Coveiros, uma nova opção para o seu personagem de TRPG
Para os desavisados, os coveiros são aqueles que enterram os que se foram, realizando um trabalho árduo e necessário. Todavia, a sua importância é maior, pois eles são guardiões dos cemitérios, sempre prontos a impedir o retorno dos mortos. Tristes são as cidades onde seus coveiros foram corrompidos, se tornado um alvo fácil para clérigos malignos e necromantes.
A posição de coveiro é hereditária e existem longas linhagens daqueles que empunham com orgulho a pá e o lampião. Os iniciados são ensinados desde a tenra infância no ofício e na importância do anonimato para a sua proteção. Lógico que existem coveiros sem ligação com esta tradição. Assim como os caídos, coveiros que abandonaram a sua missão e que agora compactuam com os inimigos.
Pá
A pá é ferramenta dos coveiros, que os acompanha todos os dias e os auxilia em suas obrigações. Além do seu uso habitual, um coveiro experiente pode usa-la como uma arma letal, perfeita para derrubar os seus oponentes. Ainda temos as lendas, que remetem as pás de guerras, criadas por antigos artífices anões.
Regras para TRPG
Pá – Arma Simples de 2 mãos
Uma pá é uma arma simples de 2 mãos, que custa 1 PO, pesa 4 kg, causa 1d8 de dano por corte e esmagamento, com critico x 2. Além disso, ela concede +4 em jogadas de ataque para derrubar um alvo.
Pá de Guerra – Arma Marcial de 2 mãos
Uma pá de guerra é uma arma marcial de 2 mãos, que custa 15 PO, pesa 4 kg, causa 1d12 de dano por corte e esmagamento, com critico x 3. Além disso, ela concede +4 em jogadas de ataque para derrubar um alvo.
Nova Regra – Cavando Buracos
Em 1 minuto, usando apenas as mãos, um personagem pode cavar uma quantidade igual ao seu limite de carga pesada, sendo que a quantidade de terra que enche uma área de 1,5 m por 1,5 m equivale a 1 tonelada. Armado com uma ferramenta apropriada, um personagem pode cavar duas vezes mais rápido do que à mão. Lembrando que circunstâncias ruins podem reduzir este tempo a metade ou menos, como um terreno pedregoso ou rocha pura.
Lampião
O lampião é o companheiro inseparável dos coveiros, iluminando o seu caminho e afastando as criaturas das trevas. Apesar de não ter sido concebido como uma arma, coveiros experientes podem utilizá-lo como tal em situações desesperadas.
Regras para TRPG
Lampião
É um cilindro com uma alça e duas portinholas, custo 7 PO e pesa 1 kg. Uma chama alimentada por óleo é acesa dentro do cilindro e uma das portinholas aberta deixa a luz sair. A luz do lampião atinge 9 m, sendo que uma carga de óleo dura 6 horas e custa 1 PP. O óleo de lampiões é diferente, mais estável que aquele usado em frascos de óleo.
Um lampião pode ser usado como uma arma improvisada, mas provoca penalidade de -4 na jogada de ataque, sendo o seu dano de 1d6 por esmagamento e crítico x2. No primeiro crítico, provoca 2d6 pontos de dano de fogo adicionais no seu alvo. Logicamente, usar um lampião como arma, o inutiliza permanentemente.
Se tornando um coveiro
O treinamento concede aos coveiros familiaridade com as suas ferramentas e pequenas habilidades mágicas, que passam despercebidas para um leigo. Estes ensinamentos começam na infância, mas em alguns casos, um coveiro pode ser treinado já adulto.
Regras para TRPG
Talento – Iniciado no Ofício dos Coveiros
Pré-requisitos: Sab 11, 4 graduações em Conhecimento (religião).
Benefícios: Personagens com este talento são considerados proficientes com pás, pás de guerra e lampiões e podem lançar as magias detectar mortos-vivos e luz (apenas no seu lampião) à vontade, sem gastar PM.
Aliados & Inimigos
Apesar de se manterem ocultos, os coveiros possuem boas relações com ordens religiosas bondosas ou ligadas ao combate de mortos-vivos. Por outro lado, são inimigos declarados de necromantes, religiões associadas a mortos-vivos e a criaturas desta estirpe.
Caídos
Todo grupo tem seus traidores e os caídos são aqueles que abandonaram o ofício. Se tornando propagadores o mal e sendo os responsáveis por cemitérios com mortos-vivos errantes.
Regras para TRPG
Talento – Coveiro Caído
Pré-requisitos: Iniciado no Ofício dos Coveiros.
Benefícios: O personagem pode fascinar mortos-vivos, afetando todos os mortos-vivos a até 9 m e os deixando sob seu comando. Dar uma ordem aos mortos-vivos é uma ação de movimento. O nível somado de mortos-vivos sob seu comando não pode exceder seu próprio nível.
Mortos-Vivos têm direito a um teste de Vontade (CD 10 + metade do seu nível + modificador de Sabedoria) para evitar este efeito.
Usar este talento é uma ação padrão, e você pode utilizá-lo um número de vezes por dia igual a 1 + seu modificador de Sabedoria.
Especial: Este talento substitui o talento Expulsar/Fascinar Mortos-Vivos como pré-requisito para talentos e classes de prestígio.
Código dos Coveiros
Um coveiros não se associa a mortos-vivos, necromantes e sacerdotes ligados a estas criaturas. Devendo estar sempre vigilante aos seus inimigos e garantindo descanso eterno aos que se foram.
A imagem do gravedigger é de autoria de Stu Art Studio. Já a imagem do Coveiro desenterrando um dos Tumulares é da obra Noches lúgubres do escritor José Cadalso. Emquanto imagem do The Gravedigger é de autoria de DeadSlug.
Enterraram esse post, hein? 😀
Gostei da ideia do coveiro caído
O coveiro caído é ideal para usar no lugar de um necromante para aventuras de nível baixo.
Gostei do assunto e dá ideia para personagens coveiros; aventuras inteiras envolvendo cemitérios e criaturas que não se cansam de tentar fugir de lá… rs
Obrigado.
Que bom que gostou 🙂
Eu sempre gostol explorar estes backgrounds do cenário sem precisar fazer uma classe de prestigio e afins, apenas detalhar o equipamento e acrescentar um ou outro talento para personalizar o personagem/npc.
Tenho um gosto pela fantasia e pelo terror, e quando esses dois gêneros andam de mãos dadas me fascina como um morto-vivo sob as cordas espectrais de um necromante sobre suas marionetes cadavéricas.
Quando li o titulo uma das coisas que imaginei foi uma ventura one shot ou algum tipo de campanha dentro de uma grande cidade onde pudesse vaguear com este profissional, tratando ele como um personagem de grande importância.
A pá e o lampião me mostraram o quão estiloso pode ser um personagem com tal profissão e fiquei pensando sobre um aventureiro se profissionalizando nos caminhos da cova.
Vagueando por terras distantes das capitais e ajudando pequenos povoados onde os mortos recusassem o descanso final. Expulsando os mortos e abençoando o solo de cemitérios esquecidos pelos clérigos e lembrado por Necromantes.
Sim, sua ideai me deu ideias.. Muito massa, parabéns.
Valeu pelo comentário 🙂
Pensei nos coveiros como a primeira linha de defesa contra mortos-vivos e os planos dos necromantes, afinal nada é simples em um mundo de fantasia, mas quis deixar como algo fácil de acrescentar a qualquer personagem.
Os caídos vieram no desenvolvimento, afinal podemos ter coveiros que traíram a sua missão e hoje atuam junto ao inimigo.
O fogo brincava dentro da escuridão da noite, balançando como um pêndulo dançante, criando sombras bruxuleantes que fogem da luz mostrando o caminho a sua frente. A cada dez ou quinze metros mais distante eu precisava, como um fantasma, vaguear entre as arvores para acompanhá-lo. Vulto branco a segui-lo
O andarilho soturno a minha frente seguia com pressa, é provável que soubesse de minha presença que já o acompanhava desde o seu ultimo trabalho.
Ha pouco havia encontrado um homem velho, muito baixo e de barba longa. Conversaram sobre um novo serviço para ele. Que tão logo seguiu a mais um cemitério.
Precisei forçar mais o meu avanço, era eu a única companhia daquele andarilho e ele sabia, porém seus passos aumentavam sem se preocupar se eu acompanharia ou não.
Os gemidos anunciaram as criaturas espreitando na escuridão entre as lápides de pedra. O andarilho havia chegado ao cemitério e seu fogo dançou pendurado por uma corrente, a frente de seu peito, vagarosamente indo da direita para a esquerda. Iluminando sorrisos imóveis de corpos sem carne.
Tentando escrever alguma coisa sobre o post.. haha
Regras para cavar buracos!
Nunca se sabe quando vão ser necessárias 🙂