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Um mundo biopunk com monstros de bolso

Um mundo biopunk com monstros de bolso 1

Estava conversando com um amigo sobre ideias de um mundo de RPG em que o gênero de “monstro de bolso” fizesse parte dele. A ideia desse meu amigo ficou muito legal e fui autorizado a postar por aqui, então leiam, digam o que acharam e entrem em contato com ele caso tenham interesse. E vale também sugerir nomes para o cenário.

Um novo cenário?

Quando a humanidade extrapolou os limites da exploração dos recursos naturais e alcançou o extremo do avanço tecnológico, os Druidas profetizaram que a Mãe Terra se vingaria e uma calamidade cairia sobre todos.

Não foi o que aconteceu.

A natureza definhou a cada dia que se passava e mais e mais a poluição e degeneração dos elementos afligia a superfície superpovoada do planeta. Nuvens negras de gás tóxico cobriram os Arranha-céus de titânio e vidraças foscas que perneiam a paisagem das metrópoles iluminadas pelas lâmpadas de fogo alquímico. O mundo se tornou uma imensidão escura de tóxicos e lamaçais ácidos que soterraram as antigas civilizações que respiravam ar puro.

São incontáveis os números de mortos quando as águas subiram e as geleiras desapareceram. A catástrofe dos vulcões e a poluição do mar fizeram com que a humanidade se agrupasse em altos prédios em busca de luz solar e oxigênio. As gigantescas cidades e aglomerados de fábricas e laboratórios parecem ser a única paisagem no horizonte.

Eras depois, encontramos uma humanidade adaptada ao novo ambiente hostil. Máscaras e tubos de respiração são tão naturais como aprender a andar. Os poucos que se aventuram fora das cidades e no meio das neblinas venenosas relatam encontros com o macabro e mutantes indecifráveis.

Químicos e feiticeiros poderosos forjaram as primeiras leis da Alkhimia e, partindo delas, forjaram o novo planeta.

É um mundo onde a alquimia se tornou a única esperança para um novo avanço. De onde se tiram todos os novos recursos para a vida: Os elementos básicos presentes em toda a antiga natureza, agora destruída.

Os mais poderosos controlam elementos e substâncias como mágica. Capazes de realizarem feitos extraordinários, como moldar estruturas ou criar elementos. Alkhimistas treinados podem imbuir elementos com o livre arbítrio, criando homúnculos de barro, lama ou até carniçais criados com defuntos e matéria pútrida.

Alkhimistas guardam suas fórmulas com suas vidas e não revelam seus segredos a ninguém, pois todos buscam a perfeição dos elementos para que possam atingir o ápice Alkhímico: A Pureza.

Aquele que aprender a criar um elemento puro, será incontestável em poder. Podendo criar e controlar não só a forma pura, mas todas as misturas e fórmulas que possuam o elemento em sua composição.

A busca pela Pureza divide o mundo em dois grupos: Os Druídas, que buscam a fórmula da vida e planejam reconstruir a natureza perdida, e os Artífices, que buscam dominar a pureza para decifrarem a vida e assim poderem recriar a humanidade à sua imagem.

Neste mundo a magia é realizada através das artes Khímicas. Os feitiços são criados com substâncias e armazenados em frascos para uso posterior. As magias mais poderosas tomam forma de um homúnculo, uma criatura sem espírito, que devota sua vida pelo seu criador e carrega em si o efeito mágico de sua composição. Como cada criador é único, os homúnculos criados podem ter poderes indecifráveis à primeira vista. Talvez um pássaro de enxofre tenha em seu núcleo a fórmula da chuva, e seja capaz de eletrocutar alguma presa com trovões e raios. Por esse motivo é raro encontrar um homúnculo poderoso fora de seu frasco Khímico, pois são criaturas que carregam os segredos e conhecimentos de seu criador.

Para aprender uma nova fórmula é necessário muito estudo. É possível aprender em tomos de química da Velha Terra as magias mais primordiais. Outra possibilidade é aprender através das anotações de outro Alkhimista, seja por vontade própria ou não.

Não é possível criar a vida sem o domínio de vários elementos puros. Por esse motivo os Druidas costumam povoar suas comunidades com homúnculos defeituosos, criaturas vampíricas ou parasitas que se alimentam de carne e seres vivos. Os Artífices por sua vez apenas produzem autômatos com metais ou um dos quatro elementos naturais, e jamais tentam criar vida independente da situação.

É um universo Biopunk onde os mais audaciosos buscam o conhecimento de todos os elementos naturais e aperfeiçoam suas fórmulas a fim de realizarem seus próprios desejos, reformar a humanidade ou destruí-la de vez.

Imagem original de Samuel Silverman.

Criador Juan Pedro Jensen


Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

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