1ª RPGCon – parte II
Depois de muito enrolar, continuo com o relato da minha experiência com a RPGCon. O encontro de RPG que ocorreu nos dias 4 e 5 de Julho em São Paulo, no lugar do EIRPG. Se bem me lembro, parei na passagem de sábado para domingo. E é aí que continuarei.
Apesar de ter sido no meio de uma festa, eu dormi bem de sábado para domingo. De fato, segundo meus amigos, eu não deixei ninguém mais dormir de tão alto que ronquei no sofá da sala.
Quando acordei, estava na…
Manhã de Domingo
Nume, Remo, Salomão e eu fomos de Salomóvel do Buniiito para o Colégio Notre Dame. Chegamos por volta de umas 10h da manhã, se bem me lembro, e fomos direto para a nova saleta que separaram para o Encontro de Blogs de RPG no domingo, já que a biblioteca havia sido fechada sabe-se lá o motivo.
Nos instalamos com os laptops na mesinha que ornamentava o centro da diminuta saleta e começamos a trabalhar. Eu aproveitei que a wireless estava veloz (valeu Wallace!) para pesquisar os horários dos ônibus de transporte que levam passageiros de Congonhas para Guarulhos. Depois disso comecei a preparar um post que deve ir ao ar ainda nesta ou na próxima semana e depois desencanei e comecei a jogar um pouco de Plants vs. Zombies.
Enquanto isso muita gente apareceu na saletinha dos blogs, e aproveitei para cuidar de alguns assuntos. Combinei com o Rocha um pouco mais sobre o formato da palestra que daríamos mais tarde, perguntei ao Betão se ele se interessava por fazer PDFs com o material da Iniciativa M&M (calma que eu anda planejo soltar material para ela) e ri a beça conversando com diversos colegas donos/colaboradores de sites de RPG que passaram por lá na hora.
Infelizmente tive de sair correndo logo para poder pegar os produtos que havia separado na feira de usados/encalhados, ver se descolava um Citadels no estande da Art Games e ainda comer alguma coisa antes de ir para a Ofinina de Criação de Monstros para D&D 4e do Anand e do Davi Salles. Consegui fazer quase tudo, quase a tempo. Pena que não havia chegado mais nenhum Citadels no estande e perdi o comecinho da oficina.
Aliás, a oficina começou meio-dia, o que significa que eu já estava na…
Tarde de Domingo
A Oficina de Criação de Monstros para D&D 4e foi bem divertida e bastante elucidativa. A disposição dos carinhas da Rolando20 de explicar tudo direitinho foi bastante perceptível, e isso me empolgou bastante a participar da atividade de criação. Espero que os outros participantes da oficina tenham se divertido tanto quanto eu. Eu fiz um goblin cozinheiro que ataca jogando óleo fervendo. Você pode conferir um pouco sobre a oficina neste post da Rolando20.
A oficina terminou entrando um pouco no horário da próxima palestra, mas isso não me chateou nem um pouco. Já que a próxima palestra era minha e do Rocha, e meu colega de palestra não havia voltado do almoço ainda. Então fiquei na minha e aproveitei a atividade até o final.
Logo após o término da oficina de criação de monstros era a hora da minha palestra com o Rocha a respeito das licenças OGL, d20, GSL e como estas afetaram e foram afetadas na mudança de edições (e, claro, um pouquinho de guerra de edições se os participantes quiserem). Acho que aqui não cabe meramente falar que a palestra foi boa, até porque eu não sei, quem tem que dizer se foi ou não é quem estava sentado nas cadeiras. De minha parte achei ela bem proveitosa. Apesar de termos apenas feito um apanhado geral da trajetória das licenças e dado algumas dicas sobre como lidar com elas, o público foi bem participativo e bastante educado. Combinei com o Rocha de escrevermos um ou dois posts sobre o assunto, mas a verdade é que até agora a gente não se moveu muito para isso (culpa minha: nas férias eu normalmente fujo um pouco de ficar na frente do computador).
Com o término da palestra eu finalmente pude sair um pouco do auditório. Por mais que quisesse assistir a apresentação do pessoal do Caverna do Dragão, eu já estava cansado de ficar dentro daquele lugar. Então saí e fiquei conversando um pouco com uns amigos do lado de fora. Foi bem legal ter escolhido sair antes do início da apresentação, porque ela lotou muito. Não acho que conseguiria sair mais se tivesse deixado isso para mais tarde.
Apresentação terminada, hora da palestra dos 10 Anos de Tormenta. Ela foi bastante interessante, teve muita piada, quase inteira feita num formato de perguntas e respostas, foi apresentada pelo Trio Tormenta (Cassaro, Saladino e Trevisan), em conjunto com o Álvaro “Jamil, o Kender” e com o Gustavo Brauner (para quem devo uma foto e um fax).
Após a palestra de Tormenta ocorreu a última palestra da RPGCon: a Mesa de Vidro. Diferente da encarnação anterior, na qual o D3 e outros da Devir respondiam perguntas dos fãs sobre as traduções adotadas nos jogos e em que pé que andavam os lançamentos das linhas da editora, desta vez ela foi um momento no qual os principais “culpados” pela RPGCon (D3, Janaína e Wallace Garrandini, para apontar só os cabeças da quadrilha) sentaram-se dispostos a ouvir o que o público achou do evento. Era a hora de descer o sarrafo. E os próprios responsáveis deixaram bem claro que queriam era ver a bagaceira!
No geral o público rasgou uma seda enorme. Pudera, o evento foi bastante competente mesmo. Mas isso não significa que ele não teve falhas. E nós, participantes, fizemos questão de apontá-las. O colégio era bastante labiríntico e havia pouca comunicação visual (ie: plaquinhas e cartazes de orientação – eu penei para achar um banheiro), houve pouca divulgação sobre as atividades nos pontos diferentes do colégio e sobre o esquema de guarda-volumes. Tiveram outras reclamações, mas a maioria girou em torno deste esquema de comunicação visual mesmo e da falta de divulgação das atividades.
Houve também o problema do Encontro de Blogs, que ocorreu numa sala durante todo o evento, mas justamente pelo formato o pessoal terminou se desencontrando muito. De verdade, eu considero isso mais uma falha nossa, do pessoal dos sites, que deveríamos ter sido mais pro-ativos, do que propriamente da organização, que nos cedeu o espaço. Ainda assim, reclamamos com o D3 porque ele tem mais é que levar pedrada mesmo!
Com o final da palestra o evento terminou. E eu corri com o Salomão para pegar minha mochila grande e voar de volta para Brasília. E foi isso. Não tem muito mais o que falar.
Ah, esse RPGCON vai deixar saudades. Muita bagunça e diversão à valer.