Olá pessoas!
Pois é, minha primeira postagem aqui no Roleplayer e começo logo com um belo de um tema complicado. Bem, complicado para os malucos como eu (e que sei que são muitos) que gostam de ficar inventando suas próprias regras para se jogar RPG. Mas o que vou ensinar de sábio para vocês hoje? Hoje vamos aprender a como usar regras mentais simples de organização e priorização que visarão à elaboração e criação de monstros ou mesmo adversários para os seus jogadores (usei o máximo de “ãos” possíveis numa frase. Melhor que propaganda da cerveja, hein?). Como é que é Tio? Criar de “cabeça”? Isso vai dá um nó daqueles… E é pra dar mesmo! (brincadeira XD)
Tá, chega de embromar! Eu sou um mestre de RPG que adora criar de tudo e geralmente do nada, de regras à sistemas inteiros, de cidades à cenários completos, de fichas à novos poderes irados. Entretanto, geralmente quanto mais complexo e rico em detalhes é um sistema, menos liberdade criativa ele lhe proporciona. Às vezes é extremamente difícil criar um poder novo para um monstro, dada as regras de magias incompreensíveis e de mecânica pouco intuitiva (não sei pq isso me lembra D&D…). Outros o sistema é tal que chega a ser quase impossível criar um combate sem ter a ficha de todos os monstros à mão (isso também me lembra vagamente D&D). Por um lado isso é ótimo, pois garante o equilíbrio da regras, mas por outro é terrível, pois limita a criatividade do mestre, além de cobrar do mesmo um preparo abominável da sessão (tá, exagerei no “abominável”, mas que as vezes é um porre, é!). E o que fazer para contornar o problema da limitação e necessidade de criação das fichas passo a passo para todo combate que houver? Ou mesmo o que fazer quando aquela situação é totalmente inesperada pelo Mestre e ele não tem em mãos o 15º volume dos monstros que contem as regras para aquela criatura em particular? Bem, meus caros, a palavra chave para estas situações é improvisar.
Oh, “grande coisa”! Pois é, todo jogador e Mestre que já tenha o mínimo de experiência com o RPG conhece a necessidade do improviso, e com certeza também conhece a dificuldade de usar do mesmo. Mas deixa eu te contar um segredinho: o improviso é um exercício mental, nada mais. Quanto mais você usa um sistema menos você precisa consultar o livro, uma vez que cada vez mais você conhece a sua mecânica e procedimentos. Além disso, quanto mais se sabe de algo, mais fácil é improvisar em cima dele. Esta é a dica número 1: conheça o teu sistema!
Agora que estamos cientes do improviso, é hora de botar a mão na massa e responder a questão levantada pelo tema desta postagem. Conhecendo o sistema com o qual se está jogando é bem fácil definir as informações que são úteis no mesmo para cada situação. Desta forma, pensemos no combate. O que é importante para ele? Valor de ataque, de iniciativa, de dano, de defesa, pontos de vida… Vai longe se quisermos continuar o raciocínio. Mas de fato o que citei acima é o essencial para todo sistema. Agora analise bem a seguinte questão: o resto importa MESMO? Importa saber o valor de Força que um monstro tem se você já tem em mãos o quanto ele causa de dano? Importa saber se ele sabe escalar bem quando o combate é numa maldita planície sem uma única árvore por perto? A dica número 2 são as informações prioritárias. Você não precisa criar uma ficha inteira para calcular os valores que citei, basta aplicar aqueles que melhor se adéquam para a criatura que está sendo criada e, principalmente, para o nível do grupo de personagens dos seus jogadores. Estes valores podem ser rapidamente determinados mentalmente e, na dúvida, anote num canto da sua sempre necessária folha de rascunho (estudos comprovam que uma folha de rascunho é mais útil a um RPGista que uma toalha).
O mesmo pensamento vale na hora de criar um poder. Pense no valor de acerto, o alcance, o dano, o efeito e tá tudo resolvido. Não quer errar e esquecer os dados, anote no lado rapidamente enquanto os jogadores estão desesperados pensando no que fazer depois de verem aquele jorro verde esmeralda derreter o pobre do clérigo do grupo. Inventar é mais fácil do que parece, ainda mais quando você só tem que anotar o que de fato será usado. Surgiu uma situação que forçará o monstro a fazer um teste de Perícia? Pense o quanto ele teria de valor pra ela e role. Não complique criando o que não vai ser usado e improvise na hora do inesperado! E olha só, tudo isso vale para qualquer sistema que você esteja usando! É claro que se o sistema for um com tantas vantagens de combate que só falta confundir a cabeça dos jogadores (mais uma vez me lembro de D&D…), e de essencial importância que o Mestre anote, e anote BEM, que vantagens e efeitos têm aquele poder que está sendo usado.
Dica final: improvisar é fácil, basta praticar, mas na hora de jogar a sério faça as coisas direito. O oponente dos jogadores é o vilão da história ou um grande oponente (o famoso “boss”, “chefão”)? Nesta hora não improvise e use todas as regras possíveis ao seu favor, criando a sua ficha com calma. Assim sendo, a dica número 3 é “saiba diferenciar o que pode e não pode ser improvisado”. Isso evita confusões com os jogadores (sabe aqueles que adoram discutir as regras quando estão enfrentando os inimigos mais fortes a fim de encontrar um erro do Mestre e facilitar a sua vida? Eles mesmos!).
Então é isso pessoal. Espero que tenham gostado do texto e que usem mais do improviso para facilitar a sua vida. Lembrem-se: é tudo uma questão de prática e domínio sobre o sistema. Você ainda não conhece o sistema? Então não se arrisque muito e planeje bem seus passos. Caso contrário, relaxe e crie mais as coisas na hora. Acredite, não dá tanto trabalho quanto possa parecer e nem foge demais das regras, isso caso você já as conheça.
Até and Bye…