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Saindo de férias

Existem ocasiões nesta vida em que você realmente descobre que precisa sair de férias do mundo. Talvez vocês entendam melhor se descrever aqui o resultado do último domingo na minha vida.
Começando pelo começo. Madrugada de sábado para domingo, festa de formatura rolando, meu ingresso comprado e guardado no bolso. Só preciso tomar um banho e me arrumar pra festança. O chuveiro, novo, queima. Comigo cheirando a fumaça e todo sujo do trabalho, fiquei em casa, lamentando os 20 reais perdidos no indispensável da festa e as gatinhas de 17 e 18 anos que não poderiam contar com minha amável presença.
No dia seguinte acordo com a ligação chorosa da minha mãe, que brigou com meu cunhado e por isso ele estava indo embora e levando minha irmã e sobrinha para longe. Perdi todo o meu domingo nesta divergência familiar. E por isso também perdi o amigo secreto do meu grupo de RPG de domingo. Onde, por sinal, a garota mais bonita havia me tirado.
E durante a noite, no trabalho, um projeto de galã de novela das oito, talvez inseguro por lhe faltar centímetros em certo órgão masculino importante, resolve falar mal de mim pelas costas para uma garota que está a fim de mim (e não dele, sacrilégio, né?).
Para completar o dia de merda minha avó paterna morre e eu perco o enterro porque a bateria da porcaria do celular descarregou. Eu gostava da minha avó.
Então, meus amigos, acho que vocês compreendem quando eu digo que preciso de férias urgentes. Na verdade, vou pegar férias do mundo mesmo. Largar o emprego, vender minha moto, viajar para algum lugar distante. Não sei. Preciso de dias melhores. Nos vemos depois deles.

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