Pocket Dragon – Cenário 005
Pactos de Poeira
Gainir é um mundo de fantasia steampunk em plena reconstrução e revolução industrial, devastado pela terrível Guerra da Ninhada e impregnado por uma forma misteriosa de energia, que faz com que cada Pacto tenha o poder de lei inviolável.
Os cinco grandes povos que habitam o mundo são:
Aeshir (Guardiões Ascendentes)
Vencedores da Guerra da Ninhada, os aeshir colheram como louros do conflito apenas perdas irreparáveis e desolação. Seus esforços para a aniquilação dos antigos dragões gainirianos rendeu poucos frutos e o preço pago foi a perda da hegemonia da raça em detrimento dos novos colonizadores.
Seres de extrema agilidade e leveza, os aeshir são tão velhos quanto o próprio mundo. E desde sua origem juraram proteger e armazenar os conhecimentos do planeta em uma memória universal etérea, batizada como Dharma. Para isso, forjaram um pacto com os dragões gainirianos, afim de evitar que este conhecimento fosse utilizado de maneira destrutiva ou corruptível. A violação deste pacto, porém, culminou na Guerra da Ninhada.
Apesar de séculos terem se passado, este povo vive uma tentativa infrutífera de resgatar suas conquistas e glórias arruinadas, afetada ainda mais pelo surgimento de outros povos e suas revoluções.
Como um povo alado, se assemelham fisicamente aos garuda da mitologia hindu, como uma mistura de anjos e aves de rapina. Suas vestimentas e traços arquitetônicos, dependendo da região em que habitam, são similares àquelas utilizadas por povos andinos ou indianos. Sua cultura é matriarcal e baseada na valorização da sabedoria e do tempo de vida.
Traços Raciais: possuem movimento 9, +1 de bônus nos danos e na iniciativa com lanças, e não podem possuir DV maiores que d8.
Danarran (Intenções Indecifráveis)
Os danarrans, que em seu próprio idioma estrangeiro significa “do além mar”, chegaram ao continente de Gainir há cerca de 600 anos e, neste espaço de tempo, tornaram-se os mais influentes e abundantes de todos os povos. Formado por duas etnias distintas, os humanos e os anões, este povo aportou no continente em meio ao fogo-cruzado remanescente da Guerra da Ninhada, aliando-se aos povos nativos de acordo com seus interesses particulares.
Graças à engenhosidade de seus membros, os danarran foram essenciais na reconstrução de Gainir, promovendo melhorias e avanços consideráveis no continente. Bem como avançando seu nível tecnológico para uma era semi-industrial, com máquinas experimentais a vapor, estradas de ferro e armas primitivas de pólvora.
Traços Raciais: tanto os humanos quanto os anões possuem os mesmos traços raciais descritos no manual PocketDragon.
Khaiser (Herdeiros da Linhagem)
Descendentes dos escassos dragões remanescentes da Guerra da Ninhada, os khaiseres surgiram como uma tentativa derradeira de preservar as cinco linhagens draconianas originais de Gainir, por meio de manipulações de sangue e magia.
Orgulhosos, prepotentes e territoriais, os membros deste povo veem a si mesmos como uma raça superior a todas as outras, ostentando suas heranças como provas legítimas do direito ao domínio sobre as demais raças. Em especial sobre os qüitenes.
Khaiseres possuem características reptilianas icônicas, como escamas, garras, couraças, caudas, espinhos, presas, e uma miríade de traços draconianos, que variam de acordo com a linhagem do indivíduo. Tornando-os similares à mistura entre um humano de grande porte e um dragão.
Sua cultura é patriarcal e extremamente autoritária, valorizando o indivíduo por seu status social, renome da família e linhagem sanguínea. Dentre eles, a escravidão e o sistema de castas é algo válido e estimulado, pois representa o domínio do fraco pela autoridade daquele que tem poder legítimo. Suas construções são sempre imensas e ostentosas, adornadas por riquezas desnecessárias, e seu estilo arquitetônico remete ao greco-romano da antiguidade clássica.
Traços Raciais: possuem movimento 6 e +1 racial nos testes de CA.
Qüitene (Corações Roubados)
Hedonistas e libertinos, os qüitenes são um povo misterioso que outrora residia nas regiões selvagens de Gainir, antes e durante a Guerra da Ninhada. Com uma identidade cultural conflitante, esta raça possui uma sociedade nômade e pouco estruturada, similar à de alguns povos ciganos.
Dizem que os ancestrais desta raça pertenciam a uma reclusa espécie de fadas, que vendeu sua pureza original e sua ligação com a natureza em troca de abrigo contra uma ameaça que não poderia combater sozinha. Em troca desta proteção, e da transformação da raça em seres humanóides, os qüitenes juraram lealdade aos khaiseres e seus mestres dragões, sucumbindo a um pacto de servidão. Violar este pacto possui consequências terríveis, muito piores do que a morte.
A aparência de um qüitene, embora humanóide, remete às influências de sua natureza feérica, que mistura características de presas e predadores: possuem olhos ferinos, orelhas pontudas, presas afiadas, língua áspera, cascos bifurcados nos pés, chifres, unhas em forma de garra, cauda preênsil e um couro fino recobrindo o corpo. Além destes elementos, todo qüitene possui uma marca sobrenatural em algum lugar de seu corpo, resquício do pacto forjado pela raça. Este glifo lembra uma marcação à ferro e fogo e representa o brasão da casa de seu senhor khaiser.
Por conta de sua natureza feérica, este povo preza muito a liberdade individual e a vida mutável, mas sabe que está fadado a uma vida de servidão por conta de seu pacto. Por este motivo vivem em constante conflito de sentimentos e eventualmente cedem à depressão.
Para contornar isso, os qüitenes descobriram que podem manipular os anos de servidão atrelados aos seus corações roubados, apostando-os em jogos de azar com outros de sua raça e com seus senhores, fazendo destes uma raça de viciados em jogos.
Traços Raciais: possuem os mesmos traços raciais que os elfos descritos no manual PocketDragon.
Underi (Prisioneiros da Morte)
O povo mais recente a surgir em Gainir. Ninguém sabe de onde vieram os Underi, ou onde eles se mantiveram ocultos por todos estes séculos. E o pior: o que eram antes de sua mórbida condição atual. Os membros desta raça já foram integrantes de uma espécie desconhecida oriunda de outro mundo, que trocou suas almas pela vida eterna por meio de um pacto com um ser conhecido apenas como “A Entidade”.
Agora, quase um milênio após este pacto, os underis despontaram em Gainir como mortos-vivos decrépitos e silenciosos, focados em suas próprias ambições e interesses. Algo que perturba muito as demais raças dos reinos, mas que lhes instiga a se relacionar em busca de conhecimentos ocultos.
Animados por uma pseudo-alma, batizada como Miasma, esta raça possui um número limitado de indivíduos. Por isso, todo Underi tem a obrigação de apoiar e resgatar outros de sua espécie mesmo que isso vá contra seus interesses. Esta regra, imposta pela Entidade, propicia a um underi a chance de ressurreição caso seu corpo tenha sido inutilizado, mas este ainda seja de alguma serventia para sua nação.
Fisicamente os underis apresentam características que reforçam a ideia de serem oriundos de outras paragens: são demasiadamente altos, possuem membros finos e compridos, olhos largos e narinas estreitas, mãos com dois polegares e uma caixa torácica alta e compacta. Além disso, a podridão e a decrepitude que muitos ostentam, combinadas à ausência de sangue e de calor corporal, lhes dão um aspecto grotesco, vagamente alienígena. Para esconder suas deformidades, muitos utilizam máscaras com expressões faciais e temas variados.
Traços Raciais: possuem movimento 9 e 1 PV adicional por nível, independente da classe.
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