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Escolhas para personagens – Variedade x Impacto

Recentemente, com o lançamento do playtest de Pathfinder 2e, decidi olhar as suas regras e inovações. Com poucos minutos de leitura, me vi soterrado pela infinidade de pequenas escolhas para a criação de um personagem de 1º nível. Como um gato escaldado pelo D&D 3e e sua linhagem OGL, voltei correndo para a simplicidade do D&D 5e. Todavia, achei interessante conversar sobre o assunto, apesar da minha opinião ser tendenciosa para o lado de poucas escolhas, com grande impacto.

Muitas escolhas, Pouco impacto

D&D 3e e toda sua linhagem OGL, Pathfinder 1e, TRPG, Starfinder e o vindouro Pathfinder 2e, seguem este caminho. O jogador tem a sua disposição, uma infinidade de classes básicas, classes variantes e classes de prestígio que podem ir se encaixando pedaço a pedaço. Sem contar, o número quase infinito de talentos e magias disponíveis, que tornam este quebra-cabeça ainda mais amplo.

Customização é a palavra chave aqui, o mesmo conceito de personagem pode ser criado de inúmeras maneiras. A imaginação pode correr mais livremente e temos o paraíso para a otimização. Todavia, começam a aparecer os problemas, muitas escolhas tendem a tornar a criação do personagem mais complexa e lenta. Cada pequena engrenagem na ficha precisa ser pensada e pesada, além de que, nem todas as opções são equivalentes.

Como um colega sempre fala, se você tem 10 opções, mas só 1 presta, você não tem realmente opções.

Poucas escolhas, Grande impacto

D&D 5e segue uma linha mais clean, com menos opções em classes, talentos e magias. Até o momento, nada de classes de prestígio e mesmo multiclasse e talentos podem ser retirados do sistema sem maiores problemas. O número de escolhas cai drasticamente e aquelas que precisam ser feitas ganham um impacto maior na criação do personagem. Fazendo uma comparação, D&D 5e é um quebra-cabeças com menos partes e peças maiores.

Simplicidade norteia o andar da carruagem, os principais conceitos estão nas classes e subclasses, podendo ser facilmente representados. Apesar de cada escolha ter mais impacto no personagem, o seu número reduzido agiliza a criação da ficha do mesmo. A otimização está presente, mas não no tamanho ou complexidade do D&D 3e. Nem todas as opções aqui são equivalentes, mas no geral elas são mais próximas entre si.

Ao invés de 10 opções, aqui teríamos de 2 a 3 opções, cada uma delas com impacto maior na mesa.

Qual o melhor formato?

Como podem ver, sou meio tendencioso para o lado de poucas escolhas, grande impacto, e até sugiro conhecerem sistemas como Fate, onde tal tendência ainda é mais acentuada. Entretanto, está é a minha opinião e não tem valor maior que qualquer outra.

Se tiver algum tempo aí, deixe um comentário falando qual estilo você prefere e seus motivos.

Crédito das Imagems: http://shutterstock.com

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