A Missão do Herói: O Exército do Trovão

E é mais uma sessão para Tormenta RPG, dessa vez completamente dedicada aos mestres. A Missão do Herói vai trazer plots não-oficiais de todos os tamanhos para sacudir a sua campanha em Arton. Neste primeiro artigo vamos tratar de um plot que muitos de vocês já devem ter imaginado: e se as armas de pólvora fossem adotadas em massa pelos exércitos de Arton? E sim, surrupiei esse nome, Exército do Trovão, dos Reinos de Ferro. Sim, sou um pilantra.
O Exército do Trovão
Tiberus fervilha de atividade de generais, senadores e diplomatas, os semblantes carregados de surpresa, indignação e temor. Os relatos dos poucos sobreviventes é assustador. Em exercícios de rotina no norte da província de Petrynia, a Quarta Legião Continental encontrou uma cidade não mapeada e que imediatamente resistiu a quaisquer tentativas de contato. Quando a legião optou por dominar o lugar a força, um maltrapilho exército de defensores de pouco mais de mil homens formou-se. Em vantagem de nove para um, o general ordenou um ataque frontal total das forças e subseqüente tomada da cidade, havia tudo para ser uma vitória esmagadora.
O que se seguiu foi a maior derrota militar da história de Tapista e de Arton desde a Batalha de Amarid. Nove mil minotauros foram massacrados em pouco mais de dez minutos de batalha enquanto menos de cem defensores caíram. Os minotauros agora acreditam terem encontrado a mítica Smokestone, a cidade dos pistoleiros e foras-da-lei. O orgulho táurico está profundamente ferido, e a história da vitória de Smokestone provocou inúmeras revoltas nos territórios conquistados. O povo fala a boca pequena sobre como o Exército do Trovão de Smokestone destroçou uma legião inteira de Tapista sem nem suar.
O incidente teve repercussões além das fronteiras do Império. Animados com os resultados obtidos por um exército não-regular armado com pistolas e mosquetes de qualidade, centenas de oficiais militares no Reinado agora clamam por uma revisão da lei de proibição de armas de pólvora. Estão todos esperançosos da formação de um novo Exército do Reinado capaz de fazer frente tanto as legiões táuricas quanto as hordas da Aliança Negra. Ao mesmo tempo, teorias sobre a flecha de fogo da profecia ser uma arma de pólvora se espalham.
Em toda Arton uma verdadeira corrida está acontecendo. De um lado o Império de Tauron tenta refazer os passos da Quarta Continental e atacar Smokestone com força total para calar quaisquer boatos de fraqueza. De outro lado membros da Resistência procuram por maneiras de obter grandes carregamentos de pistolas, mosquetes e munição para armar pequenos exércitos capazes de derrotar as legiões. No Reinado as forças a favor da eliminação da lei contra a pólvora trabalham incessantemente nos bastidores, em batalha com reacionários e nobres com os bolsos cheios de ouro de Tapista.
Enquanto isto muitos oficiais, especialmente em Yuden, treinam em segredo tropas de fuzileiros que serão futuros instrutores e multiplicadores de doutrinas no Exército do Reinado. Mesmo a Marinha do Reinado agora clama por galeões com conveses atulhados de canhões, a exemplo de muitos navios piratas.
Considerações ao mestre: você pode usar este evento de muitas maneiras diferentes. Se seus personagens fazem parte da Resistência, eles podem negociar carregamentos de armas com contrabandistas, tentar alcançar Smokestone, procurar por minas de pedra-de-fumaça que os magos precisam para a fabricação da pólvora ou simplesmente armar milhares de cidadãos comuns com mosquetes e iniciar a revolução!
Por outro lado, grupos posicionados a favor de Tapista podem fazer parte da corrida para impedir a revolução da pólvora, destruindo Smokestone, atuando contra políticos e oficiais militares favoráveis no Reinado ou simplesmente lutando, vencendo e mostrando que a pólvora não é isso tudo que dizem…
Mesmo grupos sem qualquer posicionamento ideológico no conflito podem ser envolvidos. E se o mago do grupo identificar aquela velha masmorra que o grupo passou como uma provável mina de pedra-de-fumaça? O grupo pode fazer muito dinheiro vendendo a informação para um dos lados. Talvez eles sejam contratados para proteger um carregamento de um rico comerciante, mas logo descobrem tratar-se de uma grande operação de contrabando de armas de pólvora!

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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5 Resultados

  1. SiriosCH disse:

    Eu sempre pensei em um exercito armado, mas nunca tive gancho certo

  2. Macus disse:

    A idéia é muito boa mesmo Nume. Mas a Flecha de Fogo ser uma arma de polvora foi genial!

  3. Schaffer disse:

    Rapaz, gostei demais do seu gancho, estava precisando muito disso para minha nova campanha em Tormenta. Vlw brother ,,/

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