EAA – Exame Artoniano de Aventureiros
Fim de ano, todos sabem, é época de provas e vestibulares. E assim é também em Arton, e mesmo para aventureiros – eles também devem passar pela sua prova anual de conhecimentos e habilidades. Conheça a seguir, portanto, o Exame Artoniano de Aventureiros!
História
O Exame Artoniano de Aventureiros, ou EAA, foi criado pelo Imperador-Rei Thormy para avaliar as capacidades dos aventureiros ao redor do Reinado, de forma a ter uma idéia de quais seriam as capacidades de defesa que teria em caso de uma ameaça séria à segurança do continente. Ao fim de cada ano, um édito escrito por ele convocava todos os aventureiros na capital Valkaria a se inscreverem e participarem da avaliação.
A sua idéia foi bastante contestada por alguns conselheiros, que a julgavam um desperdício do dinheiro do reino. As controvérsias ainda aumentaram bastante com as denúncias de fraudes que aconteceram nas primeiras aplicações, forçando provas a serem anuladas e repetidas, e que ainda acontecem com alguma freqüência. Apesar disso, Lady Shivara, após assumir o trono do Reinado, optou por seguir com a aplicação anual do exame, buscando sempre aprimorar a sua fiscalização para diminuir a ocorrência de casos assim.
O Exame
A inscrição do exame custa 100 Tibares por participante. Ele é composto de quatro etapas, descritas a seguir, com as regras para a sua aplicação. Cada uma delas possui ainda um nível mínimo de sucesso que é necessário para ser aprovado e outro para atingir sucesso total, equivalente a uma prova realizada com 100% de eficiência.
Etapa 1: conhecimentos gerais.
O primeiro teste consiste de uma prova escrita de conhecimentos gerais sobre o mundo, incluindo detalhes da história artoniana, política, geografia, fauna e flora, etc. Personagens que não saibam ler e escrever podem optar por realizar um teste oral.
Para avaliar esta etapa, considere-a como uma série de cinco testes de perícias de conhecimento, em geral relacionadas à Ciências. É preciso passar em pelo menos três deles para ser considerado aprovado; para sucesso total, deve-se passar em todos. Personagens que decidam passar os dias anteriores à prova estudando podem receber um bônus de +2 nestes testes.
Etapa 2: habilidades específicas.
A segunda parte do exame consiste em algumas avaliações de habilidades específicas, de acordo com o tipo do personagem – guerreiros, ladrões, clérigos ou magos. Consiste em realizar algumas ações básicas, como lançar feitiços simples ou atacar um boneco de madeira, em frente a um avaliador, que decidirá a sua nota final.
Os testes, de acordo com o tipo de personagem, são:
Guerreiros. O personagem deve atacar um boneco com a sua arma ou técnica de luta de preferência. São realizados cinco ataques, e ele deve conseguir uma FA maior do que 12 em pelo menos três deles para ser aprovado. Sucesso total consiste em conseguir uma FA maior do que 12 em todas as jogadas.
Clérigos. O personagem deve lançar cinco magias de cura, somando ao todo pelo menos 35 PVs curados para ser aprovado. Para ter sucesso total, é preciso somar ao todo 60 PVs curados.
Ladrões. O personagem deve desarmar algumas armadilhas simples, realizando cinco testes da perícia Crime. Deve passar em pelo menos três deles para ser aprovado, e em todos para ter um sucesso total.
Magos. O personagem deve conjurar cinco feitiços de ataque, somando ao todo pelo menos 35 pontos de dano para ser aprovado. Para sucesso total, é preciso somar ao todo 60 pontos de dano.
Etapa 3: exploração de masmorra.
A quarta parte do exame é a exploração de uma masmorra simples, com entre seis e quatro aposentos ligados por uma rede de corredores labirínticos cujo desenho muda a cada ano, incluindo algumas armadilhas e confrontos menores. O objetivo é encontrar a saída dela em menos de uma hora para ser aprovado; sucesso total consiste em sair dela em menos de trinta minutos. Os personagens podem se inscrever como um grupo de até seis componentes para participar deste teste, ou serem sorteados para atuarem juntos a outros participantes.
Etapa 4: combate em equipe.
Por fim, o último teste é um combate em grupo contra uma criatura relativamente poderosa, como uma wyvern ou dragão jovem. Como no teste anterior, os personagens podem se inscrever como um grupo pronto para participar do exame, ou serem sorteados para atuarem junto a outros participantes. É preciso vencê-lo para serem aprovado, e se isso for feito em menos de quinze minutos, será considerado um sucesso total.
Obviamente, são tomados cuidados especiais para que não hajam tragédias na realização do exame. Clérigos estão sempre de prontidão do lado de fora para curar ferimentos muito graves, e o teste pode ser interrompido caso um personagem caia inconsciente (resultando, é claro, na não-aprovação do grupo).
Benefícios do EAA
Não há um benefício material direto por realizar o EAA – o personagem não recebe uma premiação em dinheiro, nem é diretamente beneficiado de alguma outra forma. No entanto, o Protetorado do Reino costuma se guiar pelos resultados das provas nas avaliações de novos candidatos, olhando com melhores olhos aqueles que forem bem colocados, bem como para decidir se um determinado aventureiro merece um convite individual para integrar a equipe. Além disso, mercadores e milícias de Deheon, tanto de Valkaria como de cidades próximas, também costumam se guiar pelas listas de aprovados para contratar guardas de caravanas e aventureiros para missões importantes. Um resultado expressivo nos exames, assim, pode funcionar como uma boa propaganda para um grupo de aventureiros mercenários.
O personagem também recebe 1 PE de bônus para cada etapa em que conseguir um sucesso total nos testes.
ENEM Artoniano, levando a burocracia do complexo alfa para seu cenário favorito
Eu axei bem legal cara! Só uma perguntinha…
No caso de clérigos uma das etapas é curar um determinado numero de PVs certo??? No caso de Clérigos de Keenn, como isso funciona? Eles não podem curar a não ser que peguem talento para isso, caso contrario não podem lançar magias de cura… coo fica o teste???
OBS: Lembrando só que essa pergunta é para quem usa o TRPG com as regras de seguidores que estão no suplemento “O Panteão”.
Valeu cara abraço!
Leo
Tu pode inscrever um clérigo de Keennn como Guerreiro pra realizar o teste de habilidades específicas, se preferir.
O BURP surpreendendo mais uma vez. Mas existe um limite de nível? Penso que deva ser ótimo utilizar isso para grupos de nível médio, entre 5º e 10º.E poderiam existir academias que preparam justamente para isso, afirmando ser uma das poucas formas de ingressar no Protetorado.
Gostei da idéia…
mas E SE um mago for especialista em adivinhação, dominação e ilusionismo, e, por questões de princípios (e também por não possuir NENHUMA magia de ataque em seu repertório)… ele seria simplesmente impedido de participar, ainda que fosse um prodígio único no ramo arcano?
Tu pode trocar o teste nesses casos por algo ligado à especialização dele… Sei lá, encontrar escondidos pra adivinhação, criar umas ilusões realistas para ilusão, etc. O que eu descrevi ali é o modelo básico, não dá pra pensar em todas as variações possíveis… =P
Eu acho que devia ser tipo os provas específicas para os cursos superiores da área de artes. Uma prova prática de ilusão, no caso.
Ilusionistas ainda cauam dano, mesmo que seja ilusorio então não teria problema nisso.
gostei, mas só 1PE… nem o ENEM é tão ruim assim XD
otimo artigo.