Impressões sobre LEDD – E03 "Soldado de Yuden"
Estou de volta com mais um “Impressões sobre LEDD”. ( Um nome horrível mas agora vai ficar assim mesmo!)
Hoje falarei aqui do episódio três – “Soldado de Yuden”, os pontos positivos, negativos e teorias sobre o futuro dessa que é a nova iniciativa quadrinhistíca ambientada em Arton, o mundo de Tormenta RPG.
O objetivo desses posts é ter um espaço para poder discutir com outros fãs . Por isso não esqueça de deixar suas próprias opiniões, lá embaixo nos comentários!
LEDD pode ser lido gratuitamente AQUI. E em breve (assim espero) estará disponível em versões encadernadas que serão vendidas pela Jambô Editora.
PS: Até agora comentei apenas episódios fechados. Mas como os lançamentos on-line estão sendo divididos em pequenas partes, a partir de hoje estarei escrevendo um post para cada uma delas. Logo depois que forem ar.
Ou assim pretendo.
COISAS QUE GOSTEI
Coronel Barba Branca – O yudeniano cresceu tanto nesse episódio que definitivamente desbancou Ripp como meu personagem favorito da HQ. 🙂
Mais sobre ele em “teorias”.
Essa é Yuden! – No episódio um e dois Lobo Borges já demonstrou que lida muito bem com os personagens, que não ficam devendo em nada para nenhum clássico do mangá. Mas no episódio três vemos ele se superar ao representar e trazer à vida a arquitetura do reino apelidado “o exército com uma nação.”
Yuden foi mostrada como uma mistura de Roma e Esparta antigas, e Alemanha nazista do 3º Reich. Não tenho gabarito artístico para falar sobre mas acho ficou muito bem desenhada.
Maneirismos Borgesianos– No começo confesso que estranhei a lua distorcida. Voltei correndo pro primeiro quadrinho do episódio um para encontrar o satélite natural bem rotundo flutuando lá em cima da Fortaleza Hardoff.
O que está acontecendo?
Essa foi uma opção estilística do desenhista, que demonstra a passagem do tempo com a mudança das “fases” da lua. Bastante criativo.
O estilo distorcido do objeto me lembrou um pouco os filmes expressionistas alemães, o que é perfeito para o clima de Yuden, mas aí sou eu viajando demais na nerdice.
Algumas pessoas apontaram como defeito o esboção da parte dois onde um dos personagens é torturado. Não sei se foi intencional, mas pra mim deu um toque à cena.
COISAS QUE NÃO GOSTEI
Uma puta falta de porrada! – OMG! Olha só o final do episódio dois! Já vai rolar combate entre o Ledd e o Barba Branca no próximo quadrinho! Meu deus! Meu deus! Meu de…
RÁ! PEGADINHA DO CARECA!!!
Glu, glu! :/
Parte 2 – Inevitável com a publicação on-line, mas acho que a parte dois não teve um corte dramático tão bom quanto a primeira. O episódio como um todo não teria esse problema se lido na íntegra, mas sendo ele dividido, a ação acabou um pouco diluída.
Drikka e os clichê da Mesas de RPG – A personagem já apareceu no episódio dois enfrentando assaltantes goblinoídes. Agora ela aparece para Ledd e Ripp dizendo que precisa de poderosos heróis para ajudá-la numa missão. Se ela continuar assim tem tudo para ganhar o concurso de Miss Clichê das mesas de RPG 2011! 🙂
O diálogo da cena ficou bem legal, mas esperava que eles fossem se juntar de uma maneira menos surrada.
Bom, agora pelo menos o grupo tem um guerreiro, um mago e uma ladina. Só falta o clérigo!
Ledd e a “Síndrome do Shonen” – Estive conversando com um amigo meu sobre esse início da série. Ele não gostou tanto de Ledd (o personagem). Acha que ele sofre da “síndrome do shonen”
Pra ele nesse tipo de mangá, na maioria das vezes, coadjuvantes, aliados e antagonistas acabam sendo sempre muito mais interessantes que o herói da história.
Concordo em parte. Cedo pra falar, mas acho que periga mesmo com esse jeito de “heroizinho padrão” o Ledd ficar apagado perto dos outros personagens.
Claro que se a minha teoria sobre ele estiver parcialmente certa, pode ser que Ledd guarde um plot twist bem maneiro dentro de si…
TEORIAS
A natureza de Ledd –
Discutindo com esse mesmo amigo meu desocupado, teorizamos que Ledd é provavelmente um ser de origem aparentada aos lefeus, seres alienígenas da tempestade mística conhecida como Tormenta. Por excêlencia a grande ameaça de Arton.
A evidência que suporta essa hípotese é que no primeiro episódio um dos guardas de Hardoff se refere a ele como pertencendo à uma “raça de assasinos”. Como os lefeu são a raça que mais se encaixa nessa descrição, fiquei com eles.
A medida que Ledd vai matando suas réplicas e absorvendo-as com a espada ele vai recuperando seus poderes e possivelmente suas memórias. Certo? É um bom chute.
Mas quem é ele? Qual seu objetivo?
Arrisco dizer que na verdade Ledd, o protagonista, acabará sendo mostrado como o verdadeiro vilão do quadrinho!
Meu palpite é que os vários “Ledds” são lefeus infiltrados em Arton para poder estudar seus povos. Agora o experimento acabou e o Ledd que conhecemos foi enviado para coletar as informações que eles acumularam ao longos dos últimos anos. Só que acabou perdendo sua memória durante um confronto em Yuden e foi aprisionado.
Teoria muito mirabolante e sem sentido? Pode ser. Mas o que você esperava? Estamos nos três primeiros episódios ainda!
Um bom vilão. Vilão!? – E aquele que até agora todos pensava, que seria o antagonista motherfucker da série, e pra ser sincero, eu acreditava que seria um vilãozinho típico e bastante clichê, revela-se um personagem muito mais complexo.
Barba Branca mantém a sua palavra. Barba Branca segue os regulamentos e procedimentos formais. Barba Branca cumpre a lei, mesmo que ela o prejudique.
Em RPGs como D&D e TRPG díriamos que ele é de uma “têndencia” leal ou ordeira.
Embora seja um antagonista (por estar contra os heróis) o coronel não pode até agora ser chamado de vilão. Não fez nada que possa fazer o leitor taxá-lo de detestável. É apenas um bom soldado cumprindo ordens.
E mais. Também descobrimos que apesar de sua posição de comando, ele mesmo é hostilizado por um facção purista dentro do exército.
Vi alguns fãs antigos do cenário torcerem o nariz para o fato de um moreau estar em Yuden, e ainda mais ocupando esse ranking na hierarquia militar.
Eu tenho três pequenas justificativas pra isso:
1- Pra começar Barba Branca não é necessariamente um moreau (raça de híbridos vista na HQ Dragon Bride). Ele é provavelmente apenas um simples licantropo, do tipo que não se transforma, e que apenas possui feições animais. Ou ainda um ser surgido da fusão mística de duas criaturas.
2- A imperatriz Shivara Sharpblade deve estar fazendo reformas nas políticas internas do reino, agora que Deheon possui certa autonomia sobre Yuden. Esse é um novo governo afinal, mais aberto. (Pelo menos na fachada)
3- Barba Branca é um meio-leopardo, o animal que é o símbolo nacional de Yuden. Ele deve ser visto como um ser abençoado pelos deuses por parte da população, talvez até mesmo um herói. Isso faz com que seja tolerado pelos outros oficiais, embora esses continuem a desprezá-lo por sua raça.
Ou seja, pra mim o Barba Branca é até um cara legal, só que na hora errada e no lugar errado. Um lugar muito errado diga-se de passagem…
Tome cuidado! É uma armadilha Barba Branca! 🙂
Eu particularmente não gostaria de ver o Ledd ligado aos Lefeu… pelo menos não como sendo um lefou. Mas também concordo que no fim das contas ele é que será o grande vilão da trama.
E eu ainda gosto mais do Ripp do que do Barba Branca XDXD
Concordo contigo!
Os cenários ficaram lindos, o visual em um todo está genial.
Não concordo quanto ao Ledd ser o vilão final… Sei lá… Parece óbvio, e o Careca não é muito de coisas óbvias. A entrada da Drikka foi sim um clichê RPGistico mas para muitos vai ser algo “diferente”.
Compartilho a brochada do Cap 2 ^^.
(Companheiros do WordPress… Uni-vos!!)
A sim, valeu apontar também, sem dúvida, ponto altíssimo foi a caracterização de Yuden.
Só uma pequena observação: aqueles monstros que a Drikka encontrou na floresta nao me pareceram goblinoides padrão…
Pra falar a verdade não são nem assaltantes padrão. São capangas de alguém. Mas a cena é bem recorrente.
Acho que o Ledd terá um dilema mais ou menos como o Hellboy. Tem uma natureza maligna, mas acabará deixando isso de lado.
Mesmo assim, como o Jiraya disse, todas essas conjecturas são um pouco óbvias. Provável que o Dr.Careca tenha planos bem mais interessantes pra história e os personagens.
Bom, quando você vai escrever sua própria história grande, é normal que bata a vontade de jogar alguns clichês que se gosta. Diante de todo o resto, acho até uma coisa boba essa cena.
Sem falar que aqueles bichos pareciam mais feitos de pedra (veja a cena que ela detona os dois, eles estão desmontando), e como o companheiro aí de cima disse, não são assaltantes.
Eu li tardiamente os episódios, mas estou gostando muito. É um mangá que não deve nada aos consagrados, que está amadurecendo bastante rápido – tanto no desenho do Lobo quanto na trama que se aprofunda mais.
Abs!
Os “goblinoides assaltantes” que eu estava falando foram mais uma brincadeira que fiz na minha resenha anterior. Não tinha reparado, mas parecem mesmo construtos. Já que eles não eram assaltantes eu sabia e tinha comentado. São “capangas” a serviço de alguém.
Enfim, não era nada sério… só um detalhe.Acho que é como alguém comentou… de repente percebi as cenas que a Drikka aparece como “clichês” por ser RPGista.
Já sobre clichês em geral, que nem o Dan disse acho que é normal que isso apareça em histórias planejadas pra serem mais longas, são convenções narrativas afinal.
Só espero LEDD não descambe pro “shonen padrão” (coisa que tenho fé que não acontecerá…)
Ou ao invés da edições encadernadas comprarei Naruto XD #NOT