O que achei da Final do Game Chef Brasil 2014

Olá. O Game Chef Brasil tem seus finalistas e vencedor. Além de te informar sobre a competição (em ritmo de Copa), relatarei como foi a experiência de iniciar nesse tipo de competição e o que achei da mesma.
Sobre
O Game Chef Brasil é a versão para língua portuguesa do Game Chef, evento internacional em que os finalistas de cada “região linguística” competem para descobrir o campeão mundial.
Cada participante tinha o tema “Não há livro!” para desenvolver, em apenas 9 dias, um jogo analógico, que não sei explicar exatamente o que é. Entenda como não eletrônico. Ainda precisaria usar de 2 a 4 ingredientes, uns temperos na temática do jogo e foram: “absorver”, “indomado”, “reluzente” e “foice”. Eu usei os quatro ingredientes no meu jogo, O Desafio da Morte.
Os finalistas:
Conclave, de Gabriel Dalla Costa e Rafael Pereira
Corações Indomáveis, de Félix Maciel
Gazeta Metroyska, de Marcos Silva
Into The Wild, de Pedro Roscoe
Lenda Urbana, de Bruno Prosaiko
O Jogo de Cartas do Amor, de João Pedro Torres
Protocolo Éden, de Jairo Borges
Roubando Vidas, de Jolly Roger Game Studio
Trova, de Edu Bruno
Um Brilho na Escuridão, de Ricardo Peraça
E o grande vencedor: João Pedro Torres com O Jogo de Cartas de Amor.
Jogo campeão mundial: Prometheus’ Night, de Dolmengi, Chang & Jiu (Coréia).
Avaliações
Cada um dos 41 participantes precisava analisar 4 jogos e escolher 1 para ser finalista. Os organizadores (A Cabala) escolheriam o vencedor. A ideia de competidor analisar e votar em concorrente me soou muito esquisita. Por exemplo, um autor de um dos 4 jogos que analisei tinha que analisar o meu jogo. Pareceu-me conflito de interesse. E apenas uma mulher participou. E chegou à final com Roubando Vidas! Veja minhas avaliações no fórum oficial.
Votos
Não foi divulgada a quantidade de votos que cada jogo recebeu (de 0 a 4), o que piorou minha paranóia. Eis meus avaliados e seus “números de inscrição” (o meu foi 14):
15: Guilherme DR – Game Builders
17: Leo Passos – O Longo Véu da Escuridão
20: Bruno Saraiva – Não há livros!
24: Bruno Prosaiko – Lenda Urbana
Gostei muito dos 4 jogos e fiquei bem dividido – o que é incomum – entre Game Builders e Lenda Urbana. Votei em Game Builders pela genial e geniosa ideia de um jogo para criar jogos, inclusive podendo recriar o concurso dentro dele! Lenda Urbana era um jogo pronto sobre improvisar estórias, só faltava mandar para gráfica e distribuir, e acabou chegando à final mesmo sem meu voto (pode ter tido 2 ou 3, ou 0…). Meu jogo teve boas avaliações mas votos, não tenho ideia.
O Desafio da Morte
Foi mesmo um desafio. Fiquei dias tendo ideias para meia dúzia de jogos e não separei tempo para criar. Acabei desenvolvendo aquele que parecia ser mais rápido. Além de tudo criei minhas próprias restrições: usaria todos os ingredientes, tinha que caber em uma página e só usaria dados comuns (d6) e/ou um baralho. E como um jogo solo, cada avaliador poderia realmente jogar e não só apenas ler antes de analisar e votar. Ainda não jogou? Encontre-o aqui.
Enfim
Foi uma experiência muito louca e divertida. Os organizadores foram atenciosos com os competidores e não notei problema relevante. A ressalva é o mecanismo de avaliação dos jogos que são opacos demais para minha paranóia. No mais, agradeço a oportunidade e espero que tenha sido divertido para todos.
Até.
P.S.: Meu jogo se chamaria O Algoritmo da Morte. Como não consegui diagramar em tempo, mudei para desafio. E não descartei as outras ideias de jogos. Qualquer hora elas aparecem para você se divertir.
 

Jaime Rangel

Jaime "JJ" Rangel é um cara de Duque de Caxias (RJ), franco, tranquilo e desmemoriado. Gosta de levar inquietação às mentes alheias. Prefere 10 inimigos sinceros a 1 amigo indeciso. Cuidado ao perguntar algo, ele responderá a verdade. E a verdade é sempre mais divertida (pra ele). Escreve/traduz/joga RPG e afins.

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