A Canção do eZílio

Minha terra é sem palmeiras
Onde cante o Sabiá.
As aves que gorjeavam
Já não podem mais voar.
Nosso céu não têm estrelas,
Nossas várzeas não têm flores,
Nossos bosques não têm vida
E a vida é só horrores.
Em cismar, sozinho, à noite,
De acordar e levantar,
Vejo sombras nas janelas
E vultos a rondar.
Minha terra tem horrores
De um deserto nuclear.
Em cismar – sozinho, à noite –
De sair pra respirar,
Levo junto a minha doze
Sempre pronta pra atirar.
Não permita Deus que eu morra
Sem poder fugir de cá;
Entre restos de palmeiras
E corpos de sabiás;
Onda a turba de zumbis
Pode vir me devorar.

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1 Resultado

  1. Beoner disse:

    Bah! Gostei do conto 🙂

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