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Resenha: Batman Xamã

A Panini acabou de relançar a história Batman Xamã, escrita por Denny O’Neil e ilustrada por Ed Hannigan e John Beatty.
Originalmente publicada no Brasil em 1991, na série “Contos de Batman” pela Abril com o nome Batman Shaman.
O roteiro de Dennis O’Neil é um complemento excelente à clássica “Batman: Ano Um”de Frank Miller, se iniciando no final do treinamento de Bruce Wayne no Alaska (em que rastreia um criminoso) e mostra os primeiros meses do jovem no combate ao crime a partir daí.
O roteiro se desenvolve a partir de um conto indígena, que envolve nosso detetive em busca do responsável por uma série de homicídios em Gotham.
Batman existe há apenas 6 meses e, em certo ponto, o jovem Bruce chega a duvidar de sí mesmo e se deve ou não continuar com o trabalho de justiceiro mascarado.
A HQ faz várias referências à estória de Miller, e também traz alguns dos elementos que, na minha opinião, formam uma grande estória do morcego: Trabalho de detetive, ação, trabalho de detetive, luta, trabalho de detetive e a dicotomia Bruce Wayne/Batman (falei trabalho de detetive muitas vezes, né?).
Ao contrário das atuais histórias do cavaleiro das trevas, que são absurdamente focadas em aparatos tecnológicos escondidos no novo uniforme (caramba…em breve teremos um Tony Stark lá dentro) e que fazem todo o trabalho investigativo para o patrão Bruce, “Batman Xamã” nos relembra a época em que Bruce Wayne era o detetive (e não seu uniforme), e precisava ir ao laboratório fazer análises.
Aliás, falando em Bruce Wayne ser o detetive, o trabalho nas capas é fantástico, mesclando tanto os elementos da história, com a ideia de que Bruce Wayne é apenas uma máscara sob uma máscara…então, poderíamos dizer que “o detetive é Bruce Wayne”.
A HQ é um exemplo perfeito de que uma grande história não precisa trazer novos elementos ou acabar com antigos, matar personagens, revelar identidades ao público…enfim, acabar com premissas básicas…
A arte de Ed Hannigan e John Beatty também é ótima, com muito uso de retículas, mas vale lembrar que o estilo era muito comum àquela época. 
Enfim, é uma estória clássica para os fãs. Eu devorei tudo em 2 horas, e fico na torcida para que relancem “Batman Veneno”.

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