Terror na Universidade
Ultimamente eu tenho estado muito no climão “Ao cair da noite” e aventuras de terror em geral.
Conversando com um amigo, enquanto voltava para casa do trabalho, lembrei de como foi o meu trote na universidade, há mais de 10 anos.
Acho que a experiência de todos foi mais ou menos a mesma. Um verdadeiro conto de terror.
Do nada, veio a idéia para o texto abaixo, e que pode ser facilmente convertido em aventura. Basta pegar o mapa da sua faculdade/escola e ir à luta!
Esse foi meu trote na universidade (quer dizer, foi quase assim):
É sua primeira semana na universidade e você pode perceber que há um clima apreensivo no lugar.
Os calouros estão preocupados com os trotes.
Você se pergunta se há uma forma especial de andar, se os seus modos ou roupas o denunciariam como calouro e sempre tenta se afastar daquele carinha que foi à uma das aulas com uma camisa onde estava escrito “Vestibular 2008 – Colégio Santa Conceição Barroca”.
Você rapidamente faz colegas e descobre que muitos andam com números de matrículas falsos e que jamais, em hipótese alguma, deve olhar se alguém gritar:
“EI, BICHO!”
Teve a história do sujeito que estava passando por outra faculdade – que não a dele – e olhou quando gritaram… Dizem que ele nunca mais foi visto novamente.
Além disso, não deve ir de roupas novas, nem – e especialmente – com tênis novos!
O clima da universidade nesse início de aulas também não está ajudando.
O tempo está quente e abafado. As árvores do campus se recusam a refrescar a temperatura e o vento parece não frequentar a escola durante o início do período.
E as aulas se passam como em uma sauna.
Você sua.
Sua aula hoje é no terceiro andar, e isso não ajuda a refrescar sua vida. Você não sabe o porquê, mas essa sala parece ser tão próxima do sol quanto é permitido pelas leis de construção locais.
A sala onde você está é muito grande (insira aqui sua matéria preferida – pode ser um laboratório de química, uma oficina, ou salão de aula normal) e tem 2 portas.
A aula segue normalmente até o final.
O professor, um senhor de cabelos pretos, barba e com sobrepeso (ou melhor, SUPER peso – parecido com o sargento Garcia) passa o material que deve ser lido para a próxima aula, quando você ouve o barulho de passos de um batalhão subindo pelas escadas.
“BIIIIICCHHHHOOO!!! BICCCHHHHOOOOO!!!!”
O barulho cresce linearmente, junto com seu batimento cardíaco.
Os gritos dos veteranos são descoordenados, cada um falando em um ritmo e em volumes diferentes, o que resulta em uma espécie de grito gutural grupal.
É o trote.
Você sente suas mãos frias, suando.
Dois colegas correm para as portas e as trancam.
Os gritos são mais altos agora e com isso, você sabe que os veteranos estão no mesmo corredor que o seu.
Portas batem, carteiras são arrastadas e o som agudo de giz no quadro-negro arranha o ouvido dos seus colegas.
É quando os vultos no vidro das portas aparecem.
“SAAAAPPAAATOOO!! SAAPPPAAAATOOO!!!”
“Puta merda!” – Você pensa. – “Só faltava essa…além de me pintarem, ainda vou ter que pagar a droga de um pedágio pra recuperar meu tênis.”
Mas pelo menos você está com sua camisa e sapatos surrados.
O professor fica nervoso com a situação, afinal, ele também acabou ficando preso na sala, e começa a gritar com os veteranos através do vidro da porta.
Um colega seu, muito nervoso, começa a berrar:
“Esses caras são uns merdas! O que eles querem? O que eles querem? Que vão para a PQP!!!”
“SAAAAPPAAATOOO!! SAAPPPAAAATOOO!!!”
Alterado, esse colega vai na direção da outra porta. Ele retira o par de chinelos que está usando e abre a porta.
“NÃO!!! NÃO ABRE!!!!” Grita a loirinha que está ao seu lado.
“Vocês querem o sapato? Então toma!” E ele arremessa os chinelos nos veteranos, quando uma multidão de braços o puxa para fora da sala.
Outro colega consegue trancar rapidamente a porta com a ajuda de outros 2.
Você pode ouvir alguns gritos e se desespera quando o pior acontece:
Uma grande mancha de sangue explode no vidro da porta pela qual seu amigo havia saído.
Você olha para o professor. Sem reparar no que acabara de ocorrer, ele começa a mexer na maçaneta da outra porta, para abrí-la.
Pelo vidro da porta, você vê uma mão abrindo e fechando uma tesourinha… e um som gutural ao fundo:
“CABEEELLLLOOOOO!!! CAAABBBBEEEELLLOOOO!!!”
E então, você se dá conta.
Seus veteranos são zumbis!
Hauhauhuhau! Muito bom o conto: Veteranos zumbis! Caaaabeeelooos!
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Vi só depois que me mandaram esse MEME, agora a bola foi pra você: http://guerrasdraconicas.wordpress.com/2008/11/18/meme-aleatoriedades/
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