Impressões sobre Ledd – Episódio 05 (Parte 02)

Meio tarde, eu sei, mas precisei esperar alguns dias pra poder começar a digitar a segunda parte da análise do quinto episódio de Ledd, cuja primeira parte foi comentada duas semanas.  O motivo disto? Precisei maturar bastante o impacto causado pelo final da história. E tal efeito não se fez sentir apenas em mim mas também em boa parte dos leitores que comentam a série no twitter. Só pra avisar, eu vou escrever minhas impressões levando em consideração de que você, leitor, sabe minimamente do que eu estou falando.
Por isso, se você ainda não leu, vai lá, eu espero.
Voltou?
Então já estou livre da obrigação de avisar que há spoillers aqui.
DRAGÃO!
Vamos lá, ninguém imaginou isso, confere? Estávamos todos aqui empolgados pra adivinhar qual é o prato principal do Ganso Afogado (!) e nem cogitamos que a cena da taverna pudesse se transformar da maneira como ocorreu. De um simples lugar que serve gansos cozidos metidos dentro de baldes com os pés para fora, a Ganso se transformou em um abrigo para não-humanos em Yuden, um reino reconhecidamente preconceituoso com qualquer raça que tenha orelhas estranhas. Algo extremamente bem vindo ao reino, um adendo importante a Arton logo de saída! Isso muda de tal maneira a minha própria visão de Yuden que já valeu o capitulo inteiro pra mim.
Mas tem mais, claro!  Tem um baita dum DRAGÃO LÁ EMBAIXO! Mas antes vamos aos detalhes sórdidos:
Outra cópia de Ledd surgiu. Nada ainda foi mostrado quanto ao enigmático invasor de Hardorf, tampouco sobre o que a Drikka viu na carruagem no final do primeiro volume. As dúvidas continuam em aberto e já temos outra cópia dando sopa (!) na Ganso Afogado. E não só eles, certo? O que são aquelas outras dezenas de frequentadores com caras e cabelos estranhos ali? Alguém entendeu o que foi aquilo? Não vi outro Guaxininja, mas acho que desde os Três Patetas até Bud Spencer e Terrence Hill estão na Ganso!
Impressões sobre Ledd - Episódio 05 (Parte 02) 1
Será? XD
Como notamos aqui, todos eles já estão remendados e relativamente recompostos. O próprio Ledd foi trazido até a Ganso após levar uma surra do Barba Branca. O que, provavelmente, indica que toda essa turma festeira que apronta altas confusões é, de uma forma ou de outra, vítima do preconceito yudeano. Legal né?
Um pouco além dessa cena vimos que Ledd pode ter algum tipo de relação com DRAGÕES, mas acho prematuro seguir nesse caminho desde já. Ele pode, sim, ter sido um deus dragão como pode ter também sido um Dragon Slayer (opa, gosto mais dessa), um cara que nasceu no reino do dragão vermelho, Sckharshantallas ou um nerd colecionador de tranqueiras dracônicas. Ele pode ser qualquer coisa e o clone com o pescoço tatuado e medalhão de dragão empalado não quer dizer nada. Então, ao invés de tecer teorias agora, vou me ater ao que já temos de concreto. Qualquer coisa, o Di Benedetto fez isso muito melhor no próprio site de Ledd.
Golinda é uma anã (e bem bonita, aliás). Li alguns comentários questionando duas coisas: o casamento inter-racial entre um humano e uma anã e também o motivo para ela estar casada com um homem tão velho quanto Holgar. Estes dois pontos são interessantes (pra mim pelo menos) por que apesar de serem apenas curiosidade menores em relação  aos personagens coadjuvantes, elas demonstram que houve sim uma certa preocupação com a ambientação da história.
Holgar, por exemplo, é um paladino de Khalmyr, o Deus da Justiça de Arton e também a “divindade pai” dos anões. A raça dos anões, aliás, é uma das mais ligadas ao próprio Khalmyr, muito mais até que os humanos que o pegaram “emprestado” durante a ausência de sua própria deusa, Valkaria (que retornou há alguns anos). Então faz sim um baita sentido humanos (e ainda mais especialmente paladinos humanos) e anões se envolverem emocionalmente. A Golinda até ajuda um pouco, usando aqueles tamancos altos pra dar uma disfarçada na naniquês.
O outro aspecto, a idade: anões vivem muito mais do que humanos. Assim, uma mulher anã continua relativamente jovem aos cem anos. O que não ocorre normalmente com seres humanos. 25, trinta anos são considerados casamentos longos para humanos. Talvez Holgar e Golinda mal estejam completando suas bodas de prata, mas é um tempo mais do que suficiente para que o velho guerreiro fique… bem, fique velho.
Isso não muda em nada a história em si, mas  são estes detalhes menores ligados à ambientação que dão sabor as páginas. E fazem você gostar de verdade da Golinda apesar dela ser um monte de tinta num papel.
Por fim, a Drikka é filha de um DRAGÃO chamada Kashii. Teoricamente, nossa amiga é uma meio-dragão, o que poderia explicar por que o cabelo dela explodiu a arena no capítulo 04. Para Ripp, o tipo de cabelo influencia no resultado da magia. Já vimos isso ocorrendo quando ele criou uma “neko-asa-delta” com pelos de gato. Particularmente, acho que o Ripp é foda e explodiria a arena com cabelo de meio-dragão, de meio-deus ou de sovaco de ogre mesmo. Mas vamos lá, é um palpite interessante que não pode ser menosprezado.
Nesse ponto, você já deve ter sacado que a história deu uma guinada completa logo no segundo volume. Ledd e os clones? Ledd e sua falta de memória? Cara, tem um DRAGÃO debaixo do assoalho! Tudo isso é secundário. Kashii está escondida no Ganso Afogado há poucos dias, provavelmente ferida ou doente e precisa da ajuda de Ledd e Ripp. O que pode ser tão grave ao ponto de um DRAGÃO pedir ajuda? Roa suas unhas amigos. Por que se uma garota pede ajuda, você obedece.
E alguém ai duvida que Ledd vai?

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2 Resultados

  1. É tanta coisa que aconteceu, que até a COR da dragoa – que geral tá perguntando Twitter afora – é algo secundário. (Pra mim Kashii é metálica.)

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