Classificação Indicativa: CHEGA!

Entrei em contato com o Ministério da Justiça, para verificar como está o andamento da discussão sobre os critérios para a classificação indicativa de jogos de RPG.
Olha só a minha surpresa quando soube que a constituição diz que a classificação deve ser feita sobre obras “audiovisuais”. Ela não fala nada sobre “livros”.
Isso significa que existe uma chance dos jogos de interpretação deixarem de ser classificados pelo Ministério da Justiça!!!
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O lance é que para que isso ocorra, a sociedade, isto é, NÓS, JOGADORES DE RPG, se envolvam no debate e isso é MUITO MAIS SIMPLES do que você pode imaginar.
Acesse o link http://culturadigital.br/classind/blog#2187 e deixe seu comentário lá.
Dependendo do embasamento que a comunidade der, existe a forte possibilidade de conseguirmos fazer com que o RPG deixe de ser julgado por critérios aleatórios, que se justificam em outras mídias mas que não façam sentido em um livro.

Passe o link pelo seu twitter, poste no seu blog e nas suas listas de discussão!
Vamos aproveitar a oportunidade!

Minha opinião é a de que a família deva fazer o papel de “classificador”.
O Governo deve devolver aos pais o poder/dever de participar do tipo de informação que chega aos seus filhos, ao invés de assumir essa função.
Convenhamos, não é papel do Governo dizer o que seu filho deve ou não ler.

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12 Resultados

  1. Então, na verdade há um segmento chamado jogos eletrônicos ou RPG, infelizmente o livro de RPG entra nesse.

  2. crudebuster disse:

    Papo-furado de quem enche os livros de temas apelativos pra vender e quer continuar se dizendo “cultura”…
    São produtos, e devem ser discriminados, medidos e comparados como todos os outros.
    Daí você compra e mostra pros seus filhos, ou si mesmo, e o governo lava as mãos.
    Se todos os produtos de fora que aparecem aqui como ídolos de ouro e marfim passam por isso, porque os coitadinhos aqui no Brasil agora querem continuar na moleza? Ah, fala sério! Arrumem outra desculpa!
    Sim, é o mesmo que eu disse no Paragons.

    • Alexandre disse:

      Olha só o que você disse.
      Que os produtos devem ser “discriminados”.
      Por que você acha que TODOS os produtos devem ser “discriminados”? Eu não acredito que seja papel do governo “discriminar” nada.
      Quanto menos o Estado meter o dedão na vida privada melhor… Aliás, o Estado só tem que fazer o que o cidadão comum não consegue por suas próprias mãos.
      Além do mais, você está enganado quando diz que produtos importados passam por isso. Os D&D importados não passam por classificação.

  3. Fenmarel disse:

    Pensem no seguinte:
    Se uma criança de 10 anos vai a uma locadora e tenta pegar um DVD de um filme que contenha estupro, assassinato ou sexo explícito, ela consegue? O que acontece se ela alugar e o atendente que alugou para a criança for denunciado?
    Pois bem, agora por outro lado…
    A mesma criança poderia tranquilamente comprar o livro com base no qual o filme foi feito. Haveria algum problema nisso? A criança ainda estaria sendo exposta ao mesmo tipo de influência, o mesmo material que de outra forma foi classificado como inapropriado para uma criança daquela idade.
    Então me digam:
    Por que razão vocês acham que livros não devem ser classificados?
    O mundo não gira em torno de livros de RPG, existem milhares de gêneros e sub-gêneros além do nosso hobby e se queremos pensar de forma correta, devemos levar isso em consideração.
    Tem mais uma coisa:
    “…a constituição diz que a classificação deve ser feita sobre obras “audiovisuais”. Ela não fala nada sobre “livros”.”
    Isso não significa que “apenas os livros de RPG” deixarão de ser classificados, mas sim envolve “livros” como um todo. Nós, como jogadores de RPG e dotados de consciência, temos que ter em mente, acima do nosso “vício”, que se nos referimos a uma amplitude maior do que apenas nosso hobby, é melhor pensar duas vezes em nossas motivações para ir adiante com tal ato.
    Eu sou apenas uma voz no meio da multidão, mas juntos somos a voz de Jack (pra quem viu Clube da Luta)… e ele é capaz de realizar grandes feitos. Pensem bem antes de gritar, por que a voz de Jack será ouvida.

  4. Acho que há uma confusão aqui.
    Existe uma diferença entre “indicar” e “censurar”. Vivemos num país livre e sem censura, se um garoto de 10 anos quiser ler um livro cheio de violência, ele pode, talvez ele tenha maturidade, talvez não – quem deve julgar isso são os pais, que tem o dever de orientar o filho. Veja, este não é nenhum caso de saúde pública, como no caso das drogas – é um problema familiar, não social (a menos que você ache que uma criança pode virar sociopata só por ler um livro inapropriado… e até onde se sabe, não há provas de que isso possa ocorrer)
    No entanto, nós vivemos numa sociedade bem conservadora, cheia de pais e cidadãos irresponsáveis que não querem assumir a culpa pelo erro que cometem na educação das crianças, então eles culpam a TV, os filmes, livros e jogos. Sim, são estas pessoas que formam a “voz do Jack”, pois é mais fácil culpar as “mídias” que a nós mesmos.
    Como estamos inseridos na sociedade, e não livre dela, devemos ouví-la. As pessoas sentem necessidade de guias e indicações, e para evitar que leis rígidas surjam, as próprias indústrias da mídia criam as indicações. É o que vemos na TV, por exemplo.
    Concluindo: A indústria de RPG (que para mim é um jogo, não um livro) deveria discutir suas próprias indicações, para evitar problemas.

  5. Armageddon disse:

    Só pra constar: livros em geral não tem classificação, diferente do RPG que é um jogo.
    Quanto ao tema, eu considero a indicação de idade importante em qualquer brinquedo. Só não concordo com a forma que isto é feito hoje.

  6. Bob Nerd disse:

    Kra, preciso contribuir tb. Vou fazer um post como esse no meu blog e espalhar essa idéia.

  7. Também sou a favor da classificação indicativa. Fui ao cinema com minha filha de 5 anos ver Rango. Não percebi que o filme era indicado para crianças de 10 anos. Minha filha ficou assustada. Vi crianças chorando dentro do cinema!
    Só não concordo com a forma que a classificação é feita. O ideal era a que cada editora/produtora fizesse a sua indicação. Bastaria se padronizar uma forma de cada um fazer a classificação por conta própria.

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