Pocket Dragon – Cenário 010
Terra em Brasa
Terra em Brasa recria um Brasil do imaginário popular sob a ótica da fantasia do RPG old school. Este reino chamado Brasel (pronuncia-se “brázel”) é parte de um grande império, mas quem exerce o poder são os coronéis. Os elfos ocupam o lugar dos índios, e os anões, o lugar dos escravos. Cangaceiros e escravos fugidos lutam pela liberdade. Bandeirantes lutam contra elfos canibais e trolls-brasa, à procura de terras férteis. Pais do povo – clérigos não reconhecidos pela Igreja, mas consagrados pelos populares – lutam contra a fome, as doenças e os mortos-vivos que assolam os sertões. Aventureiros lutam contra os perigos de ruínas encravadas nas montanhas, à procura dos tesouros de uma antiga civilização élfica. E os pequenos, conhecidos como “halflings” numa terra em que eram pouco mais que bichos, lutam apenas por uma vida digna.
Brasel
O Reino Ocidental de Brasel, somente Brasel, ou, ainda, Terra-em-Brasa, se estende por toda a parte sul da Terra Ocidental, ou novo mundo. Encontrada por navegantes de Iberia, um dos reinos do velho mundo, a Terra-em-Brasa logo foi colonizada pelo povo deste reino, com a permissão do Imperator (pronuncia-se “imperátor”), e batizada em virtude da madeira-em-brasa (árvore mágica cuja madeira, mesmo depois de cortada, permanece como que em brasa), abundante na região. O atual Regente é Pedro II, que conta com a ajuda dos Coronéis para manter a ordem no Reino.
Inicialmente, a ocupação de Brasel visava somente a extração da madeira-em-brasa. Mais tarde, com a chegada dos escravos anões, começou o plantio em larga escala de cana-de-açúcar e café. Mas o Reino de Brasel atraiu a atenção de todo o Imperium quando se descobriu que havia ouro em grande quantidade no centro do país.
As principais regiões de Brasel são: o litoral (onde fica a maior parte das cidades, como os portos de Baluarte, Recifes, Salvação, Januária, Vicência e Porto Venturoso, onde vivem humanos, pequenos, elfos selvagens convertidos e meio-elfos), a serra e a floresta litorâneas (primeiros obstáculos para a colonização de Brasel), os planaltos (onde se planta café e fundou-se a cidade de Paulicéia), as minas (onde ficam as minas de ouro e a cidade de Zênite), o planalto central (onde fica a capital do reino, Brasiléia), os sertões (terra colonizada também por nativos de Nordland, onde fica a maior parte das plantações de cana-de-açúcar, território de cangaceiros e pais do povo), o pantanal (lar de monstros), a floresta das amazonas (território de muitas tribos de elfos selvagens, algumas delas canibais), a cordilheira ocidental (onde ficam as ruínas de um antigo império élfico) e os pampas (terra de cavaleiros, colonizada também por nativos de Anglor).
Brasel é, para o Imperium, uma fonte de riquezas, mas a extensão de seu território dificulta sua exploração. Para os sacerdotes e coronéis, é uma terra a dominar. Para os elfos selvagens, estas são suas terras ancestrais, e seus invasores devem ser expulsos. Para os anões das profundezas, Brasel é uma prisão, ou, para aqueles que encontram a liberdade, um exílio. E, para seus demais habitantes, é um lugar agreste e perigoso, mas repleto de belezas. Acima de tudo, Brasel é uma terra de oportunidades e berço de heróis.
O Imperium e além
Os continentes conhecidos são: a Terra Setentrional, ou velho mundo; a Terra Oriental, lar do Império Élfico; a Terra Central, território do Reino dos Anões; e a Terra Ocidental, onde foram fundados o Reino Ocidental de Brasel, ao sul, e o Principado do Novo Mundo, ao norte, ambos parte do Imperium.
O Imperium nasceu da união de diversos reinos do velho mundo, onde viviam humanos e halflings, através do poder da pólvora e do domínio da Igreja da Estrela de Fogo. O Pater (líder supremo da Igreja) é o real governante do Imperium: é ele quem nomeia o Imperator, e são os Patriarcas da Igreja em cada reino que nomeiam seus Regentes.
Atualmente compõem o Imperium: o Reino Unido de Anglor, Scotia e do Novo Mundo, centro do Imperium; o Reino de Iberia, de onde partiram as expedições que encontraram a Terra Ocidental, e que no passado estivera sob o domínio dos anões; o Reino da Gauletia, antigo inimigo de Anglor e centro da resistência no velho mundo; o Reino de Nordland, onde existem dissidentes da Igreja; o Reino da Prussya, que faz fronteira com a Terra Oriental; o Reino dos Anões, subjugado pelo Imperium e forçado a vender os anões das profundezas como escravos; e o Reino Ocidental de Brasel.
Pocket Dragon
As classes são as mesmas do Pocket Dragon, com as seguintes adaptações:
Ladrões: elfos selvagens desta classe são guardiães da floresta, e atacam de surpresa usando suas habilidades de rastreio e camuflagem.
Clérigos: humanos podem ser sacerdotes da Igreja e pais (ou mães) do povo. Elfos selvagens podem ser xamãs (clérigos devotados aos espíritos da natureza). Elfos selvagens convertidos, meio-elfos e halflings não podem ser sacerdotes da Igreja, mas há alguns pais do povo entre os halflings.
Magos: proibidos em todo Imperium pela Igreja (ser mago é um crime condenável com a morte), magos são raros, e não existem entre os elfos selvagens.
As raças também são as mesmas, com as seguintes subdivisões:
Elfos: dividem-se em duas sub-raças. Os elfos selvagens são os nativos do novo mundo. Possuem pele parda ou escura e avermelhada, cabelos e olhos negros, e vivem nas florestas. Elfos selvagens não recebem bônus para utilizar magia, mas realizam testes de personagem para sobreviver na floresta como se tivessem um nível a mais. Já os elfos imperiais (indisponíveis para PJs), habitantes do distante Império Élfico, possuem pele branca e amarelada, e olhos e cabelos negros.
Anões: dividem-se em duas sub-raças. Os anões da superfície (indisponíveis para PJs) são os habitantes do Reino dos Anões. Sua pele é bronzeada ou escura, e seus cabelos e olhos são castanhos ou negros. Os anões das profundezas, que hoje são escravizados em todo o Imperium, possuem pele pálida, cabelos loiros ou ruivos, olhos azuis ou verdes, e enxergam no escuro.
Halflings: em Brasel são conhecidos como “pequenos”.
Há ainda:
Meio-elfos: são os descendentes de humanos e elfos selvagens. Realizam testes de personagem para sobreviver na floresta como se tivessem um nível a mais.
Há algumas novas armas: arco curto (alc 30m); arco longo (dano 1d8, alc 50m, ini +3); besta (dano 1d6, alc 40m, ini +2); pistola (dano 1d6, alc 100m, ini +1); mosquete (dano 1d8, alc 200m, ini 0); bacamarte (dano 1d10, alc 10m, ini +1).
Armaduras são inúteis contra armas de fogo. É preciso um turno inteiro para recarregar uma arma de fogo. Armas brancas ou flechas de madeira-em-brasa causam +1 ponto de dano por fogo. Armas brancas deste material também recebem +1 na iniciativa.
Dentre as criaturas do Livro dos Monstros, não existem em Brasel: elfos negros, gigantes, goblinóides, grifos, ogros, orcs, trogloditas ou wargs. Os homens-lagarto são conhecidos como homens-jacaré; o wyvern é chamado de lagarto-escorpião; e os kobolds são chamados de todo tipo de nome feio. Em Brasel há ainda muitos animais perigosos, como jacarés, sucuris, morcegos vampiros gigantes e onças; além de outras ameaças, como elfos canibais, dragões verdes e os trolls-brasa. Parecidos com trolls comuns, trolls-brasa não são vulneráveis contra fogo, e suas garras queimam ao toque (causando 1d6+8 pontos de dano).
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Inicialmente eu julguei bem semelhante ao Hi-Brasil, porém agora vejo que não é tão semelhante assim. Temos elementos parecidos mas não é uma cópia como eu pensei inicialmente. Interessante.
Eu já tive uma impressão diferente, Bob, achava que ele seria bem diferente do Hi-Brasil, mas agora creio que o autor resolveu seguir na mesma linha.
De uma forma ou de outra é o cenário que a turma melhor avaliou na primeira fase. Vamos ver como fica agora na segunda etapa =)
Não conheço o Hi-Brasil a fundo, mas o pouco que eu vi não gostei nem um pouco. Então espero que fique bem diferente!
O Hi é mais comédia, acho que não é o foco deste aqui.