Resenha: Open Grave (4D&D)
Julgo a capa acima bem mais honesta que a oficial: com esta, você sabe melhor o que esperar do livro…
Open Grave conta com uma vasta seleção de mortos-vivos porradeiros, poderes, skill challenges e afins. O livro faz uma tentativa de material descritivo, mas, em geral, as descrições são profundas como um pires. São discutidas minúcias como a psicologia e fisiologia dos mortos-vivos, mas nada é realmente explicado.
A cereja do bolo vem próxima do fim do livro:
Conde Strahd von Zarovich, um dos maiores soberanos de Ravenloft, mestre incontestável de seu Domínio, personagem icônico da mitologia de Dungeons & Dragons — transformado em um skirmisher solo de nível 20 para ter a bunda chutada pelos jogadores… ‘Bora jogar Darkstalkers?
Ah, qualé. Todo mundo curte um fanservice.
A Morrigam semrpe arrasa, não tem pra ninguém, eita súccubo danada ;D
Hehehehehe
Dungeons & Darkstalkers!
What the f*ck??? Isso é sério?
Undead fraquinho, caindo aos pedaços?
Só tem undead pohadeiro nesse livro!
Isso sim que é homor negro!
huahauahauahuahauahau…
Me digam que ainda é primeiro de abril, por favor.
E quando eu digo que a 4E tem tanto background quanto uma caixa de sapatos, ainda há quem proteste.
UM PARÁGRAFO de background para Strahd! Deus do céu…
Quando não se tem uma descrição decente… Um texto bem elaborado, fica só parecendo ficha. Perde totalmente a graça, pra mim pelo menos.
Ah, caso alguém tenha dúvida… A capa do post foi uma brincadeira/crítica do Shido.
Essa é a capa original do Open Grave: http://www.wizards.com/dnd/images/OpenGrave/cover.jpg
Uai, feito na aventura original… láááááá em 1983… finalmente entendi ao que é que eles se referiam quando diziam que estavam trazendo para a 4.0 o clima das antigas edições…
Se deu certo ou não, é outra história…
E.
Eu gostei do estilo.
Tá aí a tradução do trecho, em estilo livre e moderno, pra encaixar com a 4E.
“Strahd fala por aí que é o primeiro vampirão, mas o cara tá bem louco, já que tem vampiro pra porra por ai. Na real o mano pode até ser o primeiro vampiro lá da quebrada dele dele, a tal da Baróvia, onde ele é pica grossa”.
Cheers!”
T.
… impressão minha, ou na capa original há cinco bijouterias na cara do lich (quatro enfeites mais o olho vaporoso) que lembram as moxes/baterias de mana/amuletos/etc representando as cores de Magic?
LOL!
E.
“Ah, caso alguém tenha dúvida… A capa do post foi uma brincadeira/crítica do Shido.”
Incluí o link no texto para evitar confusões. A ilustração de verdade do Strahd no livro, só pra deixar claro, não é aquela que está li (que é o Demitri, do Darkstalkers). (Aliás, fui só eu ou alguém mais sentiu calafrios ao ver que o Strahd está localizado na seção “New Monsters” do livro?)
Se bem que o fato de haver tais dúvidas deixa bem evidente o tipo de clima que a 4a. edição passa…
4º Edição tá parecendo cada vez mais Streets of Rage ou Final Fight… xD
"Morto vivo tá no jogo pra ser destruido mesmo. Não importa se é um "power clássico".
Strahd tem mais é que levar pé na bunda de herói mesmo heoeho =D"
Heh, normalmente eu concordaria. Mas para fã antigo, é duro de engolir.
House of Strahd é uma aventura matadora clássica, que quase nenhum grupo de players consegue vencer. E em Ravenloft, Strahd é um darklord e eles nunca podem ser vencidos pelos heróis, porque é o tom de horror do cenário.
Agora, na 4E, virou só mais um chefe de fase.
É naquelas que falei pro Dan ali em cima. Nada impede do mestre utilizar o Strahd apenas como pano de fundo pras aventuras dele, como um elemento de terror invencível e supremo em seu Plano. É algo muito legal, basta para isso ignorar a ficha do sujeito.
Caso ele queira uma aventura em que em dado momento eles acabem enfrentando o danado, a ficha existe, está ai pra ser o Chefe de Fase mesmo. Pra mim um jogo peca muito mais por ser restritivo (você "só" pode usar ele como pano de fundo) do que por dar opções para o mestre usar ele como bem entender, acho eu =)
Pois é, esse Strahd está aí não pra ser o Overlord de Barovia, aqui-inimigo de Azalin, amargurado por ter perdido a vida em guerras infindáveis enquanto seu irmão belo e mais novo aproveitava a vida, que se desgraçou ao vender sua alma para a Morte em busca do amor de Tatyana e que passa as suas noites em uma busca eterna pelo seu amor perdido, indo de vilarejo em vilarejo procurando por mais uma encarnação dela.
Esse Stradh está aí pra ser utilizado como NPC em uma aventura que pode sim culminar com os personagens vencendo ele ou salvando mais uma das encarnações de Tatyana dos braços do vampiro enlouquecido.
Quem queria ver o Stradh de Ravenloft realmente vai quebrar a cara porque ele só cabe em Ravenloft e seria bem pouco provável que o pessoal fosse publicar em um suplemento pra mortos-vivos um cenário de campanha inteiro só por causa de um mísero NPC.
Eu acho que ele ficou muito bom pra ser utilizado em uma aventura e seria necessário um livro inteiro pra tirar a "superficialidade" de Strahd, que até mesmo no "Domains of Dread" é muito pouco explicado, quem quer realmente ter uma visão completa de o que ele e como ele se tornou aquilo tem que ser o "I, Strahd" ou "War Against Azalin", qualquer coisa menor do que isso vai ser sempre superficial.
Realmente o background dele poderia ser um pouco mais elaborado, mas tenho espersnças que quando ( e se) lançarem Ravenloft para 4ª edição (o demiplano voltou a fazer parte da cosmologia ofcial) isso seja resolvido.
"UM PARÁGRAFO de background para Strahd! Deus do céu…"
Na realidade são 7 parágrafos: um antes da "ficha" e três na parte do "lore" da criatura (alem de uma refeência à origem do personagem)
Background elaborado só nos livros do Elrod, que inclusive saíram em paperback faz pouco tempo. A maior parte dos antigos romances de Ravenloft, que estavam fora de linha, estão voltando as vendas e isso é muito bom pra quem não teve a oportunidade de ler obras primas como "I, Strahd" 😉
Edit: 1 antes da ficha e 6 na parte de "lore"
Morto vivo tá no jogo pra ser destruido mesmo. Não importa se é um "power clássico".
Strahd tem mais é que levar pé na bunda de herói mesmo heoeho =D
Ah, isso é coisa que começou com a 3E, com jogador podendo dar porrada nos deuses.
Pra mim um cara como Strahd não é um NPC, é uma parte do cenário, como uma montanha. A partir do momento em que os jogadores podem derrubar montanhas, a coisa tá feia.
alguem pode confirmar pra mim a noticia de que a devir já estava com o material da 4th semi-pronto e só não o lançaram porque receberam ordens de só lançar depois de passar pela revisão ortografica? já li isso em 2 foruns. é verdade que os primeiros lançamentos virão até de junho?
Eu só acho que um cara responsa como o Strahd deveria ser mais que só um "monstro novo".
Teste
Tipo, se ninguém for nas montanhas elas não existem? Nem são mencionadas no seu mundo de jogo? rs
É, realmente é bom pensar em vários estilos de jogo, mas não acho uma boa apresentar personagens importantes assim com essa banalização. Mas também é IMHO =P
Infelizmente aqui não vai ser onde você terá essa confirmação.
Não consigo ver nenhum comentário feito após o do Tek. Pra ser mais exato, me refiro os comentários do Armageddon e do danramos ( e provavelmente também não conseguirei ver o meu)… Só sei da existência desses porque foram mostrados na caixa de "Últimos Comentários".
Será problema com meu navegador? o.O
Não mesmo, Nameless, o que acontece é que agora tu pode dar reply para um comentário, como eu fiz agora com o teu, e esse reply fica sempre abaixo do comentário base. Então os comentários do Armage e do Dan tão sim aparecendo, tu é que está procurando no lugar errado. 😉
Olha, como um baita fã de boa parte da mitologia "d&dística" não posso deixar de ficar consideravelmente revoltado com a superficialidade do Open Grave.
O povo pode reclamar da edição 3.5, apontar erros e tal, mas o Libris Mortis, que era um dos piorzinhos dos livros dedicados a criaturas, é muito melhor que esse. E olha que nem tinha lá tanta novidade ou regras melhores.
Já ouvi dizer que o Open Grave é um dos melhores dos livros da 4a edição. Bom, eu achei ele bem fraco mesmo.
Pra mim, só faz sentido terem montanhas num cenário se elas tiverem alguma utilidade em jogo. Se as montanhas fazem seu papel de fornecer aventuras, se elas são úteis em jogo, então mantém. Caso contrário…
No caso do Strahd, entendo que a idéia de Raveloft era provocar terror nos personagens, e então nesse caso, sim, até concordo que ele não deveria poder ser vencido de maneira alguma. Mas isso pode ser meio chato pra alguns grupos que gostam de vencer o vilão e não fugir dele. E é muito mais fácil pro consumidor ignorar o que existe do que ter que ele mesmo criar tudo o que a editora não fez (uma ficha, no caso).
Mas são opiniões minhas, claro. Não sou o dono da Verdade nessa heoheo ; )
“Pra mim, só faz sentido terem montanhas num cenário se elas tiverem alguma utilidade em jogo. Se as montanhas fazem seu papel de fornecer aventuras, se elas são úteis em jogo, então mantém. Caso contrário…”
Que coisa horrível de se dizer, Marlon. Ao meu ver, essa foi uma das coisas mais desagradáveis nessa nova edição do D&D, a coisa de limar elementos “inúteis” do jogo — o que acaba gerando aquela coisa de “cidades são os locais onde se vai comprar/vender itens mágicos entre uma masmorra e outra”. Só são consideradas “úteis” a) coisas nas quais você pode bater e b) coisas com as quais você pode bater em outras coisas. Penso ser triste.
Nas mãos de um narrador hábil (e que não insira nas aventuras apenas combates/armadilhas/skill challenges com reis ridiculamente nostálgicos e vulneráveis ao uso da perícia História), qualquer, QUALQUER elemento, por menor ou mais supérfluo que pareça, se torna útil. E nem falo só de gancho para aventura; as coisas pequenas são ótimas para dar cor a descrições e situações, para mostrar aos jogadores que há um mundo vasto ao redor dos personagens, e que esse mundo é realmente fantástico, e não só uma Europa medieval com magos e grifos jogados dentro.
Por essas e outras que eu prefiro que um livro como o Reinos de Ferro gaste linhas me informando que os trollóides se cumprimentam batendo suas cabeças do que se tais linhas fossem “melhor” empregadas descrevendo algum item mágico porradeiro. Mesmo que isso não venha a aparecer em jogo, é algo bacana de ler; livros de RPG podem ser manuais de jogo, mas são manuais *enormes*, logo, se a leitura não contar com descrições agradáveis/interessantes, vai ser um suplício.
Há uma certa generalização do que eu disse, tanto na sua mensagem quanto na do Dan (que sumiu nesse sistema novo de comentários de vocês heoheo). Se a montanha é importante para dar um pano de fundo pra região da aventura, ela já é util em jogo.
Mas dizer "neste mundo tem montanha" não ajuda em nada, então não há porque citar, tampouco descrever. Por exemplo, em nosso cenário medieval, um dos amigos descreveu todo o sistema solar, com direito a rotações, translações e tudo o que há de direito em um sistema planetário. É um material curioso, perfeito e divertido. Mas em jogo, não tem nenhuma função.
Se seus personagens estão viajando entre dois reinos e há uma montanha no caminho, se ela for útil para a narrativa, você menciona a montanha. Se ela não importa naquele momento, simplesmente ignora e segue adiante ou narra "cinco dias depois vocês chegam na cidade x". Entende o que eu digo?
Para nós que gostamos de mundos de fantasia pelos mundos em si, todo e qualquer detalhe é bacana para tornar o lugar mais rico. Mas para o jogador de RPG em geral, isso não importa =)
É, definitivamente preciso dar uma olhada nesse livro.
Bem, como comentei antes, o Open Grave não foi meu livro favorito. Achei o Draconomicon muito mais substancial em material de cenário. Inclusive, também achei o Libris Mortis bem mais interessante para sua época. Talvez decorra do fato de eu já ter conhecimento sobre os mortos vivos da 4ª edição depois de ler o Worlds & Monsters, o Open Grave nesse sentido trouxe pouquíssima coisa além do que foi dito naquele livro.
Ainda assim, o Open Grave está longe de ser inútil. As primeiras 50 páginas concentram o "fluff" do livro, inclusive dando algumas dicas e conselhos para mestrar campanhas focadas em mortos vivos, conselhos úteis para qualquer mestre, em especial para os novatos.
A parte dos lairs realmente não me interessa muito, apesar de que podem ser aplicados a qualquer campanha sem muito esforço, e as 150 páginas restantes incluem muitos monstros, templates, variantes e monstros únicos que podem ser muito interessantes para qualquer camapnha undead. Por mais que você queira chamar isso de videogame, dificilmente é inútil Shido :).
E deixa eu fazer uma questão, o Stradh original era equivalente em poder aos deuses? Pq se não, ele é paragon level mesmo, não epic threat :).
No mais, pessoalmente não achei o Open Grave o melhor dos livros da 4ª edição. É interessante, mas achei o Libris Mortis bem melhor qdo o li. 🙂
O Strahd, que é Overlord de Ravenloft, era "invencível" dentro do seu território porque ele poderia simplesmente matar toda a trupe de aventureiros antes mesmo deles conseguirem chegar dentro do castelo. Enfim, tentar matar qualquer um dos Overlords de Ravenloft era uma tarefa inútil, a não ser que a Névoa ou algum outro poder "divino" estivesse do seu lado dando uma mãosinha. Comparando ele com outros cenários ele teria um status bem próximo ao dos deuses.
Resumindo, ele era "plot invencible"? 🙂
Na Dragon 368 eles comentam sobre o "pedacinho Ravenloft" da 4ª edição, os Domains of Dread do Shadowfell (também mecionados no Manual of the Planes). No caso da Dragon, eles detalham um destes Domains. Cada um tem seu "lorde" e cada um tem sua "névoa", e para sair do local, é preciso descobrir uma maneira de destruir o lorde (ou um grande quest de temática similar). Na Dragon 368, a vilã final, um personagem nível 17 Solo, só pode ser morto se condições específicas forem conseguidas (a la questing).
Da mesma forma, se vc quiser Strahd "a la Ravenloft", ele será "plot immortal" em seu Domain of Dread :). As estatísticas dele estão lá para ser combatido, mas não quer dizer q ele morra quando chegar a 0 hit points. Ao menos não numa campanha ambientada em Ravenloft e não se o mestre colocá-lo dentro de um dos Domain of Dread da 4ª edição.
Vale lembrar que a aventura original, "Ravenloft" para AD&D (1st edition), era para personagens de nível 5 a 7. O AD&D (1st) aparentemente ia até o nível 14, o que quer dizer que o Strahd era um desafio voltado para jogador no "mid game". O equivalente ao nível 15 da nova edição, matematicamente falando claro. Levando em conta que o nível 14 da edição original não é igual ao 30 da nova, e níveis acima de 15 eram considerados epics, o equivalente do 14 seria o nível 20, 21 da nova edição. Um solo 20 tá de bom tamanho para representar esse "level range" do antigo Strahd não?
Pois é, se a coisa não for espeficicamente montada pra ele ser "vencido" (já que em alguns dias a Névoa vai reconduzir ele pro seu trono) ele realmente é "plot invencible", não é exatamente o tipo de monstro que você entra na masmorra e mata.
Agora, "fora" de Ravenloft, eu achei a ficha dele bem condizente mesmo. A maior vantagem dos Overlords é exatamente a Névoa e os poderes que os seus domínios os fornecem, se eles não tem isso, eles são realmente "combatíveis" por personagens normais.
Além de ser muito foda os jogadores poderem ter o gostinho de vencer um dos maiores vilões da história do D&D, oras.
Esse "Lich" é só o Vecna. Que aliás tem a ficha no livro também hehe…
E o Stradh, Acererak, Kas, e alguns outros estão lá como uma referência, adaptação. Estão na Undead Hall of Infamy.
Se quiser um lore extenso de dezenas de páginas, recorra às publicações originais, onde estes personagens foram criados.
É meio injusto exigir que um único livro com idéias para campanha, skill challenges, monstros, artefatos e delves, além de uma coletânea referencial de vários inimigos clássicos,tenha o mesmo detalhamento e aprofundamento que seus módulos originais.
Open grave é um livro que trata os undeads como um todo, e resgata grande parte da cultura do D&D a respeito dos undeads.
O livro facilita o DM a adaptar seus módulos antigos pro novo sistema, como eu fiz com Tomb of Horrors.
Qual seria a abordagem correta? Um texto de 10 páginas sobre Stradh, e a keyword de INVENCÍVEL ficha dele?
Por isso concordo com o Maurício, acima.