Tormenta: história militar de Arton, Guerra Bielefeld-Khubar
Guerra Bielefeld-Khubar
1037 c.e. ? 1040 c.e.
Após estabelecer o reino em 1021 e iniciar o desenvolvimento de navegação oceânica, Bielefeld começou a explorar as ilhas próximas de sua costa e fez seus primeiros contatos com os nativos de Khubar. Tomados como bárbaros, os estranhos guerreiros tatuados foram imediatamente atacados e expulsos de suas casas. Até então o comportamento normal do “homem civilizado” em sua expansão através do Reinado. Os khubarianos defendiam suas ilhas com ferocidade, mas estava óbvia a vantagem do aço forjado e da cavalaria pesada de Bielefeld, era apenas questão de tempo até as ilhas serem conquistadas.
Não fosse pela intervenção de Benthos. O Rei dos Dragões Marinhos e principal divindade em Khubar por séculos. Em um enorme ritual, os sacerdotes suplicaram pela presença do grande dragão, e ele respondeu.
Benthos emergiu do Mar do Dragão Rei em sua forma real, medindo centenas de metros, e destruiu a frota invasora. Não contente com isto, ele afundou a capital Lendilkar e grande parte do litoral de Bielefeld no mar, um dos maiores massacres da história registrada do Reinado. No ataque sucumbiram o rei Thomas Lendilkar e toda a família real, assim como os antigos colegas aventureiros do regente.
Após o ataque, Benthos desapareceu e nunca mais foi visto até poucos anos atrás, mas o regente de Deheon ordenou o fim dos conflitos e enviou um corpo diplomático até Khubar para assinar um tratado de paz que reconheceu as ilhas como uma nação independente e posteriormente a sua adesão ao Reinado.
Entre 1037, quando Benthos atacou, e 1040, quando o tratado de paz finalmente foi assinado, as guarnições de Bielefeld que estavam nas fortificações em terra em Khubar tiveram que resistir contra milhares de guerreiros khubarianos que tentavam destruí-las. A grande maioria acabou massacrada, mas a saga dos que conseguiram sobreviver durante anos em território hostil e sem suprimentos é uma das grandes vitórias não cantadas pelos bardos de Bielefeld.
Beligerantes: Bielefeld vs Khubar, Benthos vs Bielefeld.
Alianças de Destaque: Khubar e Benthos.
Rolando uma campanha durante o conflito
Este é um conflito que coloca em lados opostos o conceito tradicional de civilização no Reinado até então, baseado na cultura européia medieval com cavaleiros, nobres e reis feudais, contra uma civilização “bárbara”. Dessa maneira, grupos de aventureiros ligados a cada lado seriam diferenciados pela sua etnia ou índole (heróis bondosos podem escolher ficar ao lado dos khubarianos agredidos por Bielefeld).
Em uma campanha no conflito, o mestre pode aproveitar para focar os grupos de aventureiros em aventuras de investigação/exploração, o grupo pró-Bielefeld pode ter ouvido falar do grande ritual que está sendo preparado pelos xamãs bárbaros para invocar seu deus maligno e agora corre para descobrir uma maneira de impedi-los, enquanto grupos pró-Khubar protegem os sacerdotes e buscam ingredientes e artefatos necessários à invocação.
Se você quiser uma campanha mais militar e menos aventuresca, tenha em mente que a invasão é principalmente marítima, com combates navais e desembarques sangrentos em praias. Cavaleiros e heróis de armadura pesada tem pouco espaço nestes tipos de combate, enquanto swashbucklers, monges, ladinos e outros personagens focados em mobilidade podem brilhar.
Para uma campanha com mais participação de calavaria e infantaria pesada, você pode escolher o período de três anos entre o ataque de Benthos e o tratado de paz, quando as tropas de Bielefeld remanescentes em Khubar lutam por sobrevivência contra milhares de guerreiros tatuados.
Eu sempre torço pelos indios!
Essa aparição de Benthos no conflito merecia uma arte incrível!