Tormenta: o que está rolando nas Montanhas Uivantes?

Ou talvez realmente tenha sido por ciúmes mesmo?

Ou talvez realmente tenha sido por ciúmes mesmo?


Afinal de contas, o que está rolando nas Montanhas Uivantes? A pergunta tem uma resposta fácil: um monte de coisa. Apesar de não ter recebido uma atualização geral desde O Reinado, muita coisa importante aconteceu no “reino” mais inclemente de Arton nos últimos anos. Primeiro, a morte de Belugah, “regente” e deusa menor das Uivantes, que aconteceu durante a saga em quadrinhos Holy Avenger, mais de uma década atrás. Então, tivemos as Guerras Táuricas, e descobrimos que parte do reino agora está sob domínio da chamada Legião do Inverno, antigamente conhecida como A Manada antes de se revelarem como agentes de Tapista. Os esquimós locais, liderados pelos Escolhidos de Belugah, lutam contra a Legião do Inverno usando táticas de guerrilha para expulsá-los do território gelado. Ao mesmo tempo, os Escolhidos estão em alguma espécie de corrida com dois dragões, um branco e outro azul, por artefatos pertencentes a falecida Belugah. Considerando que um novo dragão-rei branco ainda não foi descoberto desde a morte de Belugah, talvez tais artefatos sejam usados para transformar alguém no novo dragão-rei branco… ou talvez acordem o verdadeiro dragão-rei de seu sono.
Vamos lá: sabemos que existe algo na Montanha Invencível que impede qualquer um de chegar ao cume, há uma aura de antimagia na montanha, e ventos fortíssimos e constantes impedem que se chegue lá através de voo comum. O que é que poderia cancelar qualquer magia e controlar o clima constantemente? Esse é um nível de poder que só pode ser alcançado por um deus maior ou por artefatos maiores. Mas afinal de contas porque é tão importante evitar que alguém chegue ao topo da montanha? O que há lá que ninguém pode alcançar? E por qual razão os anões decidiram construir a Cidadela de Khalmyr nas entranhas dessa montanha em específico?
Além do que já comentei, sabemos que a Catedral de Gelo e as Minas de Gelo Eterno são remanescentes de uma civilização antiga e avançada, e que os anões da Cidadela já estavam aqui quando Belugah foi presa nas montanhas pelo julgamento de Khalmyr. Sabemos também, através de passagens da Trilogia da Tormenta, sabemos que a Catedral do Gelo é um lugar maligno onde é possível obter acesso para uma dimensão de bolso onde diabretes poderosos residem. É possível inferir, então, que essa civilização antiga possuía uma inclinação para realizar pactos demoníacos… mas espere, vamos pensar de novo. Nós temos uma civilização que usa Gelo Eterno em construções, retirando-o de uma mina presente na região, só que para minerar Gelo Eterno é preciso usar armas mágicas, um monte delas. E o que é que os diabretes da Catedral do Gelo fazem com as coisas que tomam nos seus pactos? Eles forjam uma arma mágica e entregam para a pessoa, como uma recordação daquilo que ela perdeu e nunca terá de volta. Agora imagine quão depravada essa civilização antiga devia ser, cheia de poder e magia, mas também de pessoas que perderam coisas como amor, juventude, coragem, futuro e outras coisas importantes em pactos com os diabretes.
Ok, agora que já imaginamos essa civilização depravada, voltemos a falar da Cidadela de Khalmyr. É fácil imaginar que uma sociedade tão conectada com pactos demoníacos chamaria a atenção de devotos do deus da justiça, correto? Talvez até mesmo do próprio deus. Então digamos que essa civilização foi destruída por uma cruzada de anões devotos de Khalmyr, que então se estabeleceram no que é hoje a Cidadela, talvez para evitar que aquela civilização maligna, ou seu líder, retornasse das cinzas. Talvez eles sejam os responsáveis pelo poder que evita qualquer um de alcançar o cume da Montanha Invencível. Talvez seja obra de Khalmyr. O deus da justiça, aliás, pode ter trazido Belugah para a região justamente pensando em criar um clima inclemente que impediria a colonização da região e o contato com as tendências demoníacas deixadas por essa antiga civilização.
Mas então, o quê ou quem estaria no topo da Montanha Invencível? Talvez os magos e feiticeiros mais poderosos dessa antiga civilização? O acesso para uma casta mais poderosa de demônios como os diabretes? Ou talvez… o rei dessa nação depravada? Que rei seria esse, que exigiria tanto dos seus súditos como trocarem seus sentimentos importantes por armas mágicas apenas para que ele pudesse construir palácios de gelo? Que fixação é essa com gelo? Até parece que ele era uma criatura do gelo… como um dragão-rei branco? Vamos dizer que sim, que essa civilização antiga e depravada era liderada por um dragão-rei branco e que foi destroçada pelos devotos de Khalmyr e o dragão preso no topo da Montanha Invencível. Quão incrível vocês acham que essa campanha pode rolar na mesa de vocês? Bastante, né? De nada, pessoal, até a próxima. 😉

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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15 Resultados

  1. VAJoe disse:

    Mas tem um furo aí. Se essa civilização antiga minerava Gelo Eterno, e o lugar só congelou depois de Beluhga, então a civilização foi posterior a Beluhga. Como os anões de Khalmyr já estavam lá antes da dragoa-rainha, então eles não se mudaram para a região para expulsar a civilização.
    Outra coisa: a Catedral de Gelo (feita de Gelo Eterno, e portanto posterior a Beluhga) não tem portal só pra dimensão de bolso, mas pra várias dimensões (inclusive Reinos dos Deuses). Isso segundo o Guia da Trilogia, pg. 71.

    • Ahá, mas tem um furo no seu comentário! Hehehehe. =D
      Apesar de você achar que o gelo eterno só existia após Belugah chegar, isso não é comprovado pela literatura do jogo, ninguém sabe de onde vem o gelo eterno oficialmente.
      Sobre a Catedral, é verdade, mas não quebra completamente a ideia de campanha do post, então tá ok. 🙂

  2. Rodrigo Quaresma disse:

    Só uma palavra pra explicar a Montanha Invencível: Xixecal :]

  3. Wilgraff disse:

    Nas minhas mesas, já temos um novo rei branco, originalmente maligno, mas forçado a cumprir um pacto com um antigo personagem, que deu sua vida pra libertar esse orgulhoso dragão de um estupidamente poderoso dragão negro bruxo (e por muito pouco não draco-lich). Foi a campanha mais longa dos nossos grupos (3 anos e meio, do 1º ao 19º nivel de D&D 3.5)

  4. Junior disse:

    Já na minha mesa, o objetivo do grupo é justamente impedir que um Dragão Branco Tirano tome o controle das Uivantes, afinal, quem quer uma “nova Sckarshantalas” ao lado da Capital?

  5. Alex disse:

    Mas dragões brancos não tem a tendencia bondosa? Corrija-me se estiver errado, se não não faz sentido um dragão branco tirano… talvez extremamente rigoroso…
    Já as minas de Gelo Eterno, esse material nunca derrete, logo nada impete das minas existirem antes de Belugah ser aprisionada lá. Não se esqueçam que antes de da civilizações povoarem Arton, crias de Megalokk e Khali dominaram por muitas eras, talvez um antigo dragão branco poderoso o bastante para mudar o clima, tenha firmado residência por lá…

    • Opa, não e sim. Dragões brancos tem a tendência Caótico e Maligno como padrão. Pode conferir no Bestiário de Arton. É apenas como funciona a natureza dracônica, lembre-se que eles foram criados por um deus maligno.
      Dito isto, é preciso esclarecer que, como indivíduos, mais deles se desviam do padrão e se tornam bondosos do que entre outras espécies de dragões. E é aí que entra a ligação deles com o caminho elemental da luz.

  6. Lukas Malk disse:

    No meu rpg tambem estao a procura dos arteaatos, mas ha tambem Androdraco de Khaly, crias de Ahradrack, as filhas de Beluhga cScom Sckhar, o mago Siberus e ate uma cria de Megalock (dracodilo- ictiossauro) que esta adormecido no lago Congelado

  7. Bob disse:

    Quanto ao topo da montanha invencível, eu lembrei que as masmorras d’A Libertação de Valkaria estão espalhadas pelo Reinado (antes de se dividirem em 3 coalizões). Sempre imaginei que a masmorra de Khalmyr estivesse no topo dessa montanha pelas características dela e que os anões da cidadela estão lá desde que Valkaria foi aprisionada na estátua.
    Sobre o novo dragão-rei das Uivantes, num dos livros do Reinado, suplemento para 3D&T, dizia que tinha uma dragão fêmea que foi vista rondando as Uivantes e que ela poderia ser a filha de Belugah. Lógico que isso pode ser um rumor, mas é bem possível que Belugah tenha deixado descendentes.
    Na minha mesa Belugah foi para o plano de Khalmyr após a morte (essa é a versão oficial ainda?) e lá, teve um caso com o deus da justiça e gerou uma nova espécie de dragão que fiquei na dúvida se o transformava no equivalente a Bahamuth ou no Dragão Prismático.

  8. Lukas Malk disse:

    Na civilizacao antiga penso em gigantes de gelo imperiais.

  9. Lukas Malk disse:

    E os white walkers

  10. Lucas Hollanders Wakai Braga disse:

    qual a chance de alguém no estilo Camus de Aquário estar no topo das Uivantes e ser um Mago Glacial/Arquimago que meta medo até em Talude/Vectorius?

  11. Markhus Domingues disse:

    Sei que é um post antigo, mas tive uma ideia e, enquanto pesquisava, dei de cara com este post… Ainda não li a campanha, mas estava pensando em usar a “Hoard of Dragon Queen” usando a Beluhga como referência pra essa parada toda… Qualquer coisa depois falo mais por aqui, mas essa é a ideia inicial…

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