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Multiversidade Tormenta

Uma das coisas mais legais do RPG de mesa é o grupo poder aplicar suas inspirações no seu cenário do jeito que eles quiserem. Isso torna cada mesa de RPG única e faz com que o ato de jogar em diferentes mesas também seja algo único mesmo que as aventuras sejam num cenário que todos conheçam.
A inspiração da vez, pelo menos para meu cenário particular de Tormenta, vem das histórias em quadrinhos. Especificamente de uma obra recente que promete ser uma saga marcante para os quadrinhos: Multiversity do Grant Morrison.
Cuja crítica especializada você pode conferir aqui.
Resumindo Multiversity do Grant Morrison
Esse é um projeto em que o Grant Morrison vem trabalhando há 8 anos. Uma mega-saga que explorará, provavelmente, todos os universos paralelos da DC Comics. 52 universos no total.
Existem universos para todos os gostos, como a Terra 11 em que todos os personagens da DC possuem os gêneros trocados (Superwoman, no lugar do Superman, Aquawoman, no lugar do Aquaman etc.); a Terra 26, universo populado por animais antropomórficos como o Capitão Cenoura; a Terra 8 em que os personagens são cópias do universo Ultimate da Marvel com direito ao Cruzado Americano (Capitão América), Behemoth (Hulk), Cabeça Metálica (Homem de Ferro) etc; Terra 7, o lar dos personagens do universo clássico da Marvel com direito ao seu próprio Thor, que aqui é chamado de Trovejante.
Mais informações aqui, aquiaqui e aqui.
O mais legal nessa nova saga é que pela primeira vez o multiverso da DC, que existe desde a Era de Prata, foi mapeado. Clique aqui.

O Mapa da Multiverso da DC.


 
E esse mapa inspirou essa postagem. Pensei em fazer o mesmo com Tormenta, que tal?
Multiversidade de Tormenta
Os jogadores que já rolaram partidas em Arton sabem que há espaço para qualquer tipo de coisa nesse continente. Ninjas coloridos, deuses da morte japoneses, treinadores de monstros, robôs gigantes, cavaleiros com poderes divinos e muito mais. Porém nem todo grupo gosta de colocar tudo isso no cenário, e por isso muita coisa acaba se estabelecendo como opcional, ou mais direcionada para o futuro Tormenta 3D&T.
Há também obras como Victory, que os fãs insistem em tentar encaixar na cronologia do cenário – mas cujos autores já deixaram claro que não irão trabalhar nesse plot tão cedo. Ou ainda menções a mundos de origem de alguns personagens ilustres do cenário que são bem diferentes de Arton mas que foram tocados pelos deuses de alguma forma, como o mundo de Arsenal ou o de Talude.
É bom lembrar também que a principal ameaça do cenário vem de outra realidade. Então, como encaixar tudo isso? Como fazer com que tudo isso tenha sentido ao mesmo tempo?
Simples, é só usar o conceito da Multiversidade! E o mapa que Grant Morrison produziu para a DC vai nos ajudar inclusive com a definição da realidade da Tormenta que ameaça todos os universos de igual forma.
Mapeando os Multiversos de Tormenta
Para começar é bom estabelecer que TODAS as variações do cenário de Tormenta existem dentro desse multiverso. Cada uma dessas variações ocupa um universo inteiro! E podemos nos referir à elas como: Arton-“seguido-de-um-número-único-que-identifique-aquela-realidade”. Por exemplo: a Arton do cenário Tormenta RPG poderia ser a Arton-2, e a Arton do cenário do sistema 3D&T seria a Arton-1, e assim por diante.
Definido isso, também é preciso estabelecer onde os deuses e a Tormenta ficam aqui.
É interessante reparar que no mapa do multiverso DC, Apokolips e Nova Genesis (a morada dos Novos Deuses) ficam na mesma esfera do multiverso, de modo que esses personagens são os mesmos em qualquer universo alternativo da DC.
Baseado nisso pensei em colocar a Tormenta e os deuses numa mesma esfera. Eles seriam os mesmos para qualquer universo da Tormenta, seja ele o de 3D&T ou Tormenta RPG (TRPG).
E o nosso mapa ficaria algo parecido com isso aqui (desculpem pelo amadorismo bizarro da imagem, mas é o melhor que deu para fazer para a postagem).

Os pequenos círculos numerados são os infinitos universos que compõem o multiverso do nosso cenário de RPG. Aí estão Arton-1, Arton-2, Arton-3, etc. A quantidade de universos aí presentes é limitada apenas pela imaginação.
A borda verde é a esfera dos deuses e da Tormenta. É nela em que os 20 planos dos deuses maiores estão inseridos, bem como toda a realidade da Tormenta (ou a Anti-Criação). Desse modo é possível que os deuses e a Tormenta sejam os mesmos para qualquer que seja o universo.
A borda roxa seria reservada para um personagem que seria o equivalente ao personagem Monitor do Multiverso da DC. Que inicialmente será Gor (o mesmo nome do deus menor do tempo, que nunca foi usado no cenário até agora).
Gor é o uma entidade que está acima dos deuses, Tormenta e dos mortais. Ele é uma espécie de vigia que observa o multiverso e impede que o mesmo colapse diante de alguma ameaça. Por enquanto a Tormenta não é esse tipo de ameaça.
A esfera amarela é uma barreira, uma parede, que nem os deuses, ou Gor, podem ultrapassar a não ser com a permissão do Nada e do Vazio.
Esses, por sua vez, residem na barreira azul, ou o Vácuo Total, nada existe ali além do Nada e do Vazio. E só eles podem atravessar livremente todas as camadas da existência.
Os Universos de Tormenta
Você provavelmente se perguntou: mas quais são os universos criados pelo Nada e pelo Vazio? Bem, de cabeça eu pensei em pelo menos 6. São eles:

*Vou chamar esses universos de Arton apenas pela conveniência, mesmo sem saber se existiu alguma Arton neles.
Possibilidades
Bem, estabelecendo o multiverso dessa forma a imaginação é o limite. Podem existir “Artons” baseadas em cenários como Dark Sun, Ravenloft, Shadowrun, etc. Por exemplo: pode existir uma Arton em que os personagens são todos super deformed, como nas tirinhas Little Avengers.
É possível também viajar entre esses universos com veículos específicos que irei detalhar posteriormente. Também podemos pensar em sagas em que os melhores de diversos universos criam um super grupo para enfrentar um adversário que ameaça a existência dos universos. Eles serão recrutados por Gor.
Também é possível fazer um meta-rpg em que nós, como jogadores, participamos da aventura ao guiar os personagens do cenário para deter alguma ameaça, uma vez que Gor esteja preso e os jogadores da Arton zero são os únicos observadores que podem ajudar a salvá-lo.
Enfim, é bom lembrar também que essas são ideias iniciais e que muita coisa pode mudar. Por enquanto é só e aproveitem as possibilidades desse infinito multiverso.
P.S.: A próxima etapa é falar sobre como é possível tocar esses universos. Se preparem para veículos movidos a bases de música, um bardo muito louco e muita, muita, viagem.

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