Dark Sun para 2010!
Você provavelmente já leu por aí, mas se não, permita-me informar você sem enrolação: Dark Sun será o cenário de campanha a ser lançado em 2010 para Dungeons & Dragons.
O anúncio foi dado nesta sexta-feira, no seminário D&D Extravagança, na GenCon. Além de ter sido noticiado no próprio site da Wizards.
Inclusive, no site da Wizards o James Wyatt fala um pouco sobre o que devemos esperar do novo livro. O Rocha traduziu bem o que eu penso à respeito nos comentários que fez. Mas vou resumir aqui as minhas preocupações.
- Dark Sun é um cenário que foi meio “estragado” na segunda caixa e ao longo do tempo. Sua idéia inicial era bem legal, mas quando começaram a espandir o mundo a coisa desandou um pouco. Quando o James Wyatt disse que queria aproximar mais da primeira caixa eu pensei: “Hum… Isso pode ficar bom!”. Mas aguardo ver como eles lidarão com elementos comuns ao D&D e que não existem em Dark Sun. Não sei se gostaria de ver um Warforged ou um Eladrin passeando pelo deserto. Pode ser um passo em falso igual o da segunda caixa.
- A pobreza de recursos do cenário é um dos fatores que o tornam tão mortal. Imagino que para compensar a falta de itens mágicos (e até itens comuns, como armaduras metálicas) eles deverão usar alguma variação da já anunciada regra do Dungeon Master’s Guide 2 de dar bônus de graça para os jogadores. Mas se você dá os bônus dos itens, você não está tornando o cenário mais desafiador, está apenas trocando seis por meia-dúzia. Então quero ver como irão trabalhar o esquema do equilíbrio de poder com a falta de recursos. Afinal, eles ainda têm de manter o equilíbrio entre as opções oferecidas no cenário com as oferecidas fora dele (este tem sido o padrão e o anunciado pela Wizards).
Importante salientar que nem posso considerar que joguei em Dark Sun de verdade, apenas fiz um mercador e comecei duas aventuras que nunca foram para frente.
Ainda assim, comumente jogo com ex-jogadores e mestres do cenário, e todos nós ficamos bastante apreensivos desde as primeiras suspeitas da volta de Dark Sun.
“Mas se você dá os bônus dos itens, você não está tornando o cenário mais desafiador, está apenas trocando seis por meia-dúzia.”
Considerando os bônus de atributos enormes que os personagens de Dark Sun tinham na 2a edição quando comparados com personagens de outros cenários, não é como o esquema seis por meia-dúzia fosse alheio ao cenário.
Não jogo D&D 4ª, mas tenho impressão que, se tomarem o mesmo caminho do Forgotten 4ª, o novo Dark Sun vai ser, no mínimo, estranho àqueles que estão acostumados com ele. Mas creio que para a nova geração que nunca leu nada sobre Athas pode encontrar um cenário no mínimo interessante. Agora só falta lançarem Spelljammer ou Gamma World para a 4ª para as coisas ficarem realmente estranhas…
@Eduardo: Hahaha. Verdade. Bem lembrado.
@Hax: Nah. Diferente de Forgotten Realms, Dark Sun é um cenário bom. Não vai precisar mudar. É igual Eberron, que parece não ter mudado quase nada na nova edição (preciso ler os livros com calma para ter certeza).
E putz, eu ficaria muito feliz de ver um novo Spelljammer.
Acho que vai precisar de mestres muito bons para fazer uma campanha decente… O conceito de poder sobre-humano da 4ª não me parece condizer com o cenário degradado de Dark Sun.
Só lendo pra ver.
“O conceito de poder sobre-humano da 4ª não me parece condizer com o cenário degradado de Dark Sun.”
Lembra que no DS antigão os personagens começavam no terceiro nível e tinham um modelo de geração de atributos que gerava números superiores aos dos outros mundos de D&D.
@Ivan Prado: Qualquer campanha, pra ser decente, precisa de bons mestres. Um cenário bem escrito, por si só não é garantia de uma boa campanha.
@Ivan Prado: O pão está para a manteiga assim como Dark Sun está para a quarta edição.