O RPG evolui?
Outro dia vi um artigo muito bacana no Loodo sobre a evolução dos jogos eletrônicos.
No artigo, o autor mostra que em uma determinada época, os videogames estavam começando a ficar onerosos demais, sendo sustentados apenas pelos hardcore gamers, e começaram a se inspirar na indústria cinematográfica em busca de novidades.
Enquanto no início os videogames eram muito abstratos e simples (você já jogou o PONG?), com o passar do tempo a indústria investiu em personagens (Mario) e enredos mais complexos.
Em pouco tempo os enredos passaram de “pular barris” para “salvar o mundo, buscando itens e detonar o inimigo”.
Um baita salto que fez com que o jogador se identificasse – e inspirasse – com os personagens controlados.
E no decorrer da evolução dos enredos, chegou a um ponto em que o jogador não sabia mais como o jogo acabaria.
Mudamos das fases repetitivas do “Asteroids” para o mistério do “Max Paine”.
E a coisa segue em frente, com o avanço do hardware, hoje em dia estamos quase jogando filmes, com cenas de ação eletrizantes, personagens muito bem rederizados, e filminhos no meio das histórias.
Eu vou citar um dos parágrafos do artigo para continuar:
“Mas o fortalecimento continuo do elemento história traz o problema: se joga para ver uma serie de eventos serem desencadeados ou por que o jogo é bom e a experiência de jogo é prazerosa? Antes de tudo um jogo é um jogo. Mas não é assim que funciona hoje. Evidente que todo jogo possui algum tipo de narrativa, mas quando essa narrativa começa a se sobrepor ao jogar esta deixa de ser suporte para o jogo e ocorre uma inversão, a história passa a usar o jogo como suporte, você joga para desencadear a história.”
E esse é o ponto.
Você conseguiu ver como a evolução dos jogos se parece com a evolução do próprio RPG?
Surgindo de um jogo de estratégia, passando por um jogo tático com enredo, e chegando a jogos que frisam a interpretação acima de tudo?
Deixando de utilizar suportes físicos (como o tabuleiro) para usar suportes ideais (a imaginação) e acessórios que estimulam esse “novo” suporte (música, props, etc… coisas que dêem um “climão” ao jogo).
Enquanto no passado o RPG era considerado um jogo, hoje ele também é uma história.
E como você joga uma história? Você precisa de dados para jogar uma história?
Ferrou.
Acabei de questionar a única verdade absoluta que eu tinha em mente sobre RPG:
Os dados.
Meu mundo ruiu.
E vou mudar a logo do blog.
rs, eheh, se o RPG não evoluir, para que eu o jogaria? Não faz sentido um RPG não evoluir.
[‘…’]
Fica aí a idéia para se pensar…
Bom artigo!
A materia iniciou boa, mas acho que carece um pouco de mais detalhes da “evolução” do RPG. Não se resume apenas a estratégia/tatica com enredo/interpretação profunda. Mas uma boa idéia, quem sabe depois eu faça uma analise mais porfunda?
último post de rsemente:Devaneios 4: Até logo e obrigado por todos os peixes…
Então… na verdade a idéia não era fazer um passo a passo da história do RPG.
O raciocínio foi propositadamente cortado pela metade para ver onde os comentários chegariam. 😉
Se o RPG “evolui”, tipo, se essa linha de raciocínio for válida… Como se encaixa no nosso ambiente um RPG que volta para as origens?
Foca o jogo em miniaturas e combate tático?
Corta do sistema regras voltadas para “roleplay” e foca sua mecânica em aspectos “old school”?
Sacaram?
Muito bacana essa visão dos jogos de computador! Achei que faz todo sentido!
Em relação ao RPG, tem aquele papo de CSN, que acho bastante legal!
No blog da Devir, o Contatos Imediatos, a MC Zanine deu uma discutida boa sobre os 3 tipos de jogo atuais. O que mostra bem a evolução do RPG!
(talvez até tenha sido a inspiração para esse artigo… será?)
E realmente, também acho que o RPG tem evoluído muito!
Eu não conhecia esse “Contatos Imediatos”! Qual o endereço?