Diário de Sobrevivente: Dia 1 (Parte 2)
Depois de fugir do caos no centro da cidade, me abriguei numa oficina, onde outros dois sobreviventes – um deles adolescente e o outro já com seus trinta anos – estavam encurralados.
Os dois sobreviventes estavam muito assustados, um pouco talvez por causa da minha entrada súbita. Apresentei-me para acalmá-los, embora minha farda coberta de sangue, meu colete com marcas de mordida e minhas armas ainda fumegantes não ajudassem muito. Dentro da oficina, vimos no noticiário sobre a onda de caos se espalhando por toda a cidade, principalmente no centro. Eu morava porto do centro, minha mulher e filha estavam em perigo. Perguntei se tinham parentes para resgatar, e o mais velho confirmou.
Traçamos uma rota rápida que passava pela minha casa e depois pela casa do outro. Havia uma SUV na garagem, mas estava no concerto. Pedi ao homem que arrumasse o veículo, enquanto eu e o garoto fazíamos as barricadas. Enquanto o mecânico testava o motor, vidraças quebrando e batidas nas portas anunciavam que a horda já estava ali. Até me passou pela cabeça deixar a pistola com o jovem, mas decidi que não seria adequado. Havia medo de mais em seus olhos.
Saímos em disparada, derrubando o portão e alguns infelizes logo em seguida. Enquanto o mais dirigia, perguntei ao mais novo o que diabos era aquilo tudo. “Zumbis, cara. Igual aos filmes!” – ele respondeu. O jovem ia começar a explicar algo, mas gritei para o motorista parar próximo à minha viatura capotada. Corri para pegar as duas espingardas que estavam guardadas no interior, e uma caixa de munição. Eles começaram a gritar alguma coisa, e eu voltei antes que os zumbis chegassem perto. Eles ficaram me olhando: o mais velho visivelmente duvidoso da necessidade daquilo, e o mais novo com certeza querendo uma das armas. Pensei em explicar, mas desisti. Fiz sinal que continuassem.
Fizemos um grande contorno para evitarmos uma concentração próxima à avenida. Tentei ligar para o batalhão enquanto isso, mas todas as linhas estavam ocupadas. Assim que chegamos ao meu prédio, entreguei uma espingarda para cada um, e pedi para o pirralho não fazer besteira. Ele não gostou, mas consentiu. Subimos as escadas em silêncio, até a porta do meu apartamento. Toquei a campainha, mas ninguém atendeu. Pedi que cobrissem a minha retaguarda, e chutei a porta. Por sorte, as duas estavam com as malas prontas, atrás do sofá virado. As abracei como nunca o tinha feito antes, chorando e rindo. Perguntei se estavam bem, e o jovem lá fora gritou “os seus vizinhos querem nos matar!”. “Novidade!” respondi, enquanto descia pelas escadas, feliz da vida, e atirando em meus vizinhos.
Seguimos direto para a segunda casa. Ao chegarmos, já havia vários zumbis tentando entrar pelas portas e janelas e o que fosse. Pedi ao jovem para ficar no veículo, protegendo minha família, enquanto eu e o mais velho iríamos até a casa. Enquanto eu falava, o mecânico atropelou dois zumbis, desceu do carro e literalmente abriu caminho até a casa. Entrei derrubando a porta, e chequei a casa até encontrar a esposa dele trancada no banheiro, gritando socorro. Ele seguiu correndo até o banheiro, avisou a sua esposa que estava lá, e me pediu pra proteger a saída. Enquanto os mortos-vivos se empilhavam no gramado da casa – agora mortos de verdade – o casal correu até o veículo, e eu fiz o mesmo. Missão cumprida, hora de procurar abrigo.
O batalhão de artilharia nos pareceu a melhor escolha, e rumamos direto para lá. No caminho, avistamos do alto da cidade as proporções que a situação já tinha atingido. Quando estávamos na rodovia que dá acesso ao batalhão, ouvimos pequenos sons agudos, vindos do alto. Súbita, uma explosão bem à nossa frente quase acertou o veículo. O batalhão de artilharia do exército estava atirando em nós. Teriam os zumbis tomando conta até do exército?
Muito bom cara! Um ou outro erro no meio do texto, mas nada que atrapalhasse o entendimento.
Na espera novamente de Continuação … adoro Historias de Zumbis,
Recomendo: The Walking Dead(HQ) e HighSchool of Dead(Manga)