Trilogia Marcas da Guerra, resenha e adaptação
Eu não li muitos livros de Star Wars, basicamente duas trilogias, a que vou falar sobre ela hoje e a Trilogia do Thrawn do Timothy Zahn. Então, eu não tenho muito parâmetro para dizer o que é o melhor de Star Wars em termos de livros. Só sei que essas duas trilogias são boas, apesar de alguns problemas que vou comentar sobre a trilogia Marcas da Guerra.
Para quem não conhece, a Trilogia Marcas da Guerra foi “planejada” logo após a Disney comprar a Lucas Film e toda sua propriedade intelectual. Essa foi a primeira trilogia de livros canônica da Era Disney de Star Wars e, teoricamente, foi pensada para funcionar como uma experiência multimídia do universo Star Wars. Um personagem do livro aparece no filme, você lê a história prévia dele num livro e continua em algum outro lugar. Tecnicamente, essa trilogia se passa entre os episódios VI e VII, e detalha um acontecimento importante do filme O Despertar da Força, que seria A Batalha de Jakku, que também é trabalhada no jogo Star Wars Battlefront II.
Imagem de divulgação do conteúdo A Batalha de Jakku, de Star Wars Battlefront 2.
Resumo:
A trilogia Aftermath, escrita por Chuck Wendig, se passa no universo Star Wars logo após os eventos do filme O Retorno de Jedi (Episódio VI). A história explora o período turbulento entre a queda do Império Galáctico e a ascensão da Primeira Ordem, focando nas lutas e desafios enfrentados por diversos personagens enquanto a galáxia tenta se reconstruir.
A trilogia é composta pelos livros Marcas da Guerra (2015), Dívida de Honra (2016) e Fim do Império (2017). E acompanha um grupo de personagens peculiar, composto por Norra Wexley, ex-piloto da Aliança Rebelde, Jas Emari, uma Zabrak caçadora de recompensas, Jom Barrel, um ex-soldado da Aliança Rebelde, Sinjir Rath Velus, ex-agente da lealdade do Império, e Temmin Wexley, filho da Norra e um garoto inventor genial.
Este grupo se vê no meio de uma trama que envolve as conspirações políticas da Nova República, a ascensão de uma força remanescente do antigo Império, entre outras coisas.
Temmin Wexley, no futuro, como piloto da Aliança Rebelde.
Resenha: O primeiro livro foi vendido na época, em 2015, como a obra que teria a origem de um personagem importante que apareceria no Episódio VII. Que é o Temmin Wexley, que aparece por poucos segundos no filme. Além disso, também foi propagado que teríamos algumas respostas sobre como elementos presentes nos filmes surgiram, como a Primeira Ordem e etc. No geral, eu acho que a Trilogia Aftermath é boa, embora não consiga cumprir os objetivos propostos tão bem assim. Ela é importante por ser uma aventura no universo de Star Wars sem usuários da Força como protagonistas, muito antes da série Andor sair do papel. Também é a primeira obra (a trilogia como um todo) da Era Disney a adicionar mais diversidade no universo de Star Wars, como personagens LGBTQIA+, entre outras coisas. Mas acho que escorrega mais para o final da obra, quando tenta estabelecer um vilão que lembra muito o Almirante Thrawn sem ser tão ameaçador. E também na forma como tenta explicar a origem da Primeira Ordem. Apesar dos pesares, é uma boa trilogia com personagens diferentes do que foi visto nos filmes e séries até a chegada da série Andor e uma aventura legal de ler. Inclusive, acho que seria uma boa trazer esses personagens para a série Andor, são do mesmo período cronológico.
Pra mim três personagens se destacam nessa trilogia, Norra Wexley (a protagonista), e Jas Emari (que vou fazer uma ficha pra ela em início de carreira) e Sinjir Rath Velus. Esse último é o meu favorito, ele é um ex-Agente da Lealdade do Império, o que significa que ele é quem identificava os traidores da causa e extraía informações dos rebeldes capturados. Acho o arco de personagem dele o melhor desses livros.
Um outro detalhe que me incomoda desde a trilogia do Thrawn é que os livros de Star Wars partem do princípio que você conhece as espécies de alienígenas que aparecem nos livros. Então, eles não descrevem como as criaturas são ou fazem isso sem muitos detalhes, e muitas vezes eu ia pesquisar para saber a aparência da criatura. E aí fica a sugestão para a próxima editora que irá publicar os livros de Star Wars no Brasil (que provavelmente lerá essa resenha e considerará esse pedido #sqn), façam uma galeria com as espécies citadas nos livros. Não precisa ser uma ilustração do personagem, mas uma imagem da espécie do personagem, exceto quando é um humano.
Fã-Arte de Carsten Bradley no Artstation dos personagens principais da Trilogia Marcas da Guerra.
Adaptação: Escolhi a personagem Jas Emari para adaptar, já que é uma Caçadora de Recompensas e o único livro de RPG da Fantasy Flight Games lançado no Brasil foi o Fronteira do Império, e mesmo assim eu tive que ir atrás da espécie Zabrak que só tem no livro Force & Destiny. Enfim, não combei a personagem porque só li o livro o suficiente para fazer uma ficha inicial e não fui nas entranhas do negócio para criar combos.
Jas Emari com seu Rifle ao lado da Tia Sugi. Arte do livro da Fantasy Flight Games.
Como fiz a ficha dela num “começo de carreira”, não gastei pontos nos atributos do personagem, usei os de base da espécie e gastei mais com os talentos da carreira (Caçadora de Recompensas) e da especialização (Assassino). Deu para comprar quase tudo relacionado ao que ela fazia no livro, faltou uma perícia de pilotar, por exemplo. Ou ela pode brigar melhor no futuro, ou talvez o jogador preferisse colocar mais pontos nessa perícia do que comprar um Artimanha. E acho que é isso. Se quiser dar sugestões ou apontar os problemas da ficha, pode fazer nos comentários da postagem mas sejam gentis.
Ficha da Jas Emari e tem um link abaixo com o pdf da ficha.
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