Imagem 1: A Rainha Eterna: a maior dragoa dourada de Arton
História
Pouco se sabe da origem da Rainha Eterna, a maior dragoa dourada que já existiu. Quando chegou a Arton, há muitos séculos, já era uma adulta em seu esplendor e não tardou em se tornar uma deusa, inspirando admiração devota ao construir sua maior maravilha: a cidade de Agadir.
O Tomo Dourado é o maior compilado de histórias e relatos dos filhos e do povo da Rainha Eterna e sua cidade do deserto. Criado por Maedrax, o homem que deu origem ao sobrenome Maedoc em Sckharshantallas, ainda no começo da formação do Reinado, o compilado não explica a chegada da Rainha ao Deserto da Perdição, mas abundam algumas teorias sem fontes exatas.
Alguns advogavam sua vinda através de uma enorme tempestade de areia que trouxe não apenas ela, mas também Agadir já constituída, de outro mundo onde se falavam outros idiomas e adoravam-se outros deuses desconhecidos em Arton — mas que com o passar do tempo desapareceram para a adoração da única deusa. Outros relatos diziam que ela caíra do céu como um meteoro provocando uma enorme cratera no meio do deserto e de lá uma vegetação estranha à região se formou dando origem á cidade. Uns ainda diziam que a Rainha Eterna era uma simples humana de uma tribo de nômades de pele caucasiana que foi agraciada pelo poder de se transformar em dragão após encontrar um artefato poderoso da Era de Megalokk. Essa teoria é a menos aceita, pois se baseava no simples fato da Rainha preferir passar a maior parte do tempo na sua forma humana quando vivia em Agadir.
A verdade sobre sua origem é um segredo da mente da própria Rainha Eterna. Quando perguntada sobre isso, sempre respondia que esquecera o passado.
Algumas pistas são reveladas no Tomo Dourado. Durante o período que ficou conhecido como a Revolta dos Três, o deus dos dragões Kallyadranoch foi derrotado e condenado ao esquecimento, tornando-se conhecido apenas como o Terceiro. A perda de boa parte dos poderes da Rainha Eterna neste período pode ser uma evidência de sua conexão com Drashantyr, o antigo mundo do deus dos dragões.
Muitas teorias buscam entender a ligação dos dragões metálicos com Kallyadranoch, notoriamente o criador dos cromáticos. A hipótese atual é que os dragões metálicos (ouro, prateado, bronze, cobre e latão) são uma subespécie dos dragões verdes, também ligados ao elemento da terra, mas sem o caráter maligno de seus “primos”.
Todos os dragões metálicos são bondosos e a Rainha Eterna não difere nisso. Geralmente, os dragões dourados são grandes sábios e estudiosos, ligados à figura do velho mago de longa barba branca sob um capuz pesado e apoiado num cajado de madeira. Entretanto, a Rainha Eterna é mais “artística”, apreciadora da arte dos povos artonianos e de mundos além. Neste aspecto ela poderia ser uma devota de Tanna-Toh, a deusa do conhecimento, mas como uma dragoa, ela ainda possuía o orgulho e a arrogância inerente à espécie. A Rainha Eterna não seria devota de ninguém a não ser dela mesma.
O que se sabe ao certo é que em menos de um século Agadir já era a maior cidade conhecida do Deserto da Perdição e talvez de toda Arton, uma vez que o Reinado nem existia, reinos de Lamnor estavam começando a se desenvolver. Lenórienn, a cidade dos elfos, talvez fosse a única capaz de rivalizar em termos de cultura.
Após muitos séculos governando Agadir com relativa paz e prosperidade, a Rainha Eterna encontrou seu fim frente a grandes ameaças que pairavam o deserto naquela época: exércitos de nômades cobiçosos pelas riquezas da cidade. Após a queda de Kallyadranoch, os poderes da maior dragoa dourada de Arton diminuíram drasticamente, o que permitiu sua derrocada frente a uma arma encontrada pelos povos rivais do Deserto da Perdição. A natureza desta arma permanece desconhecida até hoje, mas relatos e histórias podiam afirmar que sua especialidade era matar dragões. A teoria mais aceita no Tomo Dourado era de que a arma fora criada pelas mesmas forças que combateram os generais dragões de Kallyadranoch durante a Revolta dos Três. Mas isso não pode ser afirmado com certeza, nem o paradeiro desta arma que se perdeu na história.
A alma da Rainha Eterna vagou pelo éter sem destino, uma vez que a conexão com Drashantyr fora cortada com o esquecimento de Kallyadranoch. Foram séculos de penúria e escuridão sem adentrar em nenhuma morada dos deuses. Apesar dos convites de deuses como Tanna-Toh e Wynna, a Rainha Eterna preferiu manter-se uma alma imaculada da natureza dos mundos dos deuses, buscando nos séculos seguintes um sofrimento em forma de luto pela sua grande perda. Agadir fora saqueada e destruída após sua morte.
Alguns anos depois de sua morte, entretanto, ela sentiu fagulhas de poder permeando sua alma. Percebeu que sua ligação com Arton não fora totalmente rompida e que ela vivia através de seu sangue, através de seus descendentes. Eles não haviam todos perecidos com Agadir como ela pensava. Cada vez que seus descendentes usavam os poderes mágicos despertados através de seu sangue de dragão, a alma da Rainha Eterna se tornava mais forte.
Mas foi preciso mais ou menos 700 anos para o surgimento de um indivíduo sozinho capaz de fazê-la regressar a Arton. Ele se chamava Aldred Castell-Maedoc, ou Syrax, como era conhecido. Curiosamente, o nome Syrax era o de uma das discípulas da Rainha nos tempos de Agadir, uma jovem dragoa dourada. Ciente de que aquele homem conhecia sua história, a Rainha Eterna pairou sobre Arton manifestando-se sempre que o seu descendente usava magias arcanas. Ele se tornou um feiticeiro muito poderoso, mas foi tomado por desejos de ganância inerente às criações de Valkaria e passou a romper todos os limites éticos e morais para buscar cada vez mais poder. Obcecado, Syrax passou de grande herói a um potencial vilão que culminou no assassinato de um grupo de aventureiros contratados para pará-lo. A Rainha Eterna entristeceu-se com isso, mas incapaz de se comunicar ou se manifestar fisicamente em Arton, restou apenas o desgosto.
Um alento veio em seguida, quando o humano se apaixonou e abdicou de todo seu poder mágico a fim de expiar seus crimes. Uma atitude drástica, mas que a Rainha teve de concordar. O que ela não gostou foi o que ele fez em seguida. Obsessivo, o ex-feiticeiro criou um ritual de selamento mágico e impôs a seus filhos e netos, negando a eles a chance de despertar poderes mágicos ligados à ela. Pior, Aldred considerava a Rainha Eterna a culpada por ele ter sucumbido à loucura pelo poder. A dragoa dourada já sentia que teria uma não-vida infinita pela frente, difamada e com o tempo seria esquecida, quando tudo mudou de repente.
Kallyadranoch retornou ao Panteão após eventos extraordinários envolvendo uma nova força invasora alienígena, os lefeu, os quais, infelizmente, a Rainha sabia pouco. Com o retorno do deus dos dragões, seu corpo pôde manifestar-se fisicamente em Arton, embora somente na forma humana de quando aparecia publicamente em Agadir. Além da ausência de seus poderes, ela tinha pouco tempo para se manter presente no mundo e precisava agir para conseguir se restabelecer. Ela buscou seus descendentes mais jovens, Aldred III e Maryanne, os quais havia grande potencial. O selo mágico do feiticeiro Syrax ficava mais forte com a idade, portanto, quanto mais jovem, mais fácil quebrá-lo. Assim restava apenas a Aldred III e Maryanne buscarem uma forma de quebrá-lo. A única maneira seria desenvolvendo suas capacidades, a força do sangue dracônico, como aventureiros.
Convencendo ambos a se tornarem aventureiros, a Rainha Eterna dividiu sua alma e incorporou-se às deles. No aspecto prático, a dragoa sugaria a “energia heroica”, aquela substância que somente grandes aventureiros têm para se fortalecer em troca do empréstimo de suas capacidades dracônicas a eles. A Rainha Eterna aparece como uma maldição de vez em quando em situações de perigo na forma de uma criança humana de mais ou menos oito anos. Ela não pode ser vista por mais ninguém nem interagir com o mundo material. Sua versão infantil, intangível e invisível aos olhos de outros representam seu diminuto poder atual. Quando mais fortes e poderosos seus descendentes tornarem, mais velha e capaz de ser vista e interagir com outros ela se tornará, até chegar à sua fase esplendorosa da época de deusa governante de Agadir, livre e solta para fazer o que quiser.
Onde vivia
O castelo da Rainha Eterna era um palácio tão grande que poderia caber toda a população de Agadir. De fato, em algumas ocasiões de grande festa e outras comoções públicas o povo era convidado a participar dentro das muradas. Suas quatorze torres impressionantes com teto abobadado em ouro e paredes de pedra branca e lisa circundavam a construção principal. Uma grande porta dupla feita de puro ouro maciço com detalhes em arabescos medido quase quinze metros de altura e sete de largura surgia após um platô comprido de mármore, seguido por uma longa escadaria.
Os aposentos do palácio eram todos sinuosos, com espaços abertos e arejados, onde muitas plantas do deserto contribuíam para um clima fresco e de cheiro agradável. A Rainha mantinha um harém muito vasto, onde seus maridos e esposas viviam como uma pequena sociedade a parte, transitando livremente entre os aposentos e promovendo seus próprios empreendimentos. A Rainha incentivava que cada um deles desenvolvesse uma vida própria sem amarras, desde que respeitassem o decoro e os bons costumes. Relacionamentos amorosos entre eles eram permitidos, desde que pedido diretamente à Rainha Eterna, que raramente negava. Porém, ela era completamente intolerante com coisas feitas sem sua permissão ou sem que ela soubesse. Mais de uma vez já condenou ao exílio pessoas que quebraram essa regra de confiança.
O palácio também era composto por muitas áreas de lazer onde a arte era constantemente incentivada. Bardos de toda sorte de lugares levavam suas músicas extravagantes, peças de teatros eram montadas, sarais de poesia eram declamadas.
A biblioteca da Rainha Eterna era considerada uma das melhores de Arton, mesmo no início de sua civilização. Continha livros, tomos, pergaminhos, manuais e outras peças de diversas áreas do conhecimento mágico, científico e artístico. A dragoa reuniu uma imensa coleção de terras conhecidas e desconhecidas, de Arton e de outros mundos, comprando, trocando e mesmo copiando de próprio punho todos os volumes que encontrou. A amplitude de seu conhecimento é surpreendente, acumulado durante muitos séculos. Sua biblioteca continha também inúmeras obras de arte, como esculturas, pinturas e mosaicos.
Agadir
Imagem 2: Agadir e o Palácio Dourado
A cidade murada era um lugar pulsante, com muitas cores, aromas e seus palácios reluzem ao sol, enquanto milhares de pessoas percorriam suas ruas estreitas e confusas. Dizem que os humanos de Lamnor apenas engatinhavam quando os elfos chegaram a Arton, mas esta era a história contada pelos estudiosos dos povos do sul. Em suas gigantescas dunas de areia, o Deserto da Perdição escondia uma vasta cultura humana e semi-humana. Agadir era uma cidade esplendorosa em sua aurora civilizacional, o encontro de vários mundos para além de Arton, graças aos portais mágicos promovidos por suas areias ao sabor do vento.
A maior parte das casas era feita de alvenaria com algumas raras feitas de madeira, mais distantes do centro onde o Palácio da Rainha se localizava. As casas comerciais e seus galpões se concentravam também perto do grande Jardim Dourado na parte norte à morada da Rainha Eterna e suas ruas eram constantemente preenchidas por pessoas ao longo do dia. De noite o que fazia mais sucesso eram os palcos dos bardos e suas apresentações artísticas diversificadas. Agadir também gozava de refinada estrutura física, com aquedutos, esgoto tratado, além de construções feitas de maneira organizada e utilizando estudos antigos de outros mundos.
Apesar do governo da Rainha Eterna ter sido justo e próspero, nem sempre foi assim. De tempos em tempos — alguns períodos de gerações humanas e outros em questão de semanas — a dragoa dourada se cansava do comando da cidade onde ela era a lei, a executora e a juíza. Às vezes ela entregava os poderes a seus filhos mais velhos e mais sábios e se entregava totalmente ao lazer seja viajando para aumentar o repertório de sua biblioteca ou a promoção de festas em seu palácio. Porém, por mais que seus filhos mortais fossem virtuosos, sempre havia alguém ou um grupo que despertavam a ganância, a cobiça, a arrogância e outros pecados que eventualmente os levavam à corrupção. A Rainha, então, retornava à vida política exilando o indivíduo ou o grupo inteiro corrompido. Raramente ela tirava a vida daqueles que cometiam crimes, exceto quando o assunto era muito grave e colocava a integridade da cidade em risco. Ou quando assassinavam alguma de suas pessoas favoritas.
O povo de Agadir era geralmente pacífico, temente à sua Rainha e deusa e seguidor das leis. Mas como uma grande cidade civilizada que recebia viajantes de tempos em tempos, era difícil manter uma hegemonia. Existia crime, embora fosse bem controlado. A masmorra de prisioneiro estava sempre cheia, mas isso se devia mais ao seu tamanho diminuto do que a quantidade de crimes. Arenas de gladiadores não eram permitidas em Agadir, embora lutas ilegais fossem feitas em lugares subterrâneos sem o conhecimento da Rainha. Jogos e apostas eram permitidos, desde que registradas e com alvarás, bem como o comércio em geral. Apresentações artísticas, entretanto, tinham o privilégio da espontaneidade: um bardo podia subir em um banco no meio de uma praça e cantar, mas um comerciante não podia estender seu tapete no chão com mercadorias sem uma visita da guarda para solicitar documentação.
A lei da Rainha era vasta com intrincadas ramificações para abarcar todas as possibilidades da vida cotidiana. Praticamente para tudo era preciso pedir autorização, mas quase nunca era negada. As leis não eram punitivas e nem limitadoras, pelo contrário. Serviam para zelar a segurança, mas com preocupação em garantir a liberdade individual e comunitária, sendo o senso coletivo prevalecente ao senso privado. O poder abaixo do palácio era hierarquicamente dividido e organizado. Líderes comunitários respondiam a um líder de bairro, que respondia a um líder setorial e este levava suas questões ao grupo dos administradores da cidade, geralmente os filhos da dragoa que levavam as questões para ela decidir. A guarda da cidade era unificada, os Soldados Dourados, eram divididos em hierarquias de patentes bem claras. A guarda não costumava ser violenta, embora fossem treinados para lidar tanto com ameaças internas quanto externas. Porém, geralmente quando havia um ataque massivo à cidade, a própria Rainha Eterna se lançava ao combate em sua forma de dragão.
Situação Atual
A Rainha Eterna se preocupa bastante com seus dois escolhidos, embora um não saiba que o outro pode vê-la. Sua apreensão por eles não se limita ao fato de que se fracassarem, ela desaparecerá novamente para o vazio etéreo entre mundos. Ela genuinamente gosta de seus descendentes e quer vê-los brilhar por eles mesmos fazendo brilhantes carreiras de aventureiros e heróis conhecidos. Entretanto, a personalidade de ambos a contrariam um pouco de vez em quando. Apesar de bondosos, Aldred III e Maryanne não são amantes das leis ou da ordem. Muito pelo contrário. São desorganizados, não fazem planejamentos e desprezam autoridades e hierarquias. Apesar dela tentar sempre colocá-los em uma rígida linha, a Rainha ama como Aldred III é um entusiasta pela história artoniana e quer ajudar as pessoas oprimidas. Ela também adora como Maryanne é dedicada às artes, principalmente à música sendo ela mesma compositora de algumas canções.
A Rainha Eterna na forma criança gosta de ser um pouco implicante, com comentários ácidos e exigentes de seus descendentes. Talvez a idade de sua aparência acabe influenciando um pouco seu comportamento geral. Ela também não detém o imenso conhecimento que tivera uma vez como deusa de Agadir, embora alguns lampejos de sabedoria possam surgir eventualmente.
Personalidade
A Rainha Eterna estima os bons costumes e zela o modo com que as pessoas de bem teoricamente deveriam se comportar. Intolerante com a falta de educação, desrespeito, linguajar ofensivo ou qualquer coisa que ela defina como “imoral” ou “antiético”. Sua filosofia vai muito além de quaisquer conceituações objetivas do “mal”, incluindo transgressões como impiedade e atrevimento, afronta pelos mais velhos e até mesmo abusos de álcool, drogas e promiscuidade.
Surpreendentemente, a Rainha não reprova o uso de força e violência. Na verdade, muitas vezes recorre a atitudes agressivas para disciplinar os indivíduos que ofendem seu senso de pureza — mesmo que essa agressão seja apenas uma reprimenda singela como um empurrão ou beliscão e, talvez, um sermão incisivo e sarcástico.
A Rainha gostava de se passar por uma plebeia comum para andar em Agadir, ouvir seus barulhos, sentir seus cheiros, observar suas cores. Às vezes ela observa a relação das pessoas, mas intervém pouco. Mesmo quando via alguma injustiça, ela preferia chamar a guarda para lidar com aquilo. Raras foram as ocasiões em que julgou necessária intervenção, transformando-se em um enorme dragão para impedir algo grave acontecer.
Aparência
Em sua forma humana — sua favorita — a Rainha Eterna era uma mulher alta de pele branca que destoava da pele morena e dourada do povo do deserto em geral. Seus cabelos lembravam ouro brilhante, sedosos e longos escorridos pelo corpo. Quando aparecia publicamente, seus cabelos tinham penteados lustrosos, embora práticos. Na acomodação de seu lar, ela preferia deixá-los livres e até mesmo bagunçados, mostrando um pouco de irreverência à sua costumeira postura de controle. Seus olhos eram dois orbes azuis brilhantes como o oceano, sempre expressivos, sempre mirando os olhos com quem falava. Seu rosto era de uma beleza estonteante, com nariz e lábios simétricos, invocando admiração de todas as pessoas. A Rainha gostava de usar vestidos discretos, embora insinuantes, em tons claros com detalhes em dourado, com um anel dourado na mão esquerda.
A forma humana da Rainha Eterna em seu auge
Atualmente a Rainha Eterna parece uma versão infantil de sua forma adulta, uma criança loira de mais ou menos oito anos com cabelos lisos e curtos. Seus grandes olhos mantêm aquele azul brilhante característico. Nesta forma, ela veste uma camisa de pano simples ou um vestido de criança, sem seu anel dourado.
A forma dracônica da Rainha Eterna era impressionante. A despeito de seus grandes chifres geminados, lisos e metálicos, a dragoa dourada não tinha os filamentos como bigodes em torno da boca como os outros dragões de ouro. Seus olhos lembravam os da forma humana: duas pérolas azuis com uma luz vívida própria. Seu corpo era revestido por escamas de ouro, sua cauda longa e cheia de espinhos e suas asas coriáceas eram mais curtas do que de outros dragões do mesmo tamanho. Normalmente, sua forma dracônica era o suficiente para intimidar qualquer ameaça, mas quando realmente precisava, a Rainha Eterna usava seu tamanho máximo de um dragão de quase 650 metros, sendo capaz de matar de medo.
Seu Auge
Rainha Eterna: dragoa dourada anciã deusa menor, monstro 45, LB; ND 33; Colossal (comprido), desl. 12m, voo 48m; PV 1.125; CA 60 (+22 nível, -8 tamanho, +25 natural, +11 Carisma); corpo-a-corpo: mordida +58 (8d8+42, x2) ou mordida +56 (8d8+42, x2), 2 garras +56 (8d6+42, x2); hab. alterar forma, imunidade a doença, fogo, metamorfose, paralisia, sono e veneno, magias, percepção às cegas 18m, presença aterradora, resistência a magia +4, sopro, sugestão, visão no escuro 18m, vulnerabilidade a frio; Fort +38, Ref +24, Von +31; For 50, Des 11, Con 40, Int 40, Sab 25, Car 32.
Perícias & Talentos: Atuação (música) +59, Atuação (dança) +59, Conhecimento (arcano) +63, Conhecimento (engenharia) +63, Conhecimento (geografia) +63, Conhecimento (história) +63, Conhecimento (natureza) +63, Conhecimento (nobreza) +63, Conhecimento (religião) +63, Cura +55, Diplomacia +59, Identificar Magia +63, Iniciativa +48, Intimidação +59, Intuição +55, Ofícios (joalheria) +62, Percepção +55; Acelerar Magia, Arma Natural Aprimorada (mordida), Arma Natural Aprimorada (garra), Ataque Poderoso, Ataque Esmagador, Ataques Múltiplos, Dom do Conhecimento, Estender Magia, Foco em Arma (garras), Foco em Arma (mordida), Investida Aérea, Magia Duradoura, Magia Piedosa, Magia Primitiva, Magia Sem Gestos, Magia Silenciosa, Magias em Combate, Maximizar Magia, Pairar, Trespassar, Trespassar Aprimorado, Vontade de Ferro, Vitalidade x2.
Alterar Forma: A Rainha Eterna pode assumir a forma de uma humana na casa dos 25 anos como uma ação padrão. Esta habilidade funciona como a magia metamorfose, mas sem limite de tempo, e pode ser usada à vontade.
Centelha Divina: 4º – Adivinhação; 5º – presa mágica suprema; 6º – cura completa, dissipar magia maior; 7º – imbuir cura acelerada suprema; 8º – imunidade a magia maior; 9º – ressurreição verdadeira; PM: 52. CD: 17 + nível da magia.
Magias (M): 0º – detectar magia, flor perene; 1º – compreender idiomas, gagueira de Raviollius, identificação; 2º – detectar pensamentos, pirotecnia; 3º – clarividência/clariaudiência, velocidade; 5º – teletransporte, telecinesia; 6º – transformação de guerra, perfeição dos animais; 7º – bola de fogo controlável; 8º – mata dragão; 9º – sombras; PM 80. CD: 21 + nível da magia.
Presença Aterradora: qualquer criatura a até 60m da Rainha Eterna deve fazer um teste de Vontade contra CD 43. Se falhar, fica apavorada (se tiver 10 níveis ou menos) ou abalada (se tiver 11 níveis ou mais) por 1 minuto. Se for bem-sucedida, fica imune a esta habilidade por um dia. Esta habilidade é para a forma “reduzida” da Rainha Eterna. Em sua forma real (cerca de 650m de comprimento), criaturas com 10 níveis ou menos morrem de puro medo em caso de falha.
Sopro: cone de fogo de 18m, dano 28d12+22, Ref CD 47 reduz à metade. Cada resultado “12” obtido é somado, e o dado é rolado novamente.
Sugestão: A Rainha Eterna pode lançar sugestão (CD 43) à vontade.
Sua atual aparência