Eu sou uma dessas pessoas. Desde que comecei a me interessar por fantasia, animes e games, há um elemento bastante recorrente que sempre me despertou o interesse e me chamou a atenção: mecha! Robôs gigantes, humanoides ou não, combatendo uns aos outros ou a outras criaturas gigantescas para decidir o futuro da humanidade (e da semi-humanidade também, é claro). Por que não adicionar mecha a Arton?
Não é fantasia medieval!, diz alguém lá na última fila. É anime demais!, diz outro um pouco mais para frente. Talvez não estejam tão errados. Mas quem se importa? Sempre é possível ajustar o contexto e as características deles, trocando as engrenagens e painéis eletrônicos por alavancas e roldanas, ou por joias de imensurável poder místico, ou qualquer outra coisa parecida. E também sempre acusaram Tormenta de ser um cenário anime demais… Ao invés de perder tempo refutando, por que não admitir de uma vez e ficar livre para aproveitar o que isso tem de mais divertido?
Enfim, existem muitos exemplos que mostram que mecha de fantasia podem ser legais sim. The Vision of Escaflowne talvez seja o mais conhecido; Xenogears é outro ótimo exemplo que me vem à mente; e se querem algo (um pouco) mais tradicional, há o cenário de D&D 3.5 DragonMech. É neles que eu me inspiro, principalmente, para dar início a este pequeno projeto pessoal: criar um universo mecha em Tormenta! Oferecer, através de uma série de artigos, algumas sugestões de mecha fantásticos que podem fazer parte do cenário, se você quiser dar este passo sem volta nas suas campanhas.
A bem da verdade, eu já tenho feito isso há algum tempo até, pelo menos desde o netbook Mecha para 3D&T Alpha, onde, além das minhas sugestões de regras opcionais e kits de personagem, eu discuti algumas diretrizes e sugestões para incluir mecha em Tormenta. Também estão lá as fichas (não oficiais, mas acredito que bastante fieis) dos dois mecha oficiais que o cenário possui: o Kishin e o Colosso Coridrian, da aventura Contra Arsenal.
Outro material que eu produzi com um intuito semelhante foi a Cavalaria Blindada de Yuden, um pequeno destacamento do exército yudeniano conhecido por utilizar grandes máquinas de guerra nas suas batalhas. Mecha, para resumir.
(E se quiserem algo menos ortodoxo, podem mesmo dar uma olhada nos Rangers do Poder, lá no meu blog pessoal. =P)
A esses textos eu pretendo seguir adicionando algumas novas idéias que tem me surgido, e vou desenvolver aos poucos nas próximas semanas ou meses, na medida em que a inspiração for me dominando (ou seja, sem nenhuma periodicidade ou compromisso pré-estabelecidos). Você pode vê-los todos reunidos na tag Tormenta Mecha, que eu estou criando com este objetivo.
Como os materiais anteriores, estes também serão todos para 3D&T. É o sistema que eu domino melhor, e o que lida melhor e de forma mais simples com a mecânica para mecha gigantescos comandados por ases da pilotagem. TRPG não é o meu departamento, e, até onde sei, não há uma regra oficial para comandar robôs gigantes nele. Por mais que existam dúzias de versões d20 não-oficiais para isso, algumas até bastante boas, simplesmente não haveria uma base confiável para fazer o material. Desculpem.
E por fim, se você execrou a idéia, e pertence ao grupo dos que acham mecha e fantasia medieval simplesmente não funcionam juntos, só o que eu posso dizer é… Seja feliz. Espero que você se divirta tanto sem mecha como eu me divirto com eles. Nada disso é oficial, e você tem todo o direito de ignorar tudo o que eu escrevi aqui, que escreverei nos próximos artigos, e a bem da verdade que eu já tenha escrito em toda a minha vida se você quiser. A Arton da sua campanha pode continuar sendo o seu cenário pé no chão e sem máquinas colossais fazendo a terra tremer a cada pisada, e ninguém pode ou vai te culpar nem lamentar por isso.
Aos demais… Stay tuned.