhum romance. Nacional ou estrangeiro.
Bem, eu comprei o meu GofT no Submarino por R$89,90, em mais do que perfeito estado.
Agora, não há como comparar preços. Certa vez, ouvi em uma aula de Marketing, que o Submarino sempre colocava uma oferta absurda de livro (vide SdA por R$9,90) ao lado de um eletroeletrônico ou eletrodoméstico. Ou seja, o cara teoricamente vê aquela promoção absurda de livro, entra no site e quando está quase para comprar, vê ao lado o anúncio de um laptop. Daí ele “se lembra” que o dele está desatualizado e faz isso também.
Soube que várias livrarias tentaram um processo coletivo contra o Submarino, mas é a lei da oferta e procura. Eles podem vender por quanto quiserem.
Agora o preço de capa do GofT é infinitamente superior ao que o Submarino oferece, assim como o do CdA e o DM. Os livros da Jambô têm uma qualidade impecável e os escritos do Caldela valem à pena. Agora, uma coisa é certa: o processo de produção de um livro é caro, muito caro. Considero o preço justo se comparado ao do mercado.
Abs.
Não tem como comparar por que A série SoIF vende MUITO. Na época do Fúria dos Reis, a primeira tiragem foi totalmente vendida na Prévenda! Lógico que vender muito influencia nos custos e na propaganda..
Howdy. Aqui é o Leonel, posso dar uns pitacos?
Em primeiro lugar, valeu pelo texto, Di Benedetto! Curti mesmo. 🙂
Segundo, o preço.
Eu costumo responder questões de preço porque dinheiro é assunto sério. 😉 Em suma, tem alguns custos que só se diluem com tiragem maior. Por isso, best-sellers costumam ter preços relativamente mais baixos que títulos menores. Reparem, no entanto, que isso não é sempre verdadeiro: às vezes um best-seller pode custar tanto ou mais que um livro de tiragem menor e número de páginas equivalente. Tudo isso é decidido por departamentos específicos em cada editora, etc.
No caso do Submarino, eles têm uma política de fazer mega-promoções, muitas vezes literalmente vendendo abaixo do custo. É ótimo para o consumidor, mas não dá pra tirar medida de preço a partir disso. Se um dia Deus Máquina estiver em mega-promoção no Submarino por R$ 15,00, podem ter certeza de que eu vou ficar bem feliz!
A Jambô põe o preço necessário nos livros – às vezes, mais alto do que gostaríamos, mas sempre de olho em torná-lo justo. Como nesse cálculo entram muitas coisas sobre as quais não temos controle (preço do papel, da gráfica…) tudo que podemos fazer é tentar garantir um produto que valha o preço. Eu e todos na editora nos esforçamos ao máximo para que os livros valham o que vocês pagam.
Obrigado pela atenção e um abraço!
Pra quem se interessou sobre a história de colocar um produto ao lado do outro, procure sobre Data Warehouse. Trabalhei há uns anos com isso e posso dizer que é algo muito interessante do ponto de vista de análise de comportamento. Fora que te dá uma perspectiva totalmente nova sobre por que os estabelecimentos colocam determinados produtos ao lado de outros (tipo vinho e queijo).
Tem um texto interessante sobre isso aqui: http://bit.ly/sPKoO7
Não vejo a hora de poder tirar um tempinho pra ler esses romances…
Os de Tormenta estão entre os meus preferidos.
Fora de série o estilo de escrever do Caldela.
Estou pra ler esses livros ainda. O estilo do Caldela é muito bom! Só esqueceu de comentar que a arte das capas é linda também.
(E a imagem gratuita só me agradaria se fosse do Josh Holloway XD)
Gosto muito da arte (interna) da capa de Deus Máquina. Mas sou total bitch dos desenhos do Greg Tocchini que fez o Caçador de Apóstolos! 😉
Muito boas mesmo.
(Nota mental: achar uma imagem do Josh Holloway vestido de Shakespeare!)