Tormenta: história militar de Arton, Guerra Civil de Deheon
Guerra Civil de Deheon
1075 c.e. ? 1076 c.e.
Em 1075 a linhagem legítima de Roramar Pruss, primeiro rei de Deheon, se extinguiu com a morte prematura de Roramar III, aos 19 anos de idade. Com isto Deheon se dividiu entre dois pretendentes ao trono: o barão Wortar, um bastardo reconhecido da família real, e a jovem rainha Catherine, viúva de Roramar III.
O conflito se iniciou nas cortes e logo a violência se instalou. Wortar era um jovem forte e energético, liderando suas tropas pessoalmente e instigando lealdade de comandantes e soldados, e grande parte do exército real o seguiu. Já a rainha era amada nas cortes, e contava com as tropas feudais dos nobres deheonianos, que lutavam em seu nome contra Wortar na esperança de a desposarem e se tornarem futuros reis de Deheon.
Não querendo esperar que os nobres concentrassem suas tropas na capital, Wortar partiu para o ataque, destruiu tropas em marcha e instalou sítios menores contra seus adversários, rapidamente dominando o sul e o oeste de Deheon e rapidamente conquistando Valkaria, de onde Catherine escapou por um triz. No espaço de um ano, Wortar derrotou muitos dos nobres que lhe faziam oposição, mas a guerra ainda estava longe de acabar. Os castelos dos senhores feudais podiam ainda suportar o sítio por anos e anos com suas reservas.
Um dia, no entanto, uma clériga de Marah adentrou o acampamento de um dos sítios exigindo uma audiência com o pretendente ao trono. Os detalhes do que ela propôs a Wortar se perderam no tempo, assim como o nome da sacerdotisa, mas nas próximas semanas um acordo foi costurado entre as partes pela Igreja de Marah.
Uma lenda diz que a sacerdotisa na verdade era a própria rainha Catherine disfarçada. Ela teria ido a Wortar com a proposta de juntos criarem o maior império já visto. Independente disto, o resultado foi que Wortar casou-se com Catherine, tornando-se Wortar II e encerrando o conflito, e então, através de cuidadosa diplomacia do carismático casal, foi criado o Reinado, contendo a expansão de Yuden e criando uma era de paz e prosperidade em Arton.
Beligerantes: barão Wortar vs rainha Catherine.
Alianças de Destaque: barão Wortar e o exército real, rainha Catherine e a alta nobreza.
Rolando uma campanha durante o conflito
A guerra civil é um conflito singular para aventureiros, pois não tem um lado claramente maligno. Enquanto Wortar é um campeão do povo mais simples, e especialmente amado por suas tropas, Catherine é uma jovem de 17 anos que corresponde ao arquétipo da donzela em perigo, com nobres e cavaleiros fazendo filas para lhe oferecer serviços. De modo geral, o barão atrai heróis com origens mais simples, como bárbaros, guerreiros, ladrões, feiticeiros e rangers, enquanto a rainha é servida por heróis mais pomposos como cavaleiros, nobres, paladinos e magos.
Fora isto, é preciso notar que a guerra civil é relativamente “pacífica”, não há saques ou vilas queimadas, pois ambos os lados desejam as terras para si após o conflito. Também há poucas batalhas e nenhuma muito grande, a maior parte do conflito sendo composto por escaramuças e, principalmente, sítios a castelos e fortalezas. Logo no início da guerra Wortar obteve a vantagem ao bater uma a uma as tropas feudais que tentavam se concentrar na capital, e então começou longos sítios contra as fortalezas dos nobres acuados.
Sendo assim, esta é a campanha militar perfeita para heróis aventureiros, muitos historiadores até a apontam como razão da tradicional confiança de Deheon em seus heróis como parte do seu estabelecimento militar. Heróis podem infiltrar fortalezas sitiadas para abrir portões, capturar nobres, quebrar cercos, enfrentar tropas inimigas nas escaramuças ou obter informação preciosa, entre outras coisas, ou então podem se dedicar a obter a paz e restabelecer Deheon como o centro do poder no continente. Essa última opção pode ser especialmente interessante no caso de um grupo de heróis de Svalas e Kor Kovith, reinos conquistados por Yuden enquanto Deheon estava ocupada com sua guerra civil.
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