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A corajosa declaração da GenCon contra a homofobia

Os EUA são uma terra de contrastes. Ao mesmo tempo que 37 dos 50 estados já entraram no século XXI e permitem casamentos gays, vários estados possuem ou tentam passar leis que facilitam a homofobia com base em motivos religiosos (aparentemente, a liberdade de oprimir é muito valorizada na terra da “liberdade”). O congresso do estado de Indiana recentemente aprovou uma lei deste tipo, que permite que donos de negócios possam recusar serviços a clientes com base em motivos religiosos. A lei obviamente irá afetar muita gente já que basicamente torna legal todo tipo de discriminação desde que calcado em religião, em um exemplo, um restaurante poderia recusar servir mulheres menstruadas com base no Antigo Testamento as descrever como sendo impuras e proibir qualquer contato com elas durante o período menstrual, mas os mais afetados provavelmente serão os membros da comunidade LGBT.
Em vista disto, a Gen Con, maior convenção de RPG do mundo, publicou uma carta aberta pedindo ao governador Mike Pence pedindo pelo veto da lei e ameaçando deixar Indianápolis se a lei for aprovada pelo governador. Com 56 mil participantes em 2014 e um impacto econômico estimado em mais de 50 milhões de dólares, a GenCon é a maior convenção realizada na capital estadual. A GAMA (associação de produtores de jogos, na sigla em inglês) também endossou a posição da organização do evento, apontando que a cultura gamer sempre foi aberta a diversidade. Apesar das ameaças, por contrato a GenCon é obrigada a realizar o evento em Indianápolis pelo menos até 2020. Enquanto isto, a estrela de Star Trek George Takei, um conhecido ativista pelos direitos LGBT, clamou por um boicote à Indiana, onde além da GenCon também se realizam outras convenções nerds.

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