Gay Harbor e tudo o mais

Na última quinta-feira, depois de acordar às cinco e meia da manhã como é habitual e ir para minhas aulas no cursinho pré-vestibular, estudar durante o resto do dia e então trabalhar durante a noite até às dez e quarenta na lanchonete da família, peguei minhas malas e entrei no ônibus para ter minha participação da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Óbvio que viagens de ônibus são uma merda e acabei ficando próximo de uma velha fedorenta que roncou a viagem toda e não me permitiu descansar (mas aproveitei para revisar fisiologia humana no caderno de biologia). Chegando em Porto Alegre ainda de madrugada, fiz hora(s) num café dentro da rodoviária enquanto terminava de ler o PDF de Dragon Age RPG.
Lá pelas oito da manhã fui resgatado da torre do tédio pelo cavaleiro Guilherme Dei Svaldi, que me levou para o sempre aconchegante prédio da Jambô Editora. Pude dar uma olhada no futuro Valkaria: Cidade Sob a Deusa, de Leonel Caldela, e ver como ficou a ficha oficial da Rainha-Imperatriz Shivara (18 níveis, bitch!).

Gay Harbor e tudo o mais 1

O guarda dos originais de Dragon Age RPG foi rapidamente domesticado por mim!


Aproveitamos para fazer uma reunião junto com Gustavo Brauner sobre os rumos do Bestiário de Arton, Vol. 1, primeiro livro no qual devo trabalhar para a editora. Minha função? Herdar a “maldição” de criador de fichas de Tormenta, trabalho que já foi de Rogério Saladino, passou para Guilherme Dei Svaldi e agora recai sobre mim. O trabalho com o bestiário está se desenvolvendo bem e você pode acompanhar meus “comentários de produção” pelo twitter.
Mais tarde, perto do almoço, fomos ao hotel junto de Leonel Caldela para encontrar os autores Raphael Draccon (que mais tarde descobri ser um dos primeiros coordenadores da Lista Tormenta) e o megastar Eduardo Spohr, do Jovem-Nerd-amigo-do-Paulo-Coelho-entrevistado-pelo-Jô-eita-título-comprido. Conversamos um pouco e fomos almoçar no Moeda Restaurante, um lugar muito legal construído na antigo andar subterrâneo onde ficavam os cofres de um banco.
Conversamos sobre RPG, literatura e coisas nerds em geral enquanto o tempo corria, saímos do almoço já quase quatro horas da tarde para a Jambô, onde o Spohr pode conhecer o “RPGzódromo” enquanto já ia trabalhando na lista dos monstros presentes no bestiário com o Brauner até o horário da palestra, onde encontrei o companheiro Tiago Oriebir, o descolado BURP, e o boss de Chrono Trigger, Asbel. Nada de novo na palestra para quem pode conversar o dia inteiro com os palestrantes, mas foi bem espetacular as três horas de filas para autógrafos que se formou para o Spohr, um best-seller é realmente outro nível.
Gay Harbor e tudo o mais 2

Eduardo Spohr, Raphael Draccon e Leonel Caldela


Pousei pela Jambô mesmo e no dia seguinte pude conferir a chegada da prova da gráfica de Dragon Age RPG, conhecer melhor os funcionários, brincar com os cachorros e principalmente, ter uma conversa foda enquanto bebericada umas cervejas Polar com seu Ladir, o patriarca dos Svaldi e o arquétipo do velho foda. Na manhã seguinte finalmente consegui voltar para casa, ou melhor, para o trabalho, já que fui direto da rodoviária para a lanchonete.

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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5 Resultados

  1. Alvaro disse:

    Eu ainda tô rindo com 'Gay Harbor', quando eu terminar eu comento de verdade.

  2. Nume Finório disse:

    É a melhor coisa do RS, vai por mim. Polar é uma ótima cerveja.

  3. Oriebir disse:

    E eu ainda não consegui bater um papo decente com o Brauner… #mimimi

  4. Tek disse:

    Quem sabe um dia eu herdo a parte de bolar as coisas pros outros fazerem as fichas?

  5. Ásbel disse:

    Juro que só li isso hoje e me assustei com meu nome ali. haha

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