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Campanhas de Zumbis: Onde se esconder

Quando os mortos voltam para devorar a carne dos vivos, quando o fim do mundo acontece, para onde ir? Para tentar dar uma luz aos pobres jogadores desse genêro (e mais diversão para os leitores) vou falar um pouco dos lugares mais indicados para sobreviver ao Apocalipse Z.

Quando for escolher o seu abrigo contra os mortos, há vários fatores que devem ser observados: barreiras, espaço, área verde e água. As barreiras podem ser qualquer coisa. De uma porta barricada de um prédio aos intransponíveis muros de uma prisão. As barreiras são as fronteiras entre o que se tornará o mundo dos vivos da terra morta.

Espaço também é muito importante. O espaço no vai definir quantos recursos e sobreviventes você consegue abrigar de uma só vez ? e portanto o período de “compras” dos sobreviventes. Há também a questão do lixo. Ele não deve ficar no abrigo ou, além do mau-cheiro, vai atrair doenças. A melhor opção é queimar tudo ? não se preocupe em aumentar a quantidade de CO² na atmosfera, não há mais como o mundo ficar pior. Existe como complementar a opção de queima do lixo enterrando o lixo biodegradável para tornar a terra mais fértil; o que nos leva ao próximo item.

A área verde pode ser qualquer lugar que tenha terra o suficiente para cultivar o que comer: desde um grande jardim numa mansão até vasos de plantas num apartamento. O espaço disponível vai definir o que plantar. Tomates e legumes são uma boa pedida, pelo tempo relativamente curto de amadurecimento e relativa facilidade de cultivo, além de em geral não dependerem de estações do ano e terem um bom valor nutricional. Um personagem com a perícia Conhecimento (agricultura) e o espaço adequado pode até mesmo cultivar arroz ? a base fundamental da dieta de bilhões de pessoas pelo mundo afora. Desde que haja água.

Uma fonte de água é importantissíma. Além de saciar a sede do sobreviventes, também deve servir para que eles se banhem com alguma regularidade, já que a falta de higiene pessoal pode trazer doenças. Uma caixa d’água serve por algumas semanas ou mesmo meses, conforme o tamanho, mas o melhor é um poço, açude ou nascente natural. Algumas casas em regiões rurais ou cidades com algumas décadas ainda conservam poços, mesmo que lacrados, dos tempos em que não havia uma rede de distribuição de água.

Agora que todos os fatores já foram apresentados, vamos a alguns exemplos, para situar os jogadores com o que devem procurar.

Mansões: as casas dos ricos são verdadeiras fortalezas projetadas pela paranóia e financiadas pela soberba. E são ótimas para sobreviver ao fim do mundo.

Os muros altos e os portões, se reforçados, são barreiras de primeira classe. As piscinas se tornam cisternas de água. E os vastos jardins rendem uma bela horta. Algumas tem até mesmo armas e um famigerado Quarto do Pânico, onde você pode se esconder dos mortos e esperar pela morte, se tudo der errado. A localização dessas mansões também é uma beleza. Normalmente condominíos fechados em áreas verdes fora da cidade. Por se situarem perto umas das outras, você pode estabelecer várias casamatas seguras, para o caso de uma quebra de perímetro.

O maior ponto negativo é que, por serem muito amplas, exigem maior grau de vigilância. Um grupo pequeno de sobreviventes não conseguiria manter uma guarda para eventualidades em todos os pontos critícios, por exemplo. Assim, caso alguma coisa aconteceça, os sobreviventes não irão perceber até que a segurança do abrigo fique comprometida.

Prisões: as prisões brasileiras não são aquele semi-paraíso mostrado na história em quadrinhos Os Mortos-Vivos. Muitas ficam dentro das cidades, longe do centro, mas ainda no perímetro urbano. Por isso, ainda dependem da rede de distribuição de água, mantendo apenas uma caixa d’água de grande porte.

A conhecida superlotação das penitenciárias garante que os sobreviventes terão que enfrentar muitos zumbis para conquistar uma delas. E vai ser bem difícil transformar o lugar em algo agradável para se viver. No entando, prisões são fortalezas. Quando os sobreviventes conseguirem se enfurnar lá dentro apenas sua própria estupidez pode deixar os mortos entrarem. Ou então alguém com um tanque de guerra querendo entrar.

A área verde pode variar, mas normalmente há espaço suficiente para pelo menos uma horta, apesar da água ser escassa.

Escolas: as instituições de ensino brasileiras têm o estranho costume de se parecerem com prisões. Algumas tem muros de três metros, portões reforçados e trancas poderesosas nas portas. Tudo para manter os alunos dentro (ou em alguns casos, fora). De modo geral elas tem os mesmos defeitos e qualidades das prisões. Caixa d’água grande, espaço para hortas, muito espaço e boas barreiras com poucos pontos critícos. Mas ficam no meio das cidades e podem estar cheias de zumbis, sendo difíceis de serem conquistadas.

Casas comuns: em uma cidade do interior, pode ser uma boa escolha, já que as famílias de classe média costumam murar suas propriedades. Além disso, muitas vezes encontram-se quintais com hortas e árvores frutíreras já totalmente desenvolvidas, cultivadas pelos antigos moradores. Como eu disse antes, algumas casas do interior ainda mantêm poços artesanais, como herança dos velhos tempos. Em algumas regiões, os velhos tempos são hoje, e os poços artesanais reinam.

Prédios: péssima escolha. Por algum motivo bizarro as pessoas acham que prédios residenciais são seguros. Grande engano. Portas de vidro nas entradas e escadas de incêndio que vão do térreo ao último andar e cujas portas não tem tranca são a combinação perfeita para um massacre. Também não existe uma área verde e estes prédios ficam bem no meio das cidades, exatamente onde tem mais zumbis. Então lembrem-se: abrigos são para sobreviver, não é porque é confortável ficar no seu apartamento que vai ser mais seguro.

E por enquanto é isso, espero que tenham gostado, vejo vocês no próximo artigo. Mantenham-se alertas ao dia Z. 🙂

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