Dual I
Fundações do Cenário
Wow, essa demorou… Deve fazer quase um mês que eu anunciei Dual como um cenário com o qual nossos amigos e visitantes poderiam colaborar. Malditas férias, não? =D
Pois bem, como prometido, esta é a primeira matéria que vai ajudar o cenário, e como prometido será em torno de seu conceito. Como eu discuti em outro artigo, podemos dividir os cenários de RPG em dois grandes grupos: preto-e-branco e tons de cinza. É fato que muitos dos cenários atuais corre dentro do segundo tipo: Reinos de Ferro, a nossa querida e amada Gandara, e Leonel Caldela tem jogado baldes de cinza (e sadismo e escatologia) em Tormenta nos romances do cenário.
Não tiro o fator “legal” deles, nem de longe… Joguem pedras em mim, mas eu sou do tipo Bem contra o Mal, Era de Prata dos quadrinhos, eu quero saber que eu estou enfrentando o necromante porque ele é mau que nem o Tinhoso. E é por aí que Dual começa (meio que literalmente quando vocês lerem o mito da criação): no cenário os mocinhos vão enfrentar os bandidos, e diabos, os jogadores podem até querer serem os bandidos, mas eles vão o ser porque são ruins até os ossos.
A pedra fundamental é que em todos os níveis de jogo possíveis, existem vilões… ou melhor, adversários para os jogadores. Existem grandes deuses malignos, existe um grande rei tirano e conquistador, há uma legião de monstros que ameaça destruir tudo que é civilizado da forma que a sociedade conhece.
De novo as pedras, Tolkien fez isso, metade dos cenários, medievais ou não, devem ter feito isso, porque eu jogaria em Dual e não uma aventura na Terra-Média? Bem, primeiro pelo nível da magia, eu quero algo mais ativo nesse lado, mas chegaremos lá um dia. Outra é que aqui não há uma “arma definitiva” que pode tirar o equilíbrio… A diferença é feita pelo esforço, e acreditem que os dois lados estão lutando para saírem vencedores.
Então… Acho que por essa semana é isso. Não sei se isso foi muito aberto à sugestões, parece que foi mais uma apresentação geral… Talvez sim, talvez não. Mas ainda quero saber de vocês: o que acharam da idéia central girar em torno do conflito, a própria essência do universo foi gerada através disso (de novo, mais detalhes no texto de Gênese), e se alguma das (poucas) ameaças que eu listei acima, alguma deveria receber um destaque maior, ou até mesmo algum outro tipo de ameaça nesse gênero “Dual”.
Eu gosto dessa visão de que cada ponto no cenário possui um contraponto. É o plot central e não deixa espaço para dúvidas. Ou os heróis (ou vilões) agem, ou são massacrados.
Eu acharia bacana ter alguma espécie de força mantenedora do equilíbrio (que não precisaria realmente ser algo físico. Pode ser apenas uma corrida armamentista heoheo). Seria sacanagem, mas sempre que um dos lados vencesse em algum aspecto, o outro lado responderia a altura =)
Olá,
Eu particularmente não tenho nada contra essa visão maniqueísta, até curto a tensão de “se um lado bobear, o outro cai”. Isso é tão válido que é usado claramente em muitos materiais, independente da presença ou não do tom cinza.
Tua maior dificuldade mesmo vai ser produzir algo que recicle o que já foi feito anteriormente, dando um ar de novo, não somente por Tolkien, mas, por exemplo, pelo próprio Dragonlance que é aclamado por muitos. Então, se a velha dicotomia tão conhecida do mundo ocidental aparecer com nova roupagem e uniforme, acredito que não há o que temer. 🙂 então manda ver, elfo. 😉
Bonanças.
Atenciosamente,
Leishmaniose
Bem épica a imagem, hem?
No Dual vai se um mundo do lado bom e outro do Lado Negro da Força?
Nem, Drougnug, a imagem é só pra representar o conflito mesmo =)
O Lado Luminoso e o Lado Negro vão existir em vários níveis: divino, reinos, raças e em indivíduos também.