Só me falta o glamour!

Um amigo uma vez me disse:
“Dinheiro não é importante, eu quero é glamour!”
Nessa linha, Joãozinho Trinta diz que pobre gosta mesmo é de luxo. Acho que é isso.
Falta luxo ao RPG.
Principalmente o luxo que havia nas antigas caixas das ambientações e aventuras. Sinto muita falta disso.
As caixas, além de serem super luxuosas, davam um sentimento de valor ao jogo (eram grandes, pesadonas e faziam barulho quando você balançava), vinham com um monte de quinquilharias (daí o barulho) que me transmitiam a idéia de que havia um grande trabalho por trás do produto. Um grande cuidado e planejamento.
Além de mapas gigantescos e super detalhados (hoje, nem todos os livros vêm com mapas), elas vinham com materiais acessórios, como mapas de regiões específicas, escudos para mestres, dados, miniaturas, fichas de NPC´s e monstros, etc.
Era impossível não acreditar que você subutilizava o material todo.
Sim! Apesar de nunca ter usado tudo que vinha nas caixas, eu sinto uma grande falta das opções que elas davam.
Hoje, um iniciante desavisado compra um livro de RPG, como o livro do jogador do D&D, e só vai descobrir em casa que precisava ter comprado dados estranhos para começar a jogar.
Eu nunca precisei comprar dados para jogar D&D. Todos vieram nas caixas.
Olhe só a minha experiência para começar a jogar:
Dragonquest da TSR (não sei o da Grow):
Um conjunto de dados para o jogo, mapa modular de dungeon em cartão (altíssima qualidade), 6 miniaturas de chumbo, 6 miniaturas de plástico, UM MONTÃO de miniaturas de papel, cartões com armas, fichas de monstros…putz….muita coisa.
D&D:
Você não precisava, necessariamente, jogar com miniaturas. Mesmo assim a caixa vinha com um mapa enorme da dungeon da aventura pronta, miniaturas de papel (com vários monstros e aventureiros) e um conjunto de dados para o jogo.
A caixa do Dragonlance:
Um mapa gigantesco do mundo, mapas de locais importantes na estória, fichas de NPC´s importantes, escudo do mestre, mapa de combate, e mais um monte de tralha.
A caixa do Ravenloft:
Um mapa gigante das ilhas, um monte de fichas individuais com informações e mapas sobre castelos, além de fichas com as famílias mais bizarras dos reinos e mapa de combate.

Como pode ser a experiência de um iniciante HOJE:

Você compra o livro (ou pede para o seu pai comprar) e descobre que precisa de dados para jogar, mas não os comprou. Mesmo assim, resolve começar a ler e descobre que também precisa de miniaturas para jogar.
Não consigo deixar de pensar que deve ser muito frustrante comprar um jogo em pedacinhos.
Você pode até dizer que essas tralhas significam custo para as editoras, e que isso seria revertido no preço dos produtos. Aliás, “preço” é um ponto importante na aquisição de um RPG (especialmente no Brasil).
Mesmo assim, me lamento pelo sumiço de produtos com esse nível de sofisticação no mercado.
Pode me chamar de chato. Quero luxo e não quero pagar por isso.
Mas quem não quer?

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10 Resultados

  1. Armageddon disse:

    Pois é =D
    Ainda tenho meu Hero Quest dos tempos antigos heuheu

  2. Faz alguns meses a white wolf lançou uma caixa para exalted.
    http://www.rpg.net/reviews/archive/13/13787.phtml
    eu não conheço o jogo, mas a caixa se esgotou no primeiro dia, parece que é comercialmente interessante.
    Sinto falta das caixas também.

  3. Piltz disse:

    Somos dois!!! É como talvez pegar o frogotem antigo e colocá-lo ao lado do Frgoten 4e, ok sim muda tudo, mais pêra ai na minha opinião as capas do 4e perdem e muito para as edições anteriores. E se me perguntarem se eu pagarias por digamos um kit com os 3 básicos + ambientação(qualquer) + dados e miniaturas pro um preço exorbitante eu digo sim se o material tem potencial para isso!!!

  4. Alexandre disse:

    Também sinto falta das ilustrações. Hoje está tudo muito “quadrinho”… antigamente os livros tinham um climão mais medieval e menos super-herói.
    Não que as ilustrações atuais sejam feias, muito pelo contrário.

  5. Daniel Akao disse:

    Tb sinto falta das caixas!
    A caixa de Dragonlance era muito boa!!!!!!!

  6. IVegAN disse:

    Caixas são muito boas! Lembro do meu First Quest, com miniatura, dados mapa e cd!! Muito bom!
    Claro que comecei mesmo foi pelos livros-jogos Aventuras Fantásticas, mas depois acabei indo atrás de mais, e as caixas são “tudo aquilo que vc precisa pra jogar, e mais!”
    e concordo com o Alexandre quanto as ilustrações atuais: bonitas e cheia de super-poderes-medievais. Aliás, vendo Tagmar 2 pude perceber isso, pois ele vai contra esse padrão supers (o que é bem legal)!

  7. Avoloch disse:

    agora , o moleque compra os 3 livros
    ve que precisa, dados / minis , grids gigantescos
    epara de jogar, nunca começa!

  8. Raf. disse:

    pra começar, a caixa do Dragonlance era (ainda é, acho) minha !!!!
    e você esqueceu de falar q o escudo q vinha nela era o melhor escudo ja feito para AD&D…só falta vir com indicaçoes da bolsa de valores…

  9. Alexandre disse:

    Ahahaha! Nem pensar!
    Como você é meu irmão, tudo que é seu, é meu.
    Tudo que é meu, também é meu!
    Outro argumento que conta a meu favor é que a caixa está na minha casa, logo só pode ser minha! Afinal, o que ela faria lá, se fosse sua?! (Hehehehe)

  10. Marcelo disse:

    nem me fale, também sinto falta dos bons tempos das caixas pesadonas dos jogos, ainda tenho meu Hero Quest novinho. Mas como não acha mais nada do tipo eu compro meus dados rpg e minhas miniaturas rpg pela internet mesmo, são mais alguns dias de espera, mas pelo menos não fico sem. 🙂
    Tá aí o link de uma loja que adoro: http://www.tabernadodragao.com.br/loja/index.php

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