Raças de Meliny – Elfos
Elfos
Escolhidos de Falena
“Não pequena criança de Nivee, eu e meu povo não somos de todo imortais como dizem nas lendas. Apenas estamos mais próximos da divindade de Lariena do que as outras raças mortais”.
– Kavana Maiali, sacerdotisa de Falena.
Rebuscados e de movimentos ágeis, os elfos são a tradução da delicadeza e do equilíbrio entre os povos ditos civilizados e o ambiente que os cercam. Costumam tratar com presteza aqueles que encontram, apesar de sempre se considerarem acima das outras raças, seja por sua origem ancestral, seja pela arrogância que lhes é peculiar. Tal comportamento é ainda mais acentuado nos elfos sombrios, que costumam desprezar outros povos por se acharem ainda mais perfeitos que os outros elfos. Os elfos cinzentos, por outro lado, são os que menos aparentam essa característica, por já estarem acostumados com a vida entre outras culturas.
Os seus traços feéricos são evidentes, tanto nas tonalidades metálicas dos seus olhos e cabelos como na palidez da sua pele. A sua constituição é frágil, sendo também um pouco menores que humanos, um elfo típico mede um metro e sessenta e pesa cerca de sessenta quilos, as elfas têm a mesma altura e são ligeiramente mais leves. Diferenças entre as casas são poucas, como os altos elfos tendo a altura média de um humano, enquanto elfos-do-mar são mais fortes.
A pele das principais vertentes é branco-pálida, com um tom mais corado entre os cinzentos, apenas os elfos sombrios que possuem a tez em variações de negro, e os marinhos carregam tonalidades de azul, verde e às vezes mesclas destes. Preferem roupas bem trabalhadas, sempre de cores pastéis, como o verde, o bege e o marrom. Tem um gosto especial por jóias, estas na sua maioria são feitas de prata superior e tem ligações com a sua família.
Os elfos surgiram durante a Era dos Povos Ancestrais, concebidos por Falena como a encarnação dos seus ideais e os maiores protetores da natureza por ela criada. No inicio, foram os senhores da superfície de todo o mundo, no continente norte a enorme floresta que o tomava era conhecida como Bosque Verde, berço de toda a raça e aonde os mais poderosos dentre os altos elfos viveram. Em Rosthara a Floresta da Neve teve uma curta existência até o dia em que os anões expulsaram os orcs das profundezas, gerando o caos e a guerra em um momento que os elfos do sul não estavam preparados, o resultado foi a total derrocada do reino. Hoje, apenas algumas estruturas se mantêm firmes, criando misteriosas lendas pelas matas de Deanor.
O Bosque Verde, por outro lado, teve um pouco mais de tempo para desenvolver ordem militar entre seus moradores. A mítica Guarda Branca nasceu nesse período, uma tropa conhecedora das matas e de seus invasores, mas mesmo esta incrível força não foi capaz de suportar a revanche dos filhos de Gorak quando seu deus os revitalizou com uma fagulha de selvageria. Nesta situação desesperadora a ajuda veio do mar, os elfos-do-mar ou Ear’Quessir, criados por Atlan a partir dos sonhos de Falena, ergueram-se das praias em auxílio aos seus irmãos terrestres. Esta inesperada união permitiu a supremacia dos elfos do norte, o apoio jamais foi esquecido e presentes de paz e aliança foram trocados entre os líderes dos povos.
Porém nem mesmo este encontro foi capaz de ajudar as forças élficas durante o exílio causado pelo eclipse de Sargan e Lantaris. Elas se recolheram nas proximidades da capital do Bosque Verde, onde lutaram para sobreviver ao frio e perigo do novo tempo, além da ameaça eterna dos orcs de Gorak. Os mais antigos deste povo entraram em sono profundo ou refugiaram-se no Elysiun para o lado de sua deusa. Os mais jovens começaram a refletir sobre os caminhos tomados até o momento, e desde então passaram a discordar do pensamento dos seus antigos líderes, esta discórdia daria origem as duas primeiras casas élficas de Meliny e a separação que marcaria a raça para sempre.
A guerra entre Dia e Noite trouxe outro conflito aos elfos antes do eclipse gélido. Uma pequena comunidade dos filhos de Falena havia se voltado para conceitos opostos aos de seus irmãos, pregando morte, mal e destruição aos povos inferiores, e até mesmo aos elfos que se aliassem a eles. Esta casa lutou por Lantaris durante o conflito, e para evitar que fosse completamente destruída pelas tropas de Sargan e pelos seus parentes élficos, eles pediram proteção à Dama Sombria, que os acolheu em seus domínios, sem deixar vestígios deles no mundo. Em Elysiun eles mudaram, assumiram a cor da escuridão que veneravam, aprenderam a serem mais mortais do que imaginavam, treinando para o dia que voltariam para Meliny.
Na Era dos Reinos Antigos, a restauração das naus celestes decretou o fim do Grande Inverno e propiciou o renascimento da natureza. Uma parte dos elfos, contudo, se viu incapaz de acompanhar as mudanças causadas pela origem das novas raças e por isso optou pelo isolamento, particularmente os grandes líderes élficos conhecidos como Cala’Quessir, os altos. Entretanto, os Lai’Quessir, os verdes, que futuramente gerariam várias ramificações, interpretaram o isolamento nas terras imortais como uma ofensa ao papel lhes dado por Falena e muitos decidiram partir pelo mundo.
Durante este período, os Lai’Quessir fundaram comunidades menores em contato direto com a natureza, mostrando ojeriza aos centros urbanos enquanto uma parte deles preferiu a aproximação e compartilharam o conhecimento élfico com estes povos. Como aprendizes vorazes, os humanos se destacaram e assimilaram o que lhes era oferecido pelos elfos cinzentos, os Mith’Quessir, e assim criaram eles mesmos sua cultura, arte e ciências a partir deste contato, indiretamente dando origem à base do que seriam os grandes reinos humanos.
Porém, um longo período de batalhas recaiu sobre os reinos humanos de Meliny e quando a situação se tornou insustentável, as guildas arcanas dos magos usurparam o poder e iniciaram a Era da Magia. No entanto, com a passagem dos séculos as boas intenções dos magos deram lugar à tirania e os Lai’Quessir foram caçados até as velhas florestas. A profanação das fronteiras do Bosque Verde foi o estopim que levou os altos elfos a abandonarem o seu exílio de milênios e os elfos entraram na guerra.
A força combinada dos velhos e dos novos elfos era suficiente para fazer frente ao ataque de uma guilda, e como era impensável para as três se aliarem contra um inimigo comum, tornou-se logo uma tarefa rotineira rechaçar os ataques das tropas arcanas. Os elfos do mar sofreram mais do que seus parentes terrestres, já que além de suportar os ataques do braço marinho da Guilda Elemental, também devia lidar com seus eternos inimigos subaquáticos, as sereias e tritões, e acabaram forçados a se recolher às suas cidades mais antigas e bem protegidas. Os elfos cinzentos foram ostracizados pelos seus irmãos por indiretamente terem causado a situação atual, sendo também caçados pelos magos pelo conhecimento que detinham.
Mas então as divindades vieram a Meliny e a presença de Falena restaurou a unidade dos elfos, inclusive dos Mith’Quessir. Juntos aos demais povos, eles ergueram armas contra as forças arcanas na Guerra da Magia. O conflito se prolongou por anos e após vários embates, os exércitos divinos alcançaram a vitória. Contudo as conseqüências da guerra foram profundas e o mundo custou a se reerguer nesta Nova Era. Os Cala’Quessir sofreram com o a passagem do tempo no mundo mortal e muitos morreram, além de se depararem com o profético retorno dos elfos sombrios, os até então extintos Mori’Quessir.
Durante os séculos, os elfos que se espalhou por Meliny se reuniram em torno de novas ideologias, e se dividiram em famílias, ou casas que compartilhavam objetivos e habilidades semelhantes. As disputas das duas principais e mais antigas casas élficas foram o começo do declínio do belo povo, pois as intrigas internas os tornaram presas fáceis para os orcs de Gorak e impediram uma reação conjunta eficaz.
Atualmente as casas élficas de Meliny são os Cala’Quessir, os Altos Elfos, os Ear’Quessir os antigos Elfos do Mar, os silvestres Lai’Quessir, os Mith’Quessir, que são os conhecidos como Cinzentos e Mori’Quessir, os Elfos Sombrios.
As relações de cada uma das casas élficas com outros povos são distintas. Os altos elfos são reclusos e dificilmente interagem com outras raças, com exceção as fadas, com quem compartilham estreitas relações e parentesco, e as criaturas silvestres. Os elfos silvestres agem de forma semelhante, mas em geral são mais acolhedores.
Elfos-do-mar são desconfiados em relação a qualquer coisa que não precise dormir sob a água, mas costumam ser amigáveis. Os cinzentos possuem laços de amizade e respeito em relação aos humanos, enquanto os sombrios não toleram ninguém, nem mesmo outros elfos. Uma constante nas relações dos elfos com outras raças é a ojeriza pela espécie órquica, fruto de batalhas antigas, e com anões, os quais culpam pela ascensão da raça órquica e ao poderio que hoje os filhos de Gorak possuem.
Geralmente felitri são vistos como rudes e descorteses, mas ainda aliados, o mesmo valendo para tribos humanas e gnômicas bárbaras ou em maior contato com a natureza. Qualquer tipo de anão sofre para conseguir o respeito de um elfo, caso o queira, exceto no caso dos cinzentos que apreciam as suas habilidades artísticas. Halflings são tidos como inofensivos e de agradável companhia, diferente dos meio-elfos que costumam ser ignorados por suas ações e posturas. O mesmo desprezo dado aos orcs, é compartilhado com os seus descendentes com humanos, um híbrido que entre em uma vila élfica, dificilmente sairá com vida.
A maioria absoluta dos elfos é devota da deusa da natureza e seguem os seus etos desde a sua infância, incorporando os rituais de Falena no seu dia a dia. O papel dos druidas é importante na sociedade élfica e os seus conselhos são ouvidos quando uma decisão importante precisa ser tomada, para os altos elfos a palavra de um deles é a manifestação da sua própria criadora. Por fim, homenagens também são prestadas a outras divindades, como Mab, Yius e Sargan, mas se restringem a pequenos altares e cerimônias. Da mesma forma, Lantaris e Noror recebem culto de forma modesta por parte dos Mori’Quessir. Os Ear’Quessir constituem a principal exceção religiosa entre os elfos, orando em nome de Atlan, o Deus Oceano ao invés de Falena.
Os elfos cinzentos foram os primeiros a abraçar as artes da magia, ensinada por dragões servos de Donaire. Porém a corrupção quedou-se inevitável até mesmo para os filhos da natureza, e muitos sucumbiram à fome de poder da Era da Magia. O Bosque Verde só conseguiu resistir ao avanço arcano pelo poder de sua rainha, druidas e clérigos, e hoje os elfos vêem as novas gerações de magos com esperança e fé de renovação. Costumam associar-se à Guilda de Avis e da Serpente, permanecendo sempre em movimento, Senhores da Terra, vivendo quase que como druidas, ou Lordes Negros, entre os elfos sombrios
Característica Racial dos Elfos
Elfo (1 Ponto)
- Poder de Fogo +1: Os elfos silvestres são letais com armas de longa distância.
- Visão Aguçada: Elfos têm olhos aguçados e podem ver no escuro com perfeição, mas não na escuridão total: deve existir uma iluminação mínima, por menor que seja.
- Aptidão para Animais: Para elfos, a perícia Animais custa apenas 1 ponto.
Só pra avisar, o texto é do Dellhintis e as regras foram adaptadas pelo Cavaleiro Morto =)
Está excelente, mesmo estando no mesmo molde dos cenários medievais.
Senti falta dos elfos púrpuris, elfos rubros (ou Blood Elves), entre outras vertentes de elfos.
Bem, Meliny é um cenário medieval padrão até certo ponto.
E essas outras sub-espécies não são mencionadas por não serem do cenário mesmo =)