Tormenta em Cinco Níveis (TeCN): O Nobre
NOTAS DE DESIGN DO NOBRE
Bom, aqui estamos, nas notas de design. Nobre é uma classe que eu na verdade estou até com um pouco de medo de estar muito poderosa, e que pode haver alguns ajustes. A minha ideia principal com a classe é fazer ela ser versátil o suficiente, para ela não ser um cone em combate (como ela frequentemente era no Tormenta RPG). De suporte? Sim, mas não simplesmente “inútil”. Então eu me virei para uma outra classe, o Cavaleiro, que fazia exatamente o que eu queria. Era suporte, sim, mas ela era versátil o suficiente para fazer o que eu queria. Então essa versão do Nobre é um amálgama do Cavaleiro, do Nobre de TRPG e do Gnorman e6, e até o Nobre de Valkária do livro Valkária: Cidade sob a Deusa.
A minha ideia com o nobre era extremamente simples: um personagem de suporte-especialista que não precisava ser necessariamente mágico, como o bardo. Para isso, eu fiquei me batendo pensando em que tipo de mecânica que eu poderia fazer. E um esquema parecido com o Warlord de D&D 4e ou o Cavaleiro de TRPG me pareceram bastante apropriadas, afinal um personagem que usa a sua presença para inspirar aliados parece muito mais interessante que “apenas estar lá no campo de batalha sendo um guerreiro piorado”. Isso foi a ideia da mecânica principal do nobre, a Aura de Virtude: uma habilidade de suporte que melhora todos os aliados, incluindo a si mesmo.
Tirando isso, as habilidades não são muito “impressionantes”: Elegância Nobre foi inspirada na habilidade do Samurai de D&D 5e (acho que é Elegant Courtier o nome), enquanto Empregados foi uma habilidade que incentivasse ainda mais o nobre a ter um role maior de especialista do sistema, inspirado no Nobre de Valkaria. Língua de Prata e Impelir foram ideias que eu tive baseadas no Gnorman e6, e são ótimas habilidades sociais e de suporte para o personagem, e o Orgulho dos Reis nada mais é que a habilidade Orgulho do Nobre de TRPG. Nada muito “épica” a capstone, mas não se preocupe: eu compensei com os caminhos…
Falando em caminhos, eu devo dizer que foi difícil de ajeitar eles para o Nobre (e isso está ficando cada vez mais difícil com o decorrer das classes). Uma das minhas ideias, na verdade, era colocar o Samurai como um caminho de Nobre, junto com o Cavaleiro, mas acabaria sendo se não redundante, iriam acabar sendo dois caminhos de combate para uma classe mais voltada para o suporte. Então eu tive que passar a espada no Samurai, e deixei só o Cavaleiro. Não se preocupem, o Samurai passa bem, ele só foi realocado para outra classe. Isso me deixou com algumas opções:
O Burguês foi uma ideia simples a princípio: um caminho focado em adquirir dinheiro e itens. Então como fazer isso funcionar? Muito dele foi inspirado nas habilidades do próprio Nobre, e do Vigarista do Manual do Malandro. Ele está ainda um pouco sem sal, eu não estou plenamente satisfeito com ele, mas está decente o suficiente por enquanto, pelo menos enquanto eu não tiver uma ideia melhor…
O Cavaleiro é uma homenagem à classe que originou o Nobre no fim das contas, mas ela funciona como uma luva como o “caminho combatente” do Nobre. Mesmo que o Nobre não seja tão poderoso em combate quanto o Guerreiro ou o Bárbaro (que vocês verão logo…), ele tem seus truques. E a habilidade suprema dele é poderosa para caramba, pois dar um uso adicional para uma habilidade só usável uma vez por aventura é coisa para caramba!
O Diletante, entretanto, foi a classe mais divertida (e a mais difícil) de fazer. Pois ela é feita para ser “pau para toda obra”, mas só podendo fazer uma coisa diferentona de cada vez. Sem dúvida, é o caminho mais versátil de todos os caminhos. Mas também, com isso, vieram problemas de equilíbrio enormes, que eu ainda não estou muito certo se está equilibrado, ou se alguma delas está fraca demais ou forte demais, ou se está travando o jogo demais… Então vai ser bem difícil de ver se ela está com um bom “feeling” de jogo enquanto eu não fizer um playtest realmente meticuloso.
Mas em resumo é isso! Essas são minhas notas de design, sobre o Nobre. Uma classe que eu estou 100% satisfeito? Em termos de classe mesmo, uns 80% eu estou, mas os caminhos eu ainda estou um pouco… sei lá, não estão bem do jeito que eu quero. Provavelmente eu vou voltar nessa classe e mexer nela, no futuro. Mas por hora, é isso!
Curti!