Chilique internacional?

Vixe! Tem gente que não sabe mesmo quando é hora de ficar quieto e apenas curtir os frutos do trabalho. Lembram do João Beraldo, o Brasileiro que chegou entre os finalistas do RPG Superstar da Paizo? Pois. Depois de avançar até o top 16 (que contou com 17 pessoas, graças a um empate na última posição), o João acabou não conseguindo os votos necessários para continuar na disputa.  Uma pena, foi legal enquanto durou, etecetera e tal, vamos ao que interessa.

Sabe lá porque ele decidiu abrir um tópico no fórum da Paizo falando sobre a forma como o concurso é organizado, o que não é de forma alguma um chilique, como, e é aqui que começa o chilique, questionando a conduta profissional de um dos jurados. Não é preciso dizer que em pouco tempo o tópico encheu de postagens discordando do João, incluindo o próprio jurado acusado (Clark Peterson, da Necromancer Games).

Apesar de concordar com algumas das coisas ditas pelo Beraldo no tópico, acho que quando se está lidando com autores e artistas em geral, a política da boa vizinhança sempre é a melhor opção. Não interessa se a conduta do cara foi ou não profissional. Ele está inserido no meio, é uma porta para um mundo completamente diferente, fechar essa porta só para extravasar algo que está lhe passando pela cabeça é falta de bom senso. Lembrem-se disso, rapazes.

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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5 Resultados

  1. O maior problema com esse caso todo foi que o João deliberadamente mencionou, em público, como os brasileiros estavam votando nele em massa para ajudá-lo – deixando implícito que o fizeram *somente* por ser brasileiro.
    A naturalidade desse tipo de declaração me assusta, porque com certeza essa não é a intenção de concurso nenhum: os realizadores sabem que tais atitudes são inevitáveis, já que se trata de votação pela internet, mas a princípio eles querem escolher os melhores independentemente de nacionalidade.
    Que os jurados comentem as submissões a cada etapa do concurso, realmente, é estranho. Mas isso não justifica a paranóia de que exatamente algo que NÃO é louvável – gente votando nele só porque é brasileiro – vá levar necessariamente a maracutaias internas.
    De passagem, mesmo se a paranóia do João FOSSE justificada, ainda assim seria um problema menor do concurso se comparado à idéia de pessoas votando em submissões sem nem mesmo lê-las, ou ler as dos concorrentes. Ou seja, votando só porque o cara é conterrâneo. ISSO sim é problema, porque desvia os propósitos mais básicos do concurso.
    Enfim, o complexo de inferioridade do brasileiro é algo assustador; “proud people” my ass. Se preocupar com alçar artificialmente um conterrâneo em um concurso gringo não tem outro nome a não ser complexo de inferioridade. Vão ler Nelson Rodrigues, por favor.
    (Não foi à toa que o Clark Peterson citou o caso do jogador de basquete chinês – na minha visão, foi um tapa com luva de pelica dos mais elegantes da parte dele. Para bom entendedor, meia palavra basta…)

  2. O pior é que com os comentários infelizes e a “importância forçada”, repetindo milhares de vezes que ele é um profissional e que quem é do contra não leu ou não entendeu o que ele quis dizer, ele está simplesmente fechando as portas pra um possível futuro de publicações em produtos da Paizo/Pathfinder.
    Acho que o melhor pra ele seria aceitar os fatos e tentar produzir material que chame a atenção da Paizo (ou até mesmo de outras editoras, eles não são os únicos disponíveis) pela qualidade e não pela gritaria. Manter a fogueira queimando naquele assunto não vai trazer nada de bom não.

  3. Shin disse:

    Sei que é meio fora do assunto, mas:
    Em alguns lugares do mundo digital, os brasileiros são considerados “pragas” por fazerem exatamente esse tipo de atitude. Isso é um problema, pois acaba trazendo a “má fama” para toda uma nacionalidade e não apenas em um indivíduo em particular.
    Abraços

  4. D3 disse:

    É uma pena. Mas prova uma coisa:
    Infelizmente, a participação da comunidade brasileira nos meios virtuais que tratam sobre RPG quase sempre se resume a isso — reclamações, brigas e chiliques.
    Depois me perguntam porque eu não gosto de fóruns.
    D3

  5. Isgrebol disse:

    Vide o Cristo Redentor, “1ª Maravilha do Mundo” por causa campanha por votos em todo o canto e todas as esculhambações de votação que o Kibeloco promove… (apesar do que aquela pra desbancar o Maradona no site da Argentina foi divertida… e justa na primeira parte, que era pra elevar o Pelé na disputa)
    “web plague” com certeza, pelo menos quando se trata de votação na rede…

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