Pirataria – Inferno no Mar
Pirataria
Sangue, Ouro e Pólvora
Desde que os primeiros veleiros élficos zarparam de seus portos em Aarseth, a técnica de construção de navios se espalhou rapidamente pelos povos de Gandara. Fossem caravelas humanas, ou naus-capitânias anãs, o transporte marítimo sempre foi muito útil para os reinos, e muito visado pelos criminosos.
Parte 1
Sangue – Quem e o Quê São Os Piratas.
Os primeiros piratas eram corsos que respondiam aos reis elfos. Eles eram responsáveis por pilhar qualquer navio suspeito da costa sether, servindo como arrecadadores de bens e protetores do reino do povo belo. Porém, logo esse estilo de vida passou a ser representado por indivíduos de má índole, que visavam apenas o lucro e a violência com suas ações. Piratas humanos e anões logo passaram a espalhar o perigo pelo Mar Intercontinental, e doravante sendo chamados pelos elfos, de demônios das águas.
Aqueles que antes apenas engatinhavam, logo ficaram de pé, caminharam e começaram a correr. De um papel secundário, os filhos de Deiel e Dariel atingiram o completo domínio dos mares com a destruição das crianças de Aninliel, sendo que as outras raças passaram a maior parte do tempo como meros figurantes.
As poucas leis vigentes no Mar Intercontinental classificam como pirata qualquer indivíduo marginal que, de forma autônoma ou organizada em grupos, promove saques a navios e a cidades. Corsos são piratas que recebem permissão especial de um reino para pilhar navios de outras nações. Existe um sem-número de outras definições, como bucaneiros e filibusteiros, mas são casos muito específicos de um tipo de pirata.
Os mais variados motivos levam alguém a seguir esse caminho de vida. Ser filho de um pirata é um dos mais clássicos, apesar de muitos pais não desejarem o mesmo fim para suas crianças; muitas irmandades adotam órfãos para a sua causa; a imensidão do mar, e o isolamento e distanciamento das metrópoles; ou o simples desejo de singrar as marés e arriscar sua vida em troca de ouro e fama.
Existem três grandes grupos nos quais os piratas podem ser agrupados:
- Um bando é composto apenas por um ou dois navios e suas tripulações, liderados por um capitão que é auxiliado por um imediato; costumam atacar uma pequena área costeira e abrigam-se nas redondezas. São comuns em El Passo, Esperanto e Blasphemer.Um bando lendário é chamado pelos marinheiros de Vultos do Passado, uma nau que vaga incessantemente pela costa de Deathland, não por bravura, mas sim porque todos estão presos lá para sempre. O capitão Roman Lastos possuía pouco renome como comandante do Águia, uma caravela de transportes esperantina, até o dia em que aceitou levar um nobre ronavar até seu reino natal.Na noite seguinte a partida de Esperanto, o contratador revelou sua verdadeira face como um vampiro, que rapidamente dominou o capitão e o guiou para a terra dos mortos. A tripulação avançou para o interior do reino como poucos outros seres vivos jamais fizeram, mas quando retornaram ao Águia, estavam todos mudados. Romam foi transformado em um vampiro pelo seu contratante, sua equipe passou a ser composta por fantasmas, zumbis, esqueletos e outros tipos de desmortos. Hoje, o navio é chamado de Corvo, e guarda a passagem entre Esperanto e Deathland com grande orgulho.
- Um clã ou guilda é a união de três a cinco bandos, sendo liderados por um conselho formado por seus capitães. Reinam sobre uma grande seção do litoral, sendo mais conhecidos em Bretor, Ronavon, Talion e Bolt.O Clã do Sol Negro é a praga da pequena faixa de mar que separa Bretor e Ronavon. Viajar à noite nessas águas é suicídio quase certo, e mesmo durante o dia um barco pode ser cercado e atacado por ele. Possuem dois grandes capitães em suas fileiras, Wargaz Brassears o anão que comanda O Martelo de Dariel, conhecido por matar com suas próprias mãos qualquer sobrevivente de seus ataques. Um detalhe macabro é que seus braços são peludos e monstruosos, tendo sido implantados por um cirurgião-bruxo a muitos anos. O outro é espalhafatoso Pietro Molvid, um passadino capitão do Redemoinho que traz em seu espírito muitas das qualidades que hoje são raras no mundo: compaixão, lealdade e honra, sendo conhecido por sempre oferecer uma chance de rendição à suas vítimas.A Guilda de Dragon vigia a costa de Delta City, saqueando e pilhando em nome de Bretor, além de fornecer escolta para cargueiros devidamente autorizados, cobrando uma pequena taxa de proteção. Dragon se tornou um corsário recentemente após receber a permissão do Rei Cassidy, apesar de muitos capitães contestarem a legalidade de tal documento. O corso possui auxílio da frota marinha bretã na defesa dos mares do reino, apesar de muitas vezes agir independentemente, principalmente em seus ataques.
- Existem apenas quatro irmandades em todo o Inferno, graças aos deuses mortos. São compostas por mais de uma dúzia de bandos e cerca de quatro ou cinco clãs. São responsáveis por ataques nas costas do Império, Aarseth, El Passo e Anper.A Grande Irmandade é considerada o grupo mais bravo de piratas por uns, e o mais insano por outros, visto que ela é a única a permanecer com ataques constantes à marinha do Império Anão. Pouco tempo atrás, entretanto, a irmandade sofreu um duro golpe quando em uma manobra de rotina, todos os seus líderes foram mortos com a exceção de Zera Illhahadi. A meio-elfa taliã vem tentando manter a estrutura da organização a partir de sua corveta, o Espada Dupla, mesmo com os boatos de que seria ela a responsável pelo fatídico ataque. Como maneira de estar mais segura, ela ofertou seu olho esquerdo a um demônio em troca de poder ver sempre a verdade com o direito.A Legião Rebelde Revolucionária esperantina luta contra os abusos dos atuais líderes do reino, e de sua aliança com o Império, aceitando em suas fileiras qualquer um disposto a lutar por liberdade, igualdade e fraternidade, seu lema. Até dois anos eram liderados pelos descendentes da antiga família real de Esperanto, Sergei e Denise Cruz, mas a ilha Muir, o antigo refúgio da irmandade foi destruído em um ataque combinado da coroa esperantina e imperiana, matando ambos e seus filhos. Atualmente ela é administrada por um conselho formado por três de seus mais valorosos membros.
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