Conceituando – Guildas

Acho que qualquer Rpgista que se preze já ouviu falar de uma Guilda:
Guilda dos Ladrões, dos Ferreiros, dos Escravistas, do Carvalho a quatro e etc.
O grande problema vem dai, pois, alguns tem apenas idéia do que se trata , e a grande maioria sabe o que são, mas não sabe como funcionam.
Nota: Primeiro, quero esclarecer uma coisa. As guildas de oficio tradicionais da idade média funcionavam com modelos bastante parecidos com o apresentado abaixo, por tratarem de assuntos tradicionais, porém, devo salientar que Guildas de Ladrões, Magos, Gladiadores e etc, terão estruturas bem mais profundas e mirabolantes, podendo se diferenciar por completo do exposto por mim.
Guildas Tradicionais
 
Era como eram chamadas as corporações de ofícios, constituídas por membros de uma mesma classe trabalista. Tinham como finalidade o monopólio de determinado setor, disciplinando e padronizando tanto trabalhadores quanto preços.
Exemplo: “Se a oferta de ferro em Valkaria estiver muito grande, os preços irão baixar. A guilda verificaria estes casos, direcionando o excesso de ferro para outra cidade, onde a mercadoria está em falta. Desta forma, todos os comerciantes de ferro saem fortalecidos e com mais tibares”.
Como no exemplo, a função da guilda era gerenciar um setor, beneficiando seus membros e evitando prejuízos. O monopólio era implícito nos negócios de uma guilda. Um ferreiro independente seria simplesmente massacrado pela guilda dos Ferreiros de uma cidade, hora pela falta de suprimentos, hora pela concorrência desleal.
Muitas vezes, um determinado bairro funciona como sede da guilda, e lá podiem ser encontrados todas as oficinas, armazens, lojas e as casas dos membros. Quando filiado, o membro deve assumir deveres perante a instituição e para com os outros filiados.
Cada guilda possui hierarquia própria, mas a mais utilizada era a seguinte:
  1. Jornaleiro: Um jornaleiro não é um aprendiz, e sim um ajudante,  também classificado como trabalhador livre. Ao contrario do aprendiz, recebe salário ou jornal ( pagamento pela jornada de trabalho).
  2. Aprendizes: Os aprendizes iniciavam seu treino ainda na infância, quando passavam para a tutela de um mestre; com o tempo e longo aprendizado, podiam chegar a mestres também, se fossem aprovados num exame da corporação (a obra-prima). Normalmente os aprendizes eram filhos ou parentes do mestre. Eles trabalhavam recebendo, em troca, comida, moradia, etc.
  3. Artesão: O artesão é um aprendiz que completou seu treinamento, mas ainda não tem experiência, conhecimento ou simplesmente fundos para começar sua própria oficina, trabalhando com empregado para algum Mestre.
  4. Mestre: Dono de estabelecimentos prestadores de serviços, como: oficinas, ferrarias, carpintarias e etc. O mestre era tido como sábio da área, sendo um especialista no serviço a ser prestado. Um mestre ainda deve ser licenciado na guilda em questão.
Acima de todos esses vem o conselho, que é composto por mestres escolhidos através de votação. Estes são responsáveis pelas decisões de toda a guilda.

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