Pocket Dragon – Cenário 035
Tetztuán
Um pouco de história:Com a queda dos Toltecas e de sua capital Tula – “lugar das vespas”, destruída há mais de 500 anos, as regiões centrais de Tetztuán conheceram um período de dispersão política com a instauração de uma série de cidades-estados (Calpultin) independentes. Por esta época, a belicosa tribo humana dos Aztecas, constituía uma organização social de estrutura simples e igualitária, formada por soldados-camponeses (tlauapaualtin). O poder diluía-se nos chefes das famílias, guerreiros e agricultores ao mesmo tempo, e suas assembléias decidiam quais os rumos e decisões a serem tomadas. Somente os sacerdotes (teopixkin) de Uitzlopochtli acumulavam o comando militar e a autoridade sobre o conjunto da sociedade e, na verdade, formavam um embrião nascente de classe dominante.
Quando os Aztecas fundaram a cidade de Tenochtitlán – “lugar das pedras”, há quase 200 anos, esta passou a ser mais um Calpulli dentro da dispersão política que se seguiu à queda do Império Tolteca. Em seguida, Tenochtitlán passou a impor sua hegemonia sobre os outros Calpultin e, aliando-se às cidades de Texcoco – “terra dos penhascos” e Tlacopán – “terra das plantas floridas”, há pouco mais de 100 anos, formaram a chamada “Tríplice Aliança”. A expansão militar que se seguiu, com a conquista e submissão de outros povos, passou a constituir o chamado “Império Azteca”. Entre o período de migração e estabelecimento no centro de Tetztuán até a fundação de Tenochtitlán e a formação da “Tríplice Aliança”, a organização social dos Aztecas transformou-se de uma estrutura simples e igualitária, em uma sociedade complexa, diferenciada e extremamente hierarquizada. Eles passaram a formar uma rede de dominação poderosíssima, que se estendeu de costa a costa ao centro de Tetztuán, dominando e tributando a maioria dos povos da região. A história dos aztecas é a história de sua expansão, que ainda se encontra em curso, com a recém-chegada dos navegadores do Oriente, adoradores do deus único – Moyokoyani.
Descrição geográfica: Segundo a tradição azteca, Tetztuán – “o centro do mundo” – é a principal região de Anáhuac (Terra), o terceiro planeta dentro de um sistema de oito, que giram ao redor de uma estrela chamada Tonati (Sol) – venerado pelos aztecas, pois é quem dá vida aos homens e à natureza. Anáhuac possui uma lua – Metztli, responsável por orientar os homens na contagem do tempo. O calendário básico de Tetztuán é dividido em 12 Metztin (luas) de 28-30 dias. O novo mês sempre se inicia com a chegada da lua cheia. Outros continentes conhecidos são: Eutlokpan e Afrika (leste); Axia (pronuncia-se “Acsia”) e Ozeania (oeste).
Tetztuán é banhado por dois oceanos – um a oeste (Ikalakian) e outro a leste (Ikisayan). Suas regiões centrais são atravessadas de norte a sul por duas cadeias de montanhas conhecidas como Cinturão Oriental e Cinturão Ocidental, que são a extensão das Montanhas Rochosas ao norte, terra de origem dos lendários tzapaltin – raça de seres semi-humanos pequenos e atarracados. De leste a oeste, no centro, o continente é atravessado por zonas vulcânicas, também conhecidas como Serras Nevadas. A região é dividida em zonas temperadas e tropicais. Terras ao norte têm temperaturas mais baixas durante os meses de inverno com forte queda de neve nas serras e planaltos. Ao sul, as temperaturas são constantes durante todo o ano e variam apenas em função da altitude. Isto dá a Tetztuán um dos sistemas climáticos mais diversos de Anáhuac. A vegetação também é bastante variável, compondo-se desde selvas e florestas – lar natural dos silvestres chaneltin, outra raça semi-humana de origem muito antiga, até desertos e estepes, nas quais vivem os pequeninos e simpáticos chikiltin, a quarta raça semi-humana de Tetztuán.
Política e sociedade: Os aztecas são a principal força sócio-política humana de Tetztuán, encontrando fronteira nos povos do extremo-sul – sob domínio dos Kéchoatl, os quais chamam a si mesmos de “Império dos quatro quadrantes”; e ao extremo-norte, de formação política mais heterogênea, abarcando tribos nômades ou sedentárias. Destas, destacam-se os famigerados “caçadores de búfalos”, que por vezes chegam a ameaçar a hegemonia azteca, mas de modo muito esporádico.
Dentro do Império Azteca – configuração política mais parecida com uma confederação de cidades – vários povos e raças, tanto humanos quanto semi-humanos, se encontram sob o comando das camadas dirigentes – nobres e sacerdotes humanos, que podem ou não ser recrutados das classes populares, de acordo com o mérito e a demonstração de bravura nos campos de batalha. O líder absoluto azteca – Tlatoani – “o que fala” ou “o senhor dos homens”, ou ainda, “o senhor dos guerreiros” – é escolhido dentro de um conselho restrito de nobres. Portanto, o poder não é necessariamente hereditário, mas sim eletivo.
Além disso, as aldeias, povoações e cidades, tanto humanas quanto semi-humanas não são tratadas da mesma forma pela classe dominante, embora, via de regra, tenham de contribuir de alguma forma – com tributos em espécie, prestação de serviços, e o fornecimento de soldados e escravos. Toda a contribuição é devolvida pela nobreza ao povo na forma de benefícios, como educação pública e proteção no caso de calamidades.
Raças:
Tlakaltin e Siualtin (homens e mulheres, seres humanos): representam a raça mais jovem (foram os últimos a surgirem em Anáhuac) e com a mais baixa expectativa de vida (vivem em torno de 60-70 anos) de toda Tetztuán, embora sejam os mais numerosos. Pode-se dizer que o mundo de Tetztuán é um “mundo humano”. Por suas características adaptabilidade e ambição, encontram-se espalhados por quase todas as zonas do continente. Têm costumes, hábitos alimentares, artes, culturas e formas de religiosidade variadas.
Tzapatl (plural Tzapaltin): também conhecidos como “anões”, devido ao seu tamanho reduzido (cerca de 1,40 m) e sua constituição atarracada, são seres resistentes e honrados (por vezes teimosos), ligados à terra e aos metais (prata e ouro, sobretudo).
Chanetl (plural Chaneltin): chamados de “elfos” pelos orientais, são criaturas longevas e ligadas à natureza e à magia.
Chikitl (plural Chikiltin): a raça dos “pequeninos” (medem menos de 1,10 m) ou “halflings”, na língua dos orientais, é composta por criaturas espertas e ágeis, ligadas ao campo e ao conforto.
Classes:
Chiuani (Homem-de-armas): Soldados, milicianos, armeiros, aventureiros e mercenários são bons exemplos dessa classe. Todo Chiuani possui um animal de devoção, com o qual se identifica em suas habilidades: Crocodilo, Lagarto, Serpente, Coelho, Cervo, Cão, Macaco, Jaguar, Águia e Abutre.
Ichtekki (Ladrão): Assassinos contratados, espiões, mercadores e foras-da-lei em geral são bons exemplos dessa classe. Todo Ichtekki crê em Tonali, a personificação divina da sorte e do acaso.
Teopixki (Clérigo): Sacerdotes em geral, de grandes cultos ou locais fazem parte dessa classe. O panteão azteca é bastante vasto, e é bastante difícil que um clérigo seja devoto de apenas um deles. Os principais deuses são: Quetzalcóatl (deus da vida e da força espiritual), Huitzilopochtli (guerra), Tlaloc (chuva), Xiuhtecuhtli (fogo), Xipe Totec (fertilidade), Centeotl (deus do milho), Chalchiutotolin (pestes e doenças), Chalmecacihuilt (mundo subterrâneo), Cochimetl (comerciantes), Ilmatecuhtli (beleza), Xochipilli (amor e danças) e Tezcatlipoca (criador do mundo, senhor da vida e da morte).
Nauáli (Mago): Feiticeiros, xamãs, sábios, videntes e astrônomos são exemplos dessa classe. Cada Nauáli é iniciado em um dos cinco caminhos: Vento, Morte, Água, Terremoto e Chuva. De acordo com o caminho escolhido, as habilidades e magias lançadas por ele serão diferentes.
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Hã… Cara, o Tetztuán é o cenário #035 =P
Ops! =d
Valeu a correção, Anderson.
Eu gostei do cenário, achei interessante. Só não curti muito a ideia de existirem elfos, anões e halflings nele. Acharia muito mais legal se houvessem apenas humanos ou raças típicas dos mitos Toltecas (se isso existir).