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Resenha: HAWX

Finalmente um jogo de combate aéreo decente para PC!



Hawx chega de frente para competir com a franquia Ace Combat pelo título de melhor jogo de combate aéreo da atualidade. Com mais de um milhão de cópias vendidas, segundo dados da Ubisoft, o jogo inova (mas nem tanto) o gênero e cria um rival à altura da já consagrada linha Ace Combat. Será que vale a pena?


Título: Tom Clancy’s HAWX (High Altitude Warfare X)
Produtora: Ubisoft
Ano: 2009
Gênero: Ação, Tiro, Combate Aéreo (Arcade)
Plataformas: PC, Playstation 3, Xbox 360
Site Oficial: hawxgame.us.ubi.com
Enredo
Hawx se passa num futuro próximo. Na verdade, é exatamente o mesmo cenário de End War e Ghost Recon 2, jogos da linha Tom Clancy (várias são as referências durante o jogo). O ano é 2019, e exércitos particulares de segurança global ganham o cenário. Devido a crise de petróleo, muitos países terceirizam serviços, inclusive militares. Quando você (David Crenshaw) e seu esquadrão são demitidos do exército, a companhia militar privada Artemis contrata os seus serviços.
Após uma missão no Rio de Janeiro, quando enfrentou a organização criminosa La Trinindad, custeada por vários países da América do Sul, o Artemis recebe uma proposta irrecusável da mesma para invadir os Estados Unidos (desculpa para mais missões de fuzilamento e explosão de homenzinhos maus…). Em pleno Mar do Caribe, você se recusa a atacar seu próprio país, e chuta a bunda dos seus ex-companheiros. A reviravolta acontece, e você está de volta ao exército americano.
Uma pena que a Ubisoft não tenha dado mais valor ao enredo. Ele é contado na forma de briefings antes de cada missão (ninguém vê aquilo, é muito chato). Talvez alguns vídeos com gente voando pelos ares e caças fodões… mas nada. Aperte Start, escolha seu caça, suas armas, e voe com sangue nos olhos!

A ação no game é variada e frenética!

O Jogo
Os gráficos são ótimos, com mapas feitos a partir de fotos de satélite (as texturas das cidades e florestas são impecáveis), mas ficou faltando uma atenção melhor com os prédios e estruturas. Os aviões são bons de controlar, mas respondem rápido demais, e não existe a opção de controlar a sensibilidade do mouse/controle.  Ficaram faltando pousos, decolagens, reabastecimentos aéreos, e fases na chuva. Mas no geral, os mapas são diferenciados e as missões dão boas horas de diversão. Confira as inovações:
– Assistance ON/OFF: No modo ON, o jogo limita a velocidade mínima da sua aeronave, assim como a capacidade de manobra. Você não precisa se preocupar em manter o avião voando, mas está limitado a fazer coisas simples. No modo OFF, o bixo pega de verdade. A câmera filma a nave de longe, sempre focando você e o alvo, e o jogo libera todo o controle da máquina para você. Você pode fazer manobras arriscadas e ver os mísseis passando a metros da sua aeronave, enquanto enfia um míssil no rabo de um SU 47. Numa HDTV de 42 polegadas vira coisa de cinema! Ponto glorioso para a Ubisoft.
– ERS: Outra inovação do jogo, o ERS (Enhanced Reality System) cria uma trajetória na tela, que o ajuda a abater um alvo. É ótimo contra alvos terrestres de difícil acesso. Mas se tiver na cola de outro caça, o melhor é seguir no braço (e com Assistance OFF)!
– Sistema de Níveis: Não é um RPG, mas inimigos abatidos rendem XP. Toda vez que você consegue um nível, novas armas e aeronaves são liberadas. Sem contar nos Challenges: certas ações em jogo rendem muito mais XP. Quando adquire níveis, mais naves e equipamentos são liberados.
Avaliação do .20
O jogo traz novidades, mas esquece de detalhes importantes. Ainda assim, é um concorrente de peso para o Ace Combat. Quem ganha somos nós, já que estas franquias deverão se superar constantemente agora que têm concorrência.
Prós
– Modo Assitance OFF
– Cenários reais, como a fase no Rio de Janeiro
– Ação ininterrupta, inimigos variados e mais de 50 aeronaves a disposição do jogador
Contras
– Faltou física nos cenários, como destruição de prédios e monumentos. Para um jogo atual, isso é grave.
– Nada de pouso, decolagem ou reabastecimento aéreo, marcas registradas do Ace Combat.
– Sistema de Vida do D&D: Enquanto estiver com 1 PV, você faz de tudo, sem se incomodar. Quando perde este PV, o seu avião explode do nada. Como o jogo não é um simulador, isso não é exatamente um problema, mas poderia ser mais bem trabalhado.
Inovação: 8,5 (novos modos de pilotagem)
Enredo: 7,5 (linear e com pouco destaque)
Jogabilidade: 9,0 (se o avião não respondesse TÃO rápido, seria 10!)
Gráficos: 8,5 (as texturas dos mapas são um show a parte, mas faltou um cuidado melhor nos prédios)
Física: 7,0 (não adianta tentar explodir o Cristo Redentor ou o Maracanã: nada acontece)
Diversão: 9,0 (quem é fã de caças deve jogar!)
Jogar de Novo: 8,0 (quanto mais níveis, mais equipamentos, e mais maneiras de explodir homenzinhos maus!)
Nota Final: 8,0
Que venha HAWX 2, com pousos, decolagens, reabastecimentos aéreos e fases na chuva! Se a galera se interessar, pode rolar um post com regras de pilotagem e vários caças prontos para D20 System.

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