Resenha: DragonSlayer 27

ds27

Faz um tempo desde a última vez que resenhei uma edição da DragonSlayer. Por diversos motivos, acabava não tendo tempo quando do lançamento da edição, e mais tarde achava que já havia passado o tempo de se falar da revista. Mas aproveitando que agora este não é o caso, vou comentar essa edição que afinal foi uma das melhores do ano e traz muitas surpresas e novidades para os fãs de Tormenta.
Para começar, achei as Notícias do Bardo bastante interessantes por dissolver quaisquer dúvidas sobre o papel de cada na revista e ainda trazer uma notícia muito bacana: a DS 28 será dedicada aos 10 anos de Tormenta e trará, entre outras coisas, o fim das Guerras Táuricas!
Os Encontros Aleatórios foram legais porque marcam a última aparição do Homem Inviável (apelido carinhoso da figura), eita bicho chato! As Falhas Críticas e o Grimório de Jade estão bem bacanas também. Uma carta fala sobre a produção de miniaturas de Tormenta e a resposta é evasiva. Bom, é verdade que já ouvi algumas conversas sobre a possibilidade de se fabricar minis de Tormenta nas minhas visitas a Porto Alegre, mas não é nada mais que uma vontade por enquanto. Lembro que o Rafael Dei Svaldi comentou que iria pesquisar sobre o assunto na época.
Os Reviews trazem o Guia do Mundo dos Reinos de Ferro (nota 6/6), cujo fantástico preview comento mais a frente, e o livro-jogo Masmorra da Morte (nota 5/6) que tem a primeira aparição da capa do livro ainda inédito mas com lançamento iminente.
Sir Holland desta edição me arrancou boas risadas mais pelo “fanfarrona” do que pela piada em si. Por algum motivo morro de rir com essa palavra! A coluna Toolbox do Caldela foi bem bacana em aconselhar a diversificação das influências e hobbies de escritores e RPGistas em geral. Achei a coluna do Brauner especialmente bacana. Ele fala que durante a criação de mundos de campanha caseiros o mestre deve se focar em criar ganchos de aventura para jogadores em vez de outras informações pouco usadas em mesa de jogo.
Agora, uma das partes mais legais da revista: o preview do Guia do Mundo dos Reinos de Ferro. Se você não concordou com o Gustavo e acha que o mundo deve ser descrito exatamente como ele é, em todos os detalhes: este é o cenário que você está procurando. As capitais de Cygnar e Khador são descritas neste preview com uma riqueza de detalhes maravilhosa.
A adaptação de Star Wars também está muito bacana. De início, uma descrição simples mas completa da Galáxia Conhecida: sua sociedade, política, regiões, economia e principais espécies e então várias outras páginas descrevendo regras para 3D&T e M&M para uso das raças, sabres de luz e a Força nos dois sistemas. É interessante notar que na matéria aparecem alguns kits de personagem já no novo modelo adotado no futuro Manual do Aventureiro Alpha, você está curioso, dê uma olhada nesta matéria.
Sidequest traz três mini-missões para desafiar seus jogadores durante as Guerras Táuricas, as missões tem nível de desafio médio, variando entre 5 e 7, e podem ser usadas em separado ou juntas como uma série de incidentes para ambientar seus jogadores com as novas aventuras nas regiões dominadas pelo Império de Tauron.
E falando em Império, a Gazeta do Reinado traz uma entrevista com o agora Imperator Aurakas retirada de um jornal de Tapista, agora Império de Tauron. O Imperator é enfático em afirmar que Valkaria cai em uma semana e que os planos de Tapista para a formação do Império de Tauron tem gerações de preparações. Além de citar até mesmo a possibilidade de deporem um Deus Maior!
Em seguida temos a seqüência final da adaptação de G.I. Joe para 3D&T e M&M. Com mais descrições do mundo e dos equipamentos, diferenças entre os quadrinhos e o filme, e fichas dos principais personagens para M&M. Os Chefes de Fase dessa edição são dois vilões apaixonados com uma história muito bem bolada. Ambos são vilões de alto nível e capazes de manter um papel central numa campanha de longa duração. Muito bacana mesmo!
A Fundo do Baú traz HOL, um RPG bizarro onde os jogadores são humanos vivendo em um planeta-depósito de lixo onde tudo pode acontecer. O Leonel descreve o livro menos como um jogo de RPG e mais como uma piada com o RPG e com a sociedade em geral.
O Retrato Rolado dessa edição é de autoria do Remo Di Scorzi, velho conhecido aqui no .20 como o Shido Vicious! E a HQ As 11 Classes, com roteiro e arte de Patrícia Knevitz, dessa edição é uma piada sobre como os jogadores tratam mal os NPCs nos jogos de RPG.
A edição como um todo foi excelente, embora algumas matérias não me interessassem (como a adaptação de G.I, Joe, que já não era mais popular na minha infância) elas mantiveram um bom nível e valeram cada centavo investido na revista.

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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9 Resultados

  1. Valeu pela resenha, Nume! Tava esperando desde ontem (desde antes, mas como o dot20 tava fora do ar de madrugada, minha ansiedade só cresceu: "Hein? Será que já saiu? E eu não li! Pq tá fora do ar?! Argh!!!"). Mas tinha que pôr um cartaz de * * * SPOILER * * * na tua resenha!

  2. Lord Balrog disse:

    Boa! Vou comprar a minha. ^^

  3. Caio Viel disse:

    Digite o texto aqui!

  4. corvo da tempestade disse:

    Essa foi uma das poucas (ou melhor: a 1ª) DS que eu digo: Não tenho nada o que reclamar 🙂 se não fosse tão cara até comprava.

  5. Gamemaster disse:

    Eu preferia quando as materias eram dedicadas a D&D.
    G.I. Joe, por favor. Definitivamente não tenho mais interesse pela revista.

  6. Zambi disse:

    A palavra “fanfarrona” é mais engraçada? Será o sucesso de “Tropa de elite”? interessante… Acho que usarei mais esse adjetivo… Obrigado pela dica, Nume! Abraço.

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