Os agentes da liberdade chegam antes

A estratégia comercial da Jambô Editora para o Mutantes & Malfeitores começa a ficar mais evidente com o próximo título a ser lançado: Agents of Freedom. Depois de uma pequena polêmina no fórum da editora sobre o livro precisar ou não do cenário Freedom City para funcionar, Guilherme Dei Svaldi fez alguns comentários concisos por e-mail (destaquei o que achei mais interessante em negrito).

A moral, muito resumidamente, é que:
1) Agents of Freedom NÃO precisa de Freedom City, assim como a Trilogia do Fogo das Bruxas não precisa do Guia de Personagens dos Reinos de Ferro;
e
2) Nossa idéia com M&M é oferecer um jogo de RPG com regras versáteis e boas para qualquer estilo, cenário e gênero. Em outras palavras, a idéia é que M&M ocupe o nicho de GURPS, já que a Devir abandonou essa marca. Por isso vamos lançar suplementos de gênero, começando com Agents of Freedom, que serve para campanhas modernas de espionagem e ação.

Mais uma vez, a Jambô mostra que não dá laço sem nó, apesar da estranheza inicial dos fãs. Faz sentido, levando em conta a boa vendagem do livro básico de M&M, abrir o leque de prováveis compradores dos suplementos. Essa característica adaptável do sistema, aliás, me lembra o 3D&T. Assim como M&M, ele surgiu primeiramente para um gênero específico e acabou sofrendo adaptações e adições que o transfomaram em um sistema genérico em última análise.
Só que 3D&T nunca poderia assumir o nicho de GURPS como a Jambô agora aposta que M&M pode. E é bastante provável que possa mesmo. M&M divide muitas semelhanças com GURPS. Ambos são essencialmente simples mas com potencial para resolverem situações complexas, embora o primeiro tenha soluções mais arrojadas e modernas comparadas com a 3ª edição de GURPS publicada no Brasil. O que é de se esperar ao comparar um sistema publicado na década de oitenta lá fora com outro com poucos anos de vida.

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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17 Resultados

  1. GJKnight disse:

    Eu quero! E estou esperando ansiosamente…

  2. tarmann disse:

    Eu quero! E estou esperando ansiosamente… [x2]

  3. Zohar disse:

    Ainda acho um tiro no pé. Sea proposta era lançar livros de cenário pq não começar pelo principal, q é o Freedom City.

  4. Arquimago disse:

    Como já disse, eu quero! [x3]

  5. Johnny disse:

    Huahuahuahuahua!

  6. Guilherme disse:

    Oi Zohar,
    A idéia não é livros "de cenário", mas sim livros de gênero. Agents of Freedom ajuda a criar campanhas de vários estilos dentro do gênero ação: desde uma campanha urbana de policial à lá filmes do Bruce Willis até campanhas de super-agentes como James Bond ou Jack Bauer. É um livro extremamente útil, ainda mais considerando que atualmente no Brasil não há muitas opções para esse tipo de jogo.

    • Shido disse:

      Tá aí uma boa idéia. O último título focado em ação de que me lembro é o (como já diz o nome) Ação!!! — salvo ele, só se tem títulos de fantasia para o sistema d20. Mesmo tendo sido o M&M concebido para rodar jogos de super-heróis, ele é suficientemente maleável para quaisquer outros gêneros (guardadas as limitações do d20). Tanto que, lá fora, já tem o Warriors & Warlocks (que usa níveis de poder mais baixos do M&M para se adequar a jogos de fantasia heróica) e, em breve, o Mecha & Manga.
      (Ainda que, por mais bacanas que sejam, não saberia dizer se esses títulos merecem prioridade, já que fantasia e animê — com o 3D&T, 4D&T, BESM d20… — possuem títulos em abundância.)

    • Zohar disse:

      Guilherme, tudo bem, sua opinião. Só acho q tem livros q a galera tem pedido muito e q não estão tendo a atenção merecida (Ultimate Power e Freedom City me vem à cabeça). Aliás, quem faz a seleção de qual livro vai ser traduzido? É uma pessoa só?
      Adoro a Jambô e com certeza comprarei o Agents of Freedom já q curto o sistema, mas em tempos de crise talvez a decisão mais acertada fosse jogar no time q está ganhando, ou seja, traduzir primeiro os suplementos mais populares e depois de acimentado o publico alvo, os suplementos menores.

    • Zohar disse:

      E só complementando Guilherme, NO PRÓPRIO LIVRO é dito q o Freedom City é necessário, conforme informa o trecho abaixo:
      "How to Use This Book
      Agents of Freedom requires the Mutants & Masterminds Second Edition rulebook, the FREEDOM CITY Second Edition sourcebook, a 20-sided die, and a cadre of enthusiastic players. Some sections of this book recommend
      options from the Mastermind’s Manual; however, it is possible to use this book without directly referencing that volume."
      Ou seja, o mestre de jogo vai er q adaptar TODAS as agências se quiser utilizar o livro sem o Freedom City.

      • Rafael disse:

        Oi Zohar,
        No forum da Jambô postei um texto um pouco longo sobre as razões pelas quais escolhemos o Agents of Freedom para agora. O texto é meio compridinho para colocar aqui, mas vai lá e confere em http://www.jamboeditora.com.br/forum/viewtopic.ph
        Quanto às agências, não há necessidade de muita adaptação. Essas agências são justamente exemplos de arquétipos muito comuns em espionagem. Embora os livros de gênero de M&M sempre tragam alguma referência a Freedom City, isso é feito na forma de usar esse material como exemplo de ícones do gênero (caso contrário, toda a linha de M&M estaria condicionada ao uso do livro de Freedom City, e isso não ocorre nos EUA).
        Abração!

  7. Moreau do Bode disse:

    Já eu acho uma opção acertada da Jambô. Depois de lançar dois "livros de peso", o bom seria mesmo lançar um livro mais light.

  8. Nameless disse:

    Por falar em Ação!!!…
    Nume, você não vai colocar o conto vencedor do Valberto?
    Foi mal estar insistindo nisso. É que o "Com amor, Emily" foi tão bacana e legal de ler que acabou criando uma expectativa de o outro ser tão bom quanto!

  9. Moreau do Bode disse:

    @Tek, eu te pago um toddynho quando for no EIRPG + Anime Friends

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